Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Danielle Veran Cipolla - Psicólogo CRP 06/66773
Alguma vez você já se sentiu mal mentalmente e, durante esse período, não teve vontade de comer? A perda de apetite psicológica ocorre em episódios em que a saúde mental está prejudicada, já que podem ocorrer variações hormonais ou falta de estímulos para atividades cotidianas e prazerosas.
Continue lendo para entender de que maneira isso acontece no seu corpo.
Por que acontece a perda de apetite psicológica?
Compreender como a falta de apetite psicológica ocorre envolve uma análise das interações complexas entre o sistema nervoso, hormonal e gastrointestinal, uma vez que as respostas fisiológicas a estímulos emocionais podem impactar diretamente o apetite.
Enquanto há pessoas que descontam as cargas emocionais na comida, outras acabam pulando refeições e passando muitas horas sem se alimentar.
Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, mas aqui estão algumas das causas comuns:
Estresse
Segundo uma pesquisa publicada no Cureus Journal of Medical Science, o hormônio responsável pela corticotrofina (CRH), que é liberado em situações de estresse agudo (geralmente desencadeado por situações momentâneas), afeta diretamente o sistema digestório, o que causa a perda de apetite.
Ansiedade
As pesquisas não são conclusivas, mas existem algumas teorias que tentam explicar qual a relação entre a ansiedade e a falta de fome.
Assim, o corpo humano possui uma resposta de “luta ou fuga” à ansiedade, mediada pelo sistema nervoso simpático.
Essa resposta é uma adaptação evolutiva destinada a preservar a energia para atividades físicas necessárias para enfrentar ameaças.
Depressão
A depressão é frequentemente associada à perda de interesse em atividades que costumavam trazer prazer, incluindo comer.
Isso faz com que mudanças no apetite, tanto aumento quanto diminuição, sejam sintomas comuns de quadros depressivos.
Transtornos alimentares
Distúrbios alimentares como anorexia nervosa, bulimia nervosa e outros podem levar à falta de apetite devido a uma relação distorcida com a comida, imagem corporal e medo de ganhar peso.
Luto e perda
A perda de um ente querido pode resultar em luto e tristeza profundos, afetando o apetite.
Algumas pessoas que estão passando por esse processo acabam perdendo, então, o interesse na alimentação durante períodos de luto.
Quais as consequências da má alimentação durante episódios psicológicos?
O apetite é um componente fundamental para a ingestão adequada de nutrientes essenciais para o funcionamento saudável do corpo.
Ou seja, quando a perda de apetite persiste, podem ocorrer várias complicações:
Deficiências nutricionais
A falta de apetite pode resultar em uma ingestão insuficiente de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos.
Então, isso pode levar a deficiências nutricionais, comprometendo a função adequada do corpo.
Perda de peso não intencional
A falta de apetite contínua pode levar à perda de peso não intencional, e quando isso ocorre de maneira significativa, pode ocorrer o enfraquecimento o sistema imunológico e o aumento da suscetibilidade a infecções e outras doenças.
Fadiga e fraqueza
A redução na ingestão de calorias e nutrientes pode resultar em fadiga, fraqueza muscular e falta de energia.
Assim, isso pode afetar a capacidade de realizar atividades diárias e prejudicar a qualidade de vida.
Comprometimento da saúde mental
A relação entre a saúde mental e a nutrição é bidirecional.
Portanto, a falta de apetite pode ser tanto uma causa quanto uma consequência de problemas psicológicos, criando um ciclo que agrava o quadro emocional.
Desequilíbrios hormonais
A ingestão inadequada de alimentos pode afetar os níveis hormonais, incluindo aqueles associados ao estresse, humor e regulação do apetite.
Assim, esses desequilíbrios podem contribuir para a perpetuação do problema.
Comprometimento do sistema digestivo
A falta de estímulo para o sistema digestivo pode levar a problemas gastrointestinais, como constipação, indigestão e outros distúrbios.
Impacto na função cognitiva
A desnutrição resultante da falta de apetite pode afetar a função cognitiva, incluindo a concentração, a memória e o raciocínio.
Agravamento de condições de saúde pré-existentes
Pessoas que possuem algum tipo de distúrbio relacionado à saúde, como diabetes, doenças cardíacas ou distúrbios gastrointestinais, podem ver o agravamento de seus quadros devido à falta de apetite e à má nutrição.
O que fazer em caso de perda de apetite psicológica?
É fundamental abordar a perda de apetite psicológica de maneira abrangente, considerando tanto os aspectos emocionais quanto os físicos.
