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Você já ouviu falar sobre a psicologia ambiental?
Esse é um campo da psicologia pouco falado e conhecido, mas que está bastante presente em nossas vidas por meio da nossa relação com o ambiente em que estamos inseridos.
Acontece que, apesar dessa profunda relação, não é comum nos atentarmos para os efeitos que nós causamos no ambiente físico e vice-versa. Daí a importância da psicologia ambiental.
Por isso, preparamos um artigo para falar sobre esse campo, desde o seu conceito até exemplos práticos de sua aplicação. Confira!
O que é psicologia ambiental?
A psicologia ambiental refere-se a um campo da psicologia que estuda e busca compreender como os indivíduos se relacionam com o ambiente no qual estão inseridos. Ou seja, ela tenta entender como o ser humano impacta e é impactado pelo meio ambiente.
Convém mencionar que dentro da ideia de “meio ambiente” estão inseridos tanto aqueles naturais quanto os que foram construídos.
Nesse sentido, essa área da psicologia busca formas de melhorarmos nosso relacionamento com o mundo ao redor tanto para a sua preservação quanto para o nosso próprio bem-estar.
Ademais, esse é um campo interdisciplinar, que interage e conversa com diversas outras áreas da psicologia – como a psicologia social e a psicologia da percepção, bem como com outras disciplinas, a exemplo da arquitetura, sociologia, antropologia e geografia.
De onde surgiu?
O pioneiro da psicologia ambiental foi o psicólogo norte-americano Kurt Lewin. Ele propôs a pensar o meio ambiente como fator de influência sobre os indivíduos e, a partir daí, começou a analisar como isso interfere no comportamento humano.
No entanto, foi o psicólogo Egon Brunswik quem utilizou pela primeira vez o termo “psicologia ambiental” para dar nome a esse campo de estudo.
Qual é a diferença entre psicologia ambiental e neuroarquitetura?
Se você é estudioso da arquitetura ou tem algum conhecimento sobre essa área, pode estar confundindo a psicologia ambiental com a neuroarquitetura, não é mesmo? Afinal, ambas compartilham o objetivo comum de compreender a relação entre ambiente físico e comportamento humano.
Acontece que, apesar de terem aspectos comuns, são áreas bastante diferentes.
Assim, a neuroarquitetura – disciplina que combina os princípios da neurociência com o design arquitetônico – tem como foco principal as respostas neurais e emocionais do ser humano ao ambiente no qual está inserido.
A psicologia ambiental, por sua vez, foca nos processos cognitivos e comportamentais existentes na interação entre as pessoas e o ambiente. Para isso, ela utiliza uma abordagem multidisciplinar que envolve pesquisas comportamentais e sociais.
Nesse sentido, de forma prática, podemos trazer um exemplo da aplicação da neuroarquitetura a consideração dos fundamentos da neurociência para selecionar as cores em um projeto arquitetônico.
Enquanto isso, um bom exemplo da psicologia ambiental é o planejamento de espaços públicos que possibilitem uma maior interação social entre os indivíduos.
Para que serve a psicologia ambiental? Quais são os seus objetivos?
Como mencionamos, a psicologia ambiental busca compreender como o ser humano afeta e é afetado pelo ambiente do qual faz parte. Com isso, espera-se que a saúde mental dos indivíduos possa ser cuidada a partir da intervenção nessa relação.
Ademais, esse campo também visa trabalhar a consciência das pessoas do ponto de vista ambiental, como práticas para reduzir as mudanças climáticas e o aquecimento global, melhor interação com a biodiversidade do planeta, etc.
Diante disso, percebe-se que a psicologia ambiental entende a relação ambiente-humano como uma via de mão dupla.
Portanto, de uma forma detalhada, podemos listar como alguns dos objetivos desse campo da psicologia:
- Entender como o afastamento da natureza pode acentuar sintomas de ansiedade, estresse e depressão.
- Possibilitar que governos, ONGs e empresas privadas apoiem iniciativas voltadas para o planejamento urbano associado à saúde ambiental e mental.
- Compreender as consequências ecológicas das ações humanas.
- Avaliar as construções e paisagens naturais sob a ótica da interferência na vida humana.
- Analisar os riscos e perigos ambientais para a saúde mental.
- Entender as concepções de apego ao lugar e desenvolvimento de identidade.
