Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
Você já se perguntou quais são os impactos de traumas mal processados?
Traumas psicológicos mal resolvidos podem sutilmente interferir na vida diária, causando sofrimento emocional e frustração.
De fato, muitos dos problemas emocionais da vida adulta tem origem em memórias traumáticas de acontecimentos de muitos anos atrás.
Segundo psicólogos, as pessoas não costumam ter percepção disso e, assim, continuam alimentando um estilo de vida pouco saudável ou satisfatório.
No entanto, é essencial investigar a origem de conflitos internos, crenças limitantes e comportamentos autodestrutivos para levar uma vida feliz.
O que são traumas psicológicos?
Os traumas psicológicos se formam a partir de experiências com alto nível de estresse, mais especificamente quando não se consegue administrar as sensações e os sentimentos desencadeados pela situação.
Segundo o DSM-V, o trauma é um acontecimento que vai além das experiências habituais de vida, por isso, é tão difícil lidar com ele.
Eventos traumáticos podem ser casos de violência (assalto à mão armada, brigas de trânsito, sequestro, roubo), desastres naturais ou de origem humana, guerras ou conflitos armados e agressões físicas, psicológicas ou sexuais.
Entretanto, eles não se limitam às vivências extremas. Acontecimentos da infância os quais, quando olhamos com a visão de adulto, podem não parecer nada de mais, também podem formar traumas.
É o caso de situações humilhantes em casa ou na escola, o tratamento frio de amigos ou uma resposta agressiva ou indiferente dos pais a algo importante para a criança. São situações que podem ocasionar traumas mal processados na vida adulta.
A perda de alguém querido ou presenciar a morte de alguém, como, por exemplo, em um acidente de trânsito, também podem causar traumas psicológicos.
As memórias do acontecimento traumático são difíceis de processar por estarem envoltas em emoções intensas.
Então, é comum evitar falar sobre o trauma ou quaisquer fatores que lembrem o ocorrido, os quais chamamos de gatilhos emocionais, para não reviver a experiência.
Ainda assim, essas memórias provocam mudanças no comportamento, na forma de pensar, nas crenças pessoais e na autoestima das pessoas. Essas, por sua vez, quase sempre são negativas.
Respostas comuns aos eventos traumáticos
As pessoas respondem aos traumas psicológicos de maneiras distintas.
Por isso, entrar em negação ou em estado do choque é uma reação comum a um evento traumático.
Esses mecanismos de defesa servem para proteger as pessoas do impacto emocional provocado pelo ocorrido.
Assim, até mesmo memórias podem ser reprimidas.
As reações emocionais que permanecem por até quatro semanas são categorizadas como estresse agudo.
Em contrapartida, a as reações que se estendem por mais de seis semanas são chamadas de pós-traumáticas.
Neste caso, elas são mais intensas e podem evoluir para um quadro de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Respostas comuns a eventos traumáticos são:
- Pesadelos;
- Flashbacks do acontecimento traumatizante;
- Reações intensas ao aniversário do trauma, como medo de que ele se repita;
- Isolamento social;
- Apatia;
- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Oscilações de humor;
- Insônia;
- Mudanças bruscas nos hábitos alimentares;
- Sintomas físicos, como náusea e dores de cabeça; e
- Dificuldade de concentração.
Sendo assim, o TEPT é uma condição costumeiramente desencadeada por experiências que apresentam risco à vida ou por presenciar essas situações.
Por isso, alguns sintomas dessa condição são semelhantes às respostas comuns ao trauma.
Assim, para que o diagnóstico correto seja feito, eles devem persistir por mais de um mês, segundo os critérios determinados pelo DSM-V.
O impacto de traumas mal processados
Quando um trauma psicológico é mal resolvido, ele traz uma série de consequências para a vida diária.
As manifestações são sutis visto que as pessoas não costumam pensar conscientemente sobre o trauma ou a raiz do seu jeito de ser.
Você pode ter memórias de um trauma na infância ou na adolescência e não perceber a um nível consciente como elas interferem no seu modo de agir e pensar, principalmente em relação a acontecimentos ruins ou ao estresse do dia a dia.
Por isso, a sensação de estar perdido ou de que há algo faltando em sua vida pode se manifestar e conduzi-lo a agir de uma determinada maneira sem você perceber.
Por exemplo, você pode ter dificuldade para se conectar com as pessoas devido às experiências negativas com relacionamentos no passado, sejam familiares ou afetivos.
Você também pode guardar o medo inconsciente de que o evento traumático ou situações similares se repetirão, por isso, prefere evitar pessoas, ambientes e experiências.
