Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Danielle Veran Cipolla - Psicólogo CRP 06/66773
O estresse infantil existe! Muitas vezes confundido como pirraça pelos pais, essa condição pode afetar as crianças e trazer efeitos bastante negativos e, por isso, merece atenção!
Vale dizer que os pequenos ainda não desenvolveram todo o potencial do seu alcance emocional e não conseguem se expressar com clareza, o que faz com que os sintomas do estresse sejam difusos e confundidos com outras condições.
Portanto, elas precisam da ajuda dos pais e, quando necessário, de psicólogos para entenderem e processarem melhor suas emoções.
Se você é cuidador de alguma criança, continue acompanhando este artigo para saber tudo sobre o estresse infantil e descobrir como ajudar de forma eficaz a criança. Boa leitura!
O que é estresse infantil?
O estresse infantil é uma reação natural do organismo a alguma situação que pareça intimidadora ou desafiante. Isso significa que não necessariamente o evento precisa ser ruim para uma criança se sentir estressada.
Sim, situações positivas, mas desafiadoras – como avançar para um novo nível escolar – podem desencadear o estresse.
Apesar de ser natural, quando frequente ou muito intensa, essa reação pode causar mal-estar físico e emocional aos pequenos, podendo afetar a vida deles de várias maneiras.
Eles podem começar a tirar notas ruins na escola, a brigar com frequência com os colegas de turma ou não sentir vontade de brincar como antes. Daí a importância da percepção dos pais para evitar que essas ações sejam confundidas com “birra” ou preguiça.
Quais são as causas do estresse infantil?
Como mencionamos, o estresse infantil pode ser causado por situações que denotem ameaça ou desafio. Nesse sentido, no universo das crianças, os prováveis e principais eventos que causam essa condição são:
Bullying
Seja por meio de provocações sutis – as “piadinhas” – quanto escancaradas – as agressões físicas ou verbais – o bullying é um dos grandes responsáveis pelo estresse infantil.
As crianças que sofrem com ele se sentem estressadas e ansiosas por não saberem lidar com os ataques e, em muitos casos, não compartilharem com os pais ou responsáveis. Afinal, elas acreditam que precisam resolver os seus problemas sozinhas ou que contar a prática sofrida a outras pessoas pode gerar mais provocações no futuro.
Pressão escolar
A pressão escolar somada ao excesso de atividades extracurriculares que muitas crianças realizam contribui para que o estresse seja desencadeado.
Nesse sentido, tanto a falta de tempo para brincar sem cobranças quanto a pressão dos pais e dos profissionais da educação para que elas obtenham excelência acadêmica em todas as áreas podem gerar um desequilíbrio nas emoções.
Aproximação de datas comemorativas
A ansiedade pela chegada de alguma data comemorativa, como aniversário, Natal, Dia das Crianças, ou até mesmo a espera por alguma programação que a criança deseje muito realizar – como uma viagem, pode desencadear o estresse.
Mudanças na família
Por fim, uma outra possível causa do estresse que acomete as crianças são as mudanças repentinas e intensas na família, como:
- Chegada de um novo membro
- Morte na família
- Mudança de casa ou de cidade
- Divórcio entre os pais
- Violência doméstica
Como as crianças não conseguem entender que, embora as coisas mudem, as suas vidas continuarão as mesmas e que as emoções conflituosas passarão, elas se desesperam.
Quais são os principais sintomas do estresse infantil?
Os sintomas do estresse infantil podem ser físicos e psicológicos e são semelhantes àqueles sentidos pelos adultos. A grande diferença está na maneira como as crianças expressam essa emoção, uma vez que não possuem maturidade para saber como lidar com ela.
Nesse sentido, se você é cuidador, conhecer os principais sinais é importante para oferecer o auxílio necessário o quanto antes e de maneira afetuosa. Confira quais são eles:
Sintomas físicos
- Dores de cabeça
- Desconforto estomacal
- Diarreia
- Gagueira
- Tensão muscular
- Falta ou excesso de apetite
- Náuseas
- Urinar na cama à noite
Sintomas comportamentais
- Hiperatividade
- Isolamento
- Pesadelos
- Ansiedade (principalmente na hora de se separar dos pais)
- Impaciência
- Agressividade
- Medo excessivo e desenvolvimento de novos medos
- Desobediência
- DIficuldade para dormir
- Crises de choro
- Ataques frequentes de birra
- Teimosia
- Não querer participar de atividades escolares
Vale reforçar que não se deve ignorar essas atitudes das crianças e nem subestimá-las. Afinal, esse comportamento dos pais pode acabar desencadeando situações mais sérias nas crianças, como depressão e transtorno de ansiedade.
Como tratar o estresse infantil?
Não existe um tratamento específico para o estresse infantil. Tudo vai depender da intensidade dessa condição, do contexto em que a criança está inserida e se ela possui outras condições psicológicas que possam estar contribuindo para isso.
Dito isso, o primeiro passo é identificar o que está estressando a criança para agir diretamente na fonte. Assim, caso a causa seja o excesso de atividades extracurriculares, por exemplo, o ideal é diminuir a quantidade.
Porém, caso seja algum evento com o qual a criança terá que lidar ao longo da sua vida, como as atividades escolares, então é preciso deixá-la se desenvolver para que, quando na fase adulta, ela não sinta dificuldades severas.
Nesse último caso, o exemplo e os ensinamentos dos pais é essencial. É necessário conversar e mostrar aos filhos como você lida com o estresse, destacando o que você faz quando se sente estressado. Assim, eles não se sentirão sozinhos e entenderão que podem passar por essa situação de uma forma mais tranquila.
E se a criança fica constantemente estressada, então pode valer a pena introduzi-la na psicoterapia. Esse recurso pode ajudá-la a compreender o estresse de uma maneira mais simplista, além de ensiná-la a gerenciar melhor as emoções.
Para que o psicólogo consiga entrar no mundo da criança, compreendê-la e fazer ser compreendido, o atendimento psicoterapêutico é lúdico. Para isso, são utilizadas brincadeiras, jogos e atividades criativas.
Portanto, é um método efetivo que pode ajudar bastante a criança nesse processo de amadurecimento emocional.
Como prevenir o estresse infantil?
Não é necessário esperar que o estresse acometa o seu filho para tratá-lo. Existem formas simples e eficientes de preveni-lo ou pelo menos amenizar os seus impactos quando ele surgir (uma vez que essa condição é inevitável ao longo do curso da vida).
Assim, algumas maneiras de prevenção são:
- Reduzir as atividades extracurriculares.
- Conversar sempre com as crianças para que sintam confiança para se abrir.
- Estabelecer uma rotina para conferir previsibilidade e, consequentemente, segurança a elas.
- Realizar atividades divertidas em família para aliviar a tensão.
- Realizar atividades relaxantes com as crianças, como caminhada em um parque.
- Demonstrar interesse em ouvir temáticas que para elas são interessantes.
- Controlar a mídia que elas estão consumindo.
- Criar uma rotina de sono para que elas consigam dormir bem.
- Encorajar a prática de atividades físicas.
- Ensinar a criança, por meio do diálogo e de exemplos, a desenvolver autoestima e autoconfiança.
Lembre-se de que é importante preservar a saúde mental das crianças, mas possibilitando que elas se desenvolvam emocionalmente e estejam preparadas para as adversidades futuras.
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Autor: psicologa Danielle Veran Cipolla - CRP 06/66773Formação: A Psicóloga Danielle é graduada pela PUC SP, e, desde então, buscou outros cursos como maneira de agregar conhecimentos e técnicas na Clínica. Possui pós-graduação em Neurociência pela PUC RS, curso de "Cinesiologia" (psico-físico) pelo Sedes Spientiae, e "Terapia de Casais" pelo IPQ...