Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Luzia Fatima de Andrade Lobato - Psicólogo CRP 06/119285
Culturalmente o comer está diretamente ligado ao bem-estar. Quando recebemos alguém em nossa casa, oferecemos um bolinho, cafezinho, numa tentativa de mostrar o quanto estamos felizes.
Também quando nos sentimos rejeitados, frustrados e tristes, tendemos a descontar na comida e comer exageradamente – uma barra de chocolate inteira, um pacote de bolacha recheada, litros de refrigerante, massas, pizzas, sorvete – tudo que aplaque a ansiedade e traga momentaneamente sentimentos de prazer e felicidade.
Comer ajuda na manutenção da vida, porém quando exagerado, pode trazer prejuízos tanto físicos quanto emocionais.
Estar acima do peso interfere diretamente na autoestima, na sexualidade e na vida social.
Por mais que revistas, sites, blogs e redes sociais desandem em afirmar que emagrecer é muito simples, para algumas pessoas essa verdade não se encaixe
Perder peso não envolve somente cuidar da alimentação e realizar exercícios físicos.
Embora esses sejam dois passos sejam essenciais, a mudança de vida envolve também o fator psicológico – que pode melhorar com o cuidado com o físico – mas que pode ser, também, um empecilho na hora de encarar as mudanças.
Por que muitas pessoas sentem dificuldade em emagrecer?
Excesso de peso ou obesidade pode ser considerado, atualmente, o maior problema de saúde pública no Brasil e em diversos países, nos quais a cultura alimentar modificou-se tanto nas últimas décadas, assim como a forma de viver, de se relacionar e de se locomover.
Algumas pessoas comem mais do que o necessário, outras se movimentam de menos, enquanto umas podem ainda apresentar disfunções fisiológicas causadas pelo estresse que, como um mecanismo de defesa, faz o organismo estocar mais energia para se proteger das “ameaças”.
Uma das questões é que excesso de peso, obesidade, comer compulsivamente e/ou sem necessidade envolve fatores fisiológicos, culturais e, claro, psicológicos.
Raiva, ansiedade, depressão, compulsão alimentar, traumas, perda do emprego, morte de um familiar são motivos para desencadear um descontrole na alimentação, preferência por alimentos mais calóricos, comer muito de uma vez só, ou ainda, ser um fator para o desânimo e falta de vontade de se exercitar.
Uma pessoa é capaz de emagrecer sozinha?
Claro, todo mundo pode conseguir emagrecer sozinho. Fazendo a mudança do estilo de vida para melhor, certamente não é uma tarefa impossível.
O que acontece é que algumas pessoas ainda não desenvolveram as habilidades para lidar com as primeiras dificuldades que possam aparecer.
Uma vez que você tem um objetivo e algo que realmente te motive a adotar uma vida saudável e emagrecer, o caminho é trilhado com clareza.
No entanto, dependendo do que o motivou a perder peso, ao menor sinal de ansiedade, raiva ou episódio de depressão, você pode voltar ao estilo antigo de se alimentar.
O interessante é que essas situações não necessariamente acontecem somente com indivíduos que apresentam alterações psicológicas (depressão, transtorno da ansiedade, compulsão alimentar, etc.), podendo surgir em pessoas consideradas equilibradas emocionalmente.
A questão é que mudar os hábitos não é uma tarefa simples, pois exige disciplina, persistência e força de vontade e, mesmo o indivíduo mais saudável mentalmente, pode sentir dificuldade no início.
E ele pode e deve procurar um psicólogo se sentir necessidade de aprender a lidar com os obstáculos do caminho.
A Terapia Cognitivo Comportamental pode auxiliar no processo de emagrecimento
A TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental pode ser uma grande aliada no emagrecimento, pois trabalha com os pensamentos, sentimentos e comportamentos que envolvem todo o processo de perder peso.
Durante a terapia, a pessoa aprende a lidar com a ansiedade, tristeza, estresse e culpa; aprende a organizar melhor sua rotina, a compra de alimentos e refeições.
Passa a colocar a comida como mais uma atividade prazerosa e não somente como a única.
Durante o processo terapêutico, a pessoa deixa de esperar que a dieta faça “milagres” e começa a se responsabilizar pelos seus atos de comer, tomando para si o controle da dieta e dos exercícios.
Ainda, a terapia promove o autoconhecimento e ensina novas formas de lidar com os impulsos de comer, ajuda na aderência à dieta e às instruções do nutricionista e educadores físicos, clareia as diferenças entre fome e vontade de comer e resgata principalmente a autoestima.
A terapia vai ajudar na modificação da forma de se relacionar com a comida e na manutenção de um corpo e mente saudáveis.
Por isso, se você se identifica com os pontos levantados nesse artigo, busque a ajuda de um psicólogo.
Conclusão
Nessa questão de emagrecimento e alterações psicológicas o trabalho em conjunto entre nutricionista e psicólogo é de extrema importância.
O primeiro explicará quais são as mudanças alimentares necessárias para melhorar a saúde e o segundo vai oferecer as ferramentas para lidar com as dificuldades que aparecerem no caminho.
O trabalho da terapia é detectar o que não está funcionando bem em relação aos sentimentos e bem-estar e associá-los ao comportamento alimentar.
Se nessa questão, o psicólogo repassar ao nutricionista suas percepções ou mesmo se o paciente conseguir expressar suas descobertas e melhoras emocionais durante a consulta nutricional, o sucesso acontecerá em ambos os lados.
Sendo assim, converse com seu psicólogo de confiança, explique as dificuldades emocionais que lhe impedem de adotar um novo estilo de vida e emagrecer com saúde.
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…