Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
Você sabia que o cérebro humano é capaz de se adaptar às novas recorrências da vida ao longo dos anos? Esse mecanismo, conhecido como neuroplasticidade, é fundamental para o aprendizado, a recuperação de lesões e a manutenção da saúde mental.
Graças à neuroplasticidade, o cérebro consegue reorganizar suas funções diante de mudanças e adversidades, garantindo um melhor desempenho cognitivo e emocional.
Portanto, compreender sua importância é essencial para desenvolver hábitos que favorecem a longevidade e a qualidade de vida.
Continue lendo para saber mais!
O que é neuroplasticidade?
Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se modificar e se adaptar ao longo da vida, alterando sua estrutura e função em resposta a experiências, aprendizado, lesões ou mudanças no ambiente.
Diferente do que se acreditava antigamente, o cérebro não é uma estrutura fixa após a infância, mas sim um órgão dinâmico, capaz de criar novas conexões neuronais e fortalecer ou enfraquecer circuitos existentes.
Esse processo ocorre por meio de diferentes mecanismos, como a plasticidade sináptica, que envolve o fortalecimento ou enfraquecimento das conexões entre neurônios, e a neurogênese, que é a criação de novos neurônios, especialmente em áreas como o hipocampo, fundamental para a memória e o aprendizado.
Assim, a neuroplasticidade desempenha um papel essencial na recuperação de lesões cerebrais, como AVCs ou traumas cranianos, permitindo que outras áreas do cérebro assumam funções perdidas.
Além disso, está relacionada ao desenvolvimento de novas habilidades e à adaptação a novas situações, sendo um fator-chave para o aprendizado ao longo da vida.
Fatores que influenciam a neuroplasticidade
A neuroplasticidade não ocorre de forma isolada; ela é influenciada por diversos fatores internos e externos que afetam a capacidade do cérebro de criar e reorganizar conexões neurais.
Alguns desses fatores podem estimular a plasticidade, enquanto outros podem prejudicá-la.
1. Idade
A neuroplasticidade é mais intensa durante as primeiras fases da infância, período em que o cérebro está em formação e desenvolve conexões rapidamente.
Então, durante essa fase, os neurônios estabelecem milhões de novas sinapses todos os dias, permitindo que a criança aprenda habilidades essenciais, como linguagem, coordenação motora e interação social.
Embora a plasticidade seja mais evidente na infância, ela continua ao longo da vida.
Assim, na adolescência e na idade adulta, a neuroplasticidade permite a aprendizagem de novas habilidades, a adaptação a diferentes situações e a recuperação após lesões.
No entanto, com o envelhecimento, a capacidade plástica tende a diminuir, tornando o cérebro menos eficiente na formação de novas conexões.
Apesar disso, práticas como exercícios mentais e físicos podem ajudar a manter a plasticidade ativa por mais tempo.
2. Aprendizado e estimulação cognitiva
O aprendizado contínuo é um dos principais impulsionadores da neuroplasticidade. Atividades intelectualmente desafiadoras promovem a criação e o fortalecimento das conexões neurais.
Então, quanto mais desafiadora e diversificada for a experiência cognitiva, maior será o impacto na plasticidade cerebral. Isso acaba fortalecendo, também, o seu autoconhecimento. Algumas práticas que estimulam esse processo incluem:
- Aprender um novo idioma: Exige a criação de novas conexões neurais para associar palavras, estruturas gramaticais e pronúncias.
- Tocar um instrumento musical: Coordena múltiplas áreas cerebrais, incluindo audição, memória, coordenação motora e processamento emocional.
- Resolver quebra-cabeças e jogos de lógica: Exercita o raciocínio lógico, a concentração e a criatividade, fortalecendo circuitos neurais.
- Leitura e escrita: Ativam regiões do cérebro associadas à linguagem, memória e imaginação, promovendo a plasticidade.
3. Exercícios físicos
A prática regular de atividade física melhora a saúde cerebral ao estimular o fluxo sanguíneo e a liberação de neurotransmissores e proteínas que favorecem o crescimento e a manutenção dos neurônios.