É igualmente comum ter dificuldade para confiar nos outros novamente, mesmo que a pessoa lhe dê todos os motivos para isso, e interagir com figuras de autoridade.
A postura rígida pode ser associada ao algoz do passado, fazendo com que você tenha reservas ao interagir com professores, chefes, supervisores, pais, entre outros.
Assim, a autoestima é outra área que fica abalada quando não se resolve traumas.
Os impactos são pouco perceptíveis, característica que pode levá-lo a acreditar que a sua personalidade é naturalmente pessimista.
Mas, na verdade, você não tem uma autopercepção favorável.
Por fim, uma das consequências mais frequentes dos traumas mal processados são as condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtorno do pânico.
As questões emocionais que ainda não foram digeridas podem fomentar pensamentos, emoções e comportamentos negativos, aumentando a suscetibilidade a essas patologias.
Como saber se preciso de ajuda?
A importância de tratar os traumas mal processados reside na sua capacidade de causar modificações no comportamento que reduzem a qualidade de vida.
Você não consegue se relacionar intimamente, obter sucesso profissional ou acadêmico, gostar de quem você é e até cuidar da saúde.
Como os traumas psicológicos costumam se formar após eventos extremamente negativos, é, de fato, sempre aconselhado buscar ajuda psicológica para lidar com as fortes emoções provocadas pela situação.
No entanto, nem sempre alguém passa por uma situação de ameaça à vida. É comum que as pessoas cheguem à terapia com diversos problemas ou sintomas de condições de saúde mental.
Ao fazer uma investigação, o psicólogo identifica uma ligação do desconforto emocional com uma memória traumática mal digerida.
Por isso, para saber se você se encaixa nesta categoria, você pode se perguntar se existe um acontecimento que lhe marcou negativamente.
Pode ser uma coisa simples associada aos pais, à escola ou às amizades que nunca deixou de martelar na sua mente.
Há chances de essa ser uma memória traumática que está lhe impedindo de aproveitar a sua vida.
É possível buscar ajuda quando você:
- Não consegue dormir bem há semanas ou meses;
- Tem dificuldade para se conectar com as pessoas;
- Não consegue levar os seus objetivos adiante;
- Relembra com frequência as memórias do trauma;
- Evita ir a locais ou conhecer pessoas para não se deparar com situações semelhantes ao trauma;
- Estar sempre cansado;
- Tem pensamentos intrusivos de caráter negativo; e
- Recorre a métodos nocivos à saúde para amenizar sentimentos ruins, como beber e fumar.
Como curar traumas psicológicos?
Os traumas psicológicos são curados na terapia após um longo processo de investigação do porquê aquele acontecimento resultou em um trauma e no desenvolvimento de técnicas favoráveis à situação para administrá-lo.
Para os casos de transtorno de estresse pós-traumático, sobretudo, o atendimento psicológico é indispensável.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem que demonstra eficácia no tratamento do TEPT.
Afinal, o seu foco é identificar padrões de comportamento e pensamentos nocivos e substituí-los por padrões saudáveis.
Por exemplo, uma pessoa ansiosa é ensinada a corrigir os seus pensamentos inquietantes quando se depara com uma situação que desperta esse sentimento.
Uma técnica é reconhecer a ansiedade e suas possíveis razões e, em seguida, iniciar um diálogo interno, lembrando a si mesmo de que não há perigo real no momento.
Logo, a ansiedade não é necessária.
A TCC também utiliza outras técnicas, como a psicoeducação, em que o paciente aprende sobre a sua própria condição e como pode conviver com ela, e a exposição imaginária ou ao vivo, em que o psicólogo encoraja o paciente a enfrentar a situação traumática.
No entanto, esse exercício sempre deve ser feito sob a supervisão de um profissional.
Atitudes que auxiliam no processo de cura do trauma são:
- Aprender sobre o trauma e seus efeitos. Estude sobre como os traumas psicológicos afetam a vida das pessoas e, se for o caso, sobre os sintomas do TEPT. Esse conhecimento pode ajudá-lo a acalmar a ansiedade e o medo do desconhecido, e, assim, ajudar no autoconhecimento a respeito do transtorno;
- Praticar técnicas de relaxamento. Faça meditação, exercícios de respiração profunda e atividades como yoga ou pilates para adentrar em um estado psicológico e emocional de tranquilidade. Isso porque, a prática frequente ajuda a prolongar o bem-estar;
Expresse seus sentimentos. Guardar sentimentos é prejudicial para a saúde mental e pode agravar os sintomas do trauma.
Então, encontre maneiras saudáveis de expressar o que você sente, independente do que seja, como fazer terapia, escrever ou desabafar com alguém de confiança.
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Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...
Texto muito bom
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo!