Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Tamiris Mariana Silva Lax - Psicólogo CRP 06/169225
Um relacionamento abusivo pode ser definido como um comportamento concebido para controlar e subjugar outro ser humano através do uso do medo, humilhação, intimidação, culpa, coerção ou manipulação.
Um relacionamento abusivo inclui insultos verbais, ameaças, críticas constantes ou táticas mais sutis, como a desaprovação frequente e abusos psicológicos.
Por esta razão, quem vive este tipo de relação ou acabou de sair de uma experiência parecida deve procurar a ajuda de um psicólogo para reencontrar o caminho da autoconfiança.
Atenção: após você concluir a leitura desse artigo, acesse também os meus outros dois artigos sobre relacionamentos abusivos. São eles:
- Relacionamento abusivo: 20 sinais de que você está em um
- Relacionamento abusivo: quando a vítima é o homem
O relacionamento abusivo se refere a uma ampla gama de comportamentos, muitas vezes difíceis de identificar, especialmente por pessoas fora do convívio social do casal.
Além disso, alguns tendem a desculpar o abuso de um parceiro ou de um pai, atribuindo os maus tratos frequentes a dias ruins ou a condições como estresse e depressão.
Muitas pessoas passam a acreditar que merecem ser abusadas e que uma crítica ou uma desaprovação são justas, pois apresentam baixa autoestima. Outras vezes, o indivíduo nem percebe que está sendo vítima de abuso.
Quando um relacionamento é abusivo?
Um relacionamento pode ser definido como abusivo quando:
- O comportamento agressivo de um parceiro não para, nem mesmo quando o outro parceiro começa a chorar ou pede um tempo. Na verdade, o abuso pode aumentar quando o destinatário do abuso se torna mais vulnerável e chateado;
- O comportamento é frequente, ocorrendo várias vezes durante o mês;
- O parceiro faz uso de linguagem vulgar e são feitos insultos e acusações sem fundamento;
- As acusações são unilaterais: uma pessoa domina toda a conversa, nunca escuta e não é gentil com a outra;
- Ameaças de violência são feitas;
- A pessoa abusiva não se desculpa;
- O parceiro abusivo não reconhece a validade de qualquer argumento da vítima;
- O abuso sexual ou físico também pode estar presente.
É importante observar que o comportamento pode ser abusivo mesmo que nenhum desses elementos esteja presente.
Em alguns relacionamentos, os parceiros podem abusar emocionalmente uns dos outros, enquanto, em outros casos, o abuso é direcionado a apenas um parceiro.
O abuso também pode diminuir durante algum tempo, sendo mais frequente ou intenso em algumas ocasiões (como em períodos de estresse) e menos intenso durante outros períodos.
Crianças e adultos com necessidades especiais podem ser particularmente mais vulneráveis ao abuso emocional, o que pode inclui provocações, zombarias, bullying e negligência, pois essas pessoas são menos propensas a denunciar o abuso.
Condições associadas ao relacionamento abusivo
Uma pessoa que vive um relacionamento abusivo pode desenvolver distúrbios de sono, distúrbios alimentares, hábitos obsessivos compulsivos, depressão, ansiedade e podem passar a consumir drogas e álcool em excesso, se machucar ou ter pensamentos suicidas.
Aqueles que foram abusados emocionalmente na infância costumam ser mais suscetíveis a serem abusados por um parceiro íntimo.
A depressão, o estresse e condições como o narcisismo e o consumo excessivo de álcool e drogas podem levar uma pessoa a se tornar abusiva.
É possível – e recomendado – buscar a ajuda de um psicólogo para tratar tendências e comportamentos abusivos, principalmente se a pessoa deseja realmente sair da relação abusiva.
Tipos de terapia para um relacionamento abusivo
Os efeitos do abuso emocional entre parceiros íntimos podem ter consequências significativas para a vítima. O agressor tende a isolar o parceiro dos amigos e familiares para evitar que ele busque ajuda.
Além disso, a pessoa abusada costuma se mostrar relutante em procurar ajuda psicológica por medo de críticas.
No entanto, quando uma vítima de abuso começa a fazer terapia, pode ser capaz de recuperar a sua autonomia e a sua autoestima destruída pelo parceiro abusivo e passa a se sentir capaz de deixar o relacionamento.
Um psicólogo ajuda o paciente a encontrar métodos seguros para deixar a relação.
Alguns terapeutas têm treinamento especializado para lidar com casos de violência doméstica e a ajuda deles é extremamente útil para pessoas que estão se recuperando de uma situação emocionalmente abusiva.
Um terapeuta familiar também é importante, especialmente quando um pai é emocionalmente abusivo, pois os psicólogos familiares são treinados para ter uma compreensão profunda das relações entre parentes.
A terapia em grupo é um tipo comum de tratamento para os sobreviventes de um abuso emocional.
Compartilhar experiências com aqueles que passaram por eventos semelhantes cria, muitas vezes, um ambiente positivo para que os sobreviventes reconstruam a autoestima e a confiança.
A Terapia Cognitivo Comportamental pode ajudar essas pessoas a processar seus sentimentos em relação às ocorrências traumáticas.
Por se concentrar em sensações físicas em vez de pensamentos e memórias, essa terapia é uma forma eficaz de tratamento para o abuso emocional, especialmente quando feita por um grupo de pessoas.
Se você se sentir de alguma forma dentro de um relacionamento abusivo, procure um psicólogo e ele irá te ajudar a encontrar formas de recuperar a autoestima.
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Autor: psicologa Tamiris Mariana Silva Lax - CRP 06/169225Formação: A psicóloga Tamiris Lax atua em seus atendimentos com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada). É especialista em Perícia Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.