Então, o exercício aeróbico, como corrida, caminhada e ciclismo, está particularmente associado ao aumento da produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína essencial para a sobrevivência e regeneração neuronal.
Além disso, atividades que combinam movimento e raciocínio, como dançar ou praticar esportes estratégicos (como tênis ou artes marciais), exigem rápida adaptação do cérebro, promovendo a plasticidade.
4. Sono e descanso
O sono é essencial para a consolidação da memória e a recuperação cerebral.
Durante as fases mais profundas do sono, o cérebro revisa e fortalece conexões formadas ao longo do dia, eliminando informações irrelevantes e reforçando aprendizados importantes.
A privação e os distúrbios do sono podem comprometer a neuroplasticidade, reduzindo a capacidade de aprendizado, concentração e criatividade.
Além do sono noturno, períodos curtos de descanso durante o dia (como pequenas pausas ao longo do trabalho ou cochilos curtos) também ajudam na retenção de informações e na restauração da atividade neural.
5. Alimentação e nutrição
Uma dieta equilibrada desempenha um papel fundamental na neuroplasticidade, assim como a perda de apetite pode atrapalhar no seu desenvolvimento.
Certos nutrientes ajudam a proteger os neurônios e estimulam o crescimento de novas conexões. Alguns exemplos incluem:
- Ômega-3 (presente em peixes, nozes e sementes de linhaça) – Essencial para a estrutura das membranas celulares dos neurônios e para a comunicação sináptica.
- Antioxidantes (presentes em frutas vermelhas, chá verde e vegetais de folhas escuras) – Protegem os neurônios contra danos oxidativos, reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas.
- Vitaminas do complexo B (encontradas em ovos, carne, legumes e cereais integrais) – Fundamentais para a produção de neurotransmissores e para a saúde do sistema nervoso.
- Magnésio (presente em castanhas, banana e espinafre) – Importante para a função sináptica e a plasticidade cerebral.
O consumo excessivo de açúcares refinados, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados pode prejudicar a neuroplasticidade, aumentando a inflamação no cérebro e comprometendo a função cognitiva.
6. Experiências emocionais e sociais
As interações sociais e experiências emocionais também têm grande influência na plasticidade cerebral.
Ambientes enriquecidos, que oferecem desafios, aprendizado contínuo e contato social, estimulam a formação de novas conexões neurais.
A solidão e o isolamento social, por outro lado, podem ter efeitos negativos, reduzindo a estimulação cognitiva e aumentando o risco de declínio mental.
O estresse crônico e a ansiedade também prejudicam a neuroplasticidade ao liberar altos níveis de cortisol, um hormônio que pode danificar os neurônios e enfraquecer as conexões sinápticas.
Atividades que favorecem a neuroplasticidade nesse aspecto incluem:
- Conversas significativas e aprendizado em grupo – Estimulam diversas áreas do cérebro associadas à linguagem, empatia e memória.
- Meditação e mindfulness – Reduzem o estresse e fortalecem áreas cerebrais ligadas à atenção e ao controle emocional.
- Desafios emocionais positivos (como viajar para um lugar desconhecido ou aprender uma nova habilidade) – Forçam o cérebro a se adaptar a novas realidades e situações, aumentando a flexibilidade neural.
7. Recuperação de lesões cerebrais
A neuroplasticidade tem um papel fundamental na recuperação de lesões cerebrais, como as causadas por AVCs ou traumas cranianos.
Quando uma área do cérebro é danificada, outras regiões podem assumir suas funções, reorganizando circuitos neurais para compensar a perda. Esse processo pode ser acelerado por meio de terapias de reabilitação, como:
- Fisioterapia e terapia ocupacional – Ajudam na recuperação de habilidades motoras e cognitivas por meio de repetição e estímulo contínuo.
- Treinamento de habilidades específicas – Ensinar novas estratégias para realizar tarefas diárias pode ajudar o cérebro a encontrar caminhos alternativos para executar funções perdidas.
- Uso de tecnologia e realidade virtual – Ferramentas digitais podem fornecer estímulos controlados para reforçar a recuperação neurológica.
Para lidar com processos sociais para enriquecer a sua neuroplasticidade, é interessante contar com o acompanhamento psicológico.
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