- Definir os aspectos psicológicos e comportamentais das pessoas e do meio ambiente.
- Desenvolver projetos e experiências relacionadas aos aspectos físicos dos locais de trabalho, casas, escolas e espaços públicos.
- Trabalhar melhor o uso social dos espaços.
Quais são os fundamentos da psicologia ambiental?
A psicologia ambiental é estruturada a partir de diversos fundamentos teóricos que se interrelacionam para dar origem a esse campo, sendo os principais:
- Teoria de valor-crença-norma (VBN): A Value-Belief-Norm Theory (VBN), em português Teoria de valor-crença-norma, é um fundamento que estuda como o sistema de crenças e normas morais e sociais influenciam o comportamento pró-ambiental de um indivíduo. Ela entende que as pessoas com esse tipo de postura o fazem por se sentirem moralmente obrigadas.
- Teoria do comportamento planejado (TPB): Já a Theory of Planned Behavior (TPB), em português Teoria do comportamento planejado, é um fundamento que defende que as pessoas tendem a escolher opções com maiores resultados positivos e menores gastos – de dinheiro, tempo, energia, etc. Sua tentativa é tentar compreender o comportamento humano a partir de três variáveis psicológicas: atitude, normas subjetivas e percepção de controle.
- Modelo de ativação de norma: O Norm-Activation Model (NAM), ou Modelo de ativação de normas em português, é uma teoria que refere-se ao grau de importância que damos a normas da nossa vida particular em detrimento das regras estabelecidas socialmente.
- Teoria do papel do ambiente: No Environmental Role, Teoria do papel do ambiente em português, entende-se que a percepção de um indivíduo sobre o seu meio está relacionada com a relação que a pessoa desenvolve com ele (um jogador de futebol tem uma relação com o estádio diferente daquela que o torcedor tem, por exemplo).
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Além desses fundamentos, a psicologia ambiental também é nutrida por muitos outros, como: Psicologia Gestalt, Behaviorismo e Determinismo Geográfico.
Principais conceitos da psicologia ambiental
Para alcançar os resultados desejados, a psicologia ambiental trabalha com alguns conceitos centrais. São eles:
- Ambientes ideias: lugares nos quais as pessoas conseguem desenvolver sua autoconfiança e se sentem competentes.
- Mapas cognitivos: consiste na forma como organizamos e armazenamos na mente a percepção do mundo ao nosso redor. A partir deles, conseguimos conectar nossas experiências com nossas percepções atuais.
- Atenção: ela determina como percebemos e observamos o ambiente no qual estamos inseridos. Portanto, ela é o primeiro passo de qualquer interação com os lugares que estamos e frequentamos.
- Estresse ambiental: é a reação estressante do corpo ao ambiente físico em que se está. Se não controlado e tratado, pode desencadear sérias questões de saúde física e mental.
Quais são os benefícios da psicologia ambiental?
Há uma lista de benefícios proporcionados pela psicologia ambiental tanto na vida dos indivíduos quanto do meio ambiente. Podemos listar como alguns dos principais:
- Redução dos níveis de estresse, ansiedade e outras questões mentais/emocionais;
- Melhora das relações interpessoais;
- Melhora da produtividade no ambiente de trabalho;
- Adoção de práticas e de um consumo mais consciente;
- Promoção de ações sustentáveis.
Como a psicologia ambiental funciona na prática?
Ainda está em dúvida sobre como a psicologia ambiental pode ser praticada e efetivada? Então confira alguns exemplos reais de sua aplicação:
- Pesquisas sobre as motivações das pessoas para mudarem de comportamento.
- Acompanhamento a pacientes voltado para a adoção de um estilo de vida mais sustentável.
- Estudos sobre a dificuldade das pessoas em adotarem comportamentos positivos.
- Análise e acompanhamento sobre as relações entre vizinhos.
- Tratamento de traumas provocados por desastres ambientais.
- Planejamento de imóveis e espaços urbanos.
- Estudos sobre os impactos de determinadas condições ambientais na vida das pessoas, como quem trabalha em um ambiente estressante e/ou com muito barulho, além de pessoas em condições de extrema pobreza.
Portanto, a saúde mental, além do olhar para dentro, também envolve entender o que se passa fora para, assim, cuidar do ambiente no qual se está inserido.
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