A busca de ajuda profissional, como a orientação de psicólogos, psiquiatras e nutricionistas, é crucial para identificar as causas subjacentes e desenvolver estratégias eficazes de tratamento.
O suporte multidisciplinar pode incluir terapia, orientação nutricional, medicamentos (quando necessário) e intervenções para promover a saúde mental e física global.
A terapia psicológica, como a vertente da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é frequentemente utilizada para abordar questões emocionais e comportamentais relacionadas à perda de apetite.
Portanto, um psicólogo pode ajudar a explorar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais.
Mais do que isso, um psicólogo é essencial para compreender a causa real da sua perda de apetite.
Afinal, se ela ocorre devido a um quadro depressivo, por exemplo, é preciso enfrentar essa questão psicológica para, por fim, regular a sua relação com a alimentação.
Assim, em alguns casos, pode ser necessário o envolvimento de um psiquiatra para avaliar e tratar questões relacionadas à saúde mental, como ansiedade, depressão ou transtornos alimentares.
Há situações nas quais se vê necessário o uso de medicamentos para tratar condições subjacentes, sempre lembrando que a prescrição de medicamentos deve ser feita por um profissional de saúde qualificado.
Além disso, é importante evitar pular refeições, mesmo com a falta de apetite.
A alimentação é crucial para o seu organismo e, ainda que você não sinta vontade, o corpo precisa receber nutrientes para continuar funcionando.
Tente manter horários regulares para as refeições, mesmo que seja necessário começar com porções menores.
Então, isso pode ajudar a regular o apetite e melhorar o padrão alimentar ao longo do tempo.
Portanto, opte por alimentos ricos em nutrientes para garantir uma ingestão adequada de vitaminas, minerais e proteínas.
Frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras são boas escolhas.
Em caso de longos períodos com maus hábitos alimentares, também vale a pena consultar com um nutricionista
Esse profissional pode ajudar a avaliar a ingestão alimentar atual, identificar deficiências nutricionais e desenvolver um plano alimentar adequado para atender às necessidades do corpo.
A colaboração entre profissionais de saúde, a abertura para diferentes abordagens terapêuticas e a disposição para ajustar o plano de tratamento são fundamentais para alcançar resultados positivos.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando perda de apetite psicológica, é importante procurar ajuda para uma avaliação adequada e orientação específica.
Encontre o seu terapeuta ideal na plataforma Psicólogos Berrini e comece o seu tratamento.
Psicólogos para Distúrbios Alimentares
Conheça os psicólogos que atendem casos de Distúrbios Alimentares no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
-
Veluma Marzola
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Veluma é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e atua há mais de 10 anos como psicóloga clínica. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comAdolescênciaAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaCarreirapróximo horário:
Consulte os horários -
Marcela Manochio
Consultas presenciais
Consultas por vídeoFormada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaBorderlineCarreirapróximo horário:
Consulte os horários
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- 7 coisas que você não sabe que prejudicam a saúde mentalVocê sabe o que prejudica a sua saúde mental? Confira os fatores que minam a saúde da mente e o que fazer para cuidar dela.
- 5 dicas para fortalecer a mente e trabalhar melhorPara fortalecer a mente e torná-la potente, você precisa exercitá-la. Aqui vão algumas dicas valiosas preparadas por psicólogos
- 5 dicas para começar uma vida novaAlguma vez você já se sentiu mal mentalmente e, durante esse período, não teve vontade de comer? A perda de apetite psicológica ocorre em episódios em que a saúde mental [...]
Outros artigos com Tags semelhantes:
- Inteligência Emocional: o que é?Criado pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman, o conceito de inteligência emocional é bastante amplo e geralmente relaciona-se à inteligência social. Basicamente, a inteligência emocional permite que o indivíduo identifique [...]
- Dicas para cuidar da saúde mental de adolescentesA adolescência é, ao mesmo tempo, uma fase complicada e enriquecedora. Por isso, cada vez mais o tema saúde mental de adolescentes tem crescido. É o momento de novos [...]
- Mania de perseguição: quando ela se torna um problema?Em um mundo cheio de violência, nada mais comum do que ficarmos com insegurança de andar nas ruas. Afinal, precisamos ficar sempre atentos em qualquer local que vamos para [...]
Autor: psicologa Danielle Veran Cipolla - CRP 06/66773Formação: A Psicóloga Danielle é graduada pela PUC SP, e, desde então, buscou outros cursos como maneira de agregar conhecimentos e técnicas na Clínica. Possui pós-graduação em Neurociência pela PUC RS, curso de "Cinesiologia" (psico-físico) pelo Sedes Spientiae, e "Terapia de Casais" pelo IPQ...