Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Danielle Veran Cipolla - Psicólogo CRP 06/66773
As doenças ocupacionais psicossociais têm aumentado consideravelmente nos últimos anos, como é o caso do Burnout, transtorno de ansiedade e depressão.
O acúmulo de funções, as altas cargas horárias e a insatisfação para com as atividades desenvolvidas são algumas das causas dessas condições que podem ser consideradas uma questão séria de saúde pública.
Por isso, neste artigo, trouxemos um guia sobre as doenças ocupacionais psicossociais, como suas causas, quais são as principais e como preveni-las. Boa leitura!
O que são doenças psicossociais?
As doenças psicossociais são patologias que provocam danos psicológicos e físicos no indivíduo. Elas são desenvolvidas por fatores ambientais, isto é, são causadas pelo meio no qual a pessoa está inserida, como é o caso da ambiente de trabalho.
No entanto, cabe destacar que os fatores internos também contribuem para o desenvolvimento dessas condições. Isso porque cada pessoa pode reagir de uma forma à sobrecarga no trabalho, por exemplo. Enquanto umas conseguem impor limites, outras não conseguem fazê-lo e, consequentemente, se sentem exaustas e estressadas.
Portanto, as doenças psicossociais surgem de uma combinação de fatores, entre os quais os fatores ambientais são predominantes.
O que causa as doenças ocupacionais psicossociais?
Quando falamos de doenças ocupacionais psicossociais, estamos nos referindo exclusivamente àquelas que acometem profissionais, estando, portanto, relacionada ao ambiente de trabalho e à cultura organizacional de uma empresa.
Dito isso, alguns dos principais fatores que podem desencadear um problema ocupacional psicossocial são:
- Sobrecarga de tarefas
- Pressão por resultados
- Atividades desgastantes
- Ambiente estressante
- Líderes arrogantes
- Discussões com colegas de trabalho
- Prazos curtos para entregas
- Jornadas de muitas horas
- Insatisfação com o salário e/ou cargo
Assim, de forma geral, são os agentes estressores do trabalho, do ambiente e da cultura organizacional que colaboram para o surgimento das doenças ocupacionas psicossociais.
Quais são as principais doenças ocupacionais psicossociais?
Agora, confira as principais doenças ocupacionais psicossociais e suas características para se atentar e reconhecê-las precocemente:
Síndrome de Burnout
Essa, sem dúvida, é uma das principais condições psicossociais que acometem profissionais das mais diversas áreas, tendo sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, em janeiro de 2022, como uma doença ocupacional.
Nesse sentido, a Síndrome de Burnout é caracterizada pelo esgotamento físico e mental em decorrência de um estresse crônico provocado pelo trabalho e que não foi bem gerenciado.
Entre os seus principais sintomas estão:
- Cansaço físico e mental persistente
- Baixa autoestima
- Irritabilidade e nervosismo
- Dificuldade de concentração
- Lapsos de memória
- Insônia
- Alterações no apetite
- Falta de energia
- Sentimento de desesperança
- Queda no rendimento
- Dores musculares causadas pela tensão
- Alterações psicossomáticas, como dores de cabeça e problemas gastrointestinais
Depressão
Apesar de poder ser desencadeada por diversas outras questões, não é incomum o aparecimento da depressão em razão da vida profissional.
Nesse cenário, a depressão no trabalho dá os seus primeiros sinais com a falta de energia e queda na produtividade. Em seguida, o indivíduo pode começar a se ausentar por um adoecimento constante e sofrer de uma tristeza profunda e recorrente.
Se nada for feito, a depressão pode se aprofundar e levar a riscos mais sérios, como a tentativa de autoextermínio. Portanto, é essencial estar bastante atento aos sinais, que também envolvem:
- Crises de choro constantes
- Momentos de explosão de raiva
- Falta de motivação
- Dificuldade para tomar decisões
- Estados emocionais negativos
- Perda de interesse por atividades que costumava fazer (relacionadas ou não ao trabalho)
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
O transtorno de estresse pós-traumático é uma condição que surge após algum trauma vivenciado por uma pessoa ou algum evento que ela tenha presenciado.
Como estamos falando de doenças ocupacionais, então o TEPT, nesse cenário, pode ser ocasionado por acidentes graves de trabalho, assaltos, entre outras situações.
Geralmente, os sintomas costumam aparecer dentro de semanas ou alguns meses após o evento traumático e podem incluir:
- Humor deprimido
- Isolamento
- Pesadelos e flashbacks
- Medo intenso
- Ansiedade intensa
- Pensamentos intrusivos
Ansiedade generalizada
Todos nós, em algum momento, nos sentiremos ansiosos por alguma questão, e isso é completamente normal. A ansiedade se torna um problema quando perdemos o controle sobre os nossos pensamentos e vemos nossa rotina ser severamente afetada por isso. Nesse caso, temos uma patologia.
Dito isso, saiba que a ansiedade generalizada também pode surgir como uma doença ocupacional psicossocial, em que o profissional se sente extremamente preocupado com o amanhã, mesmo quando não há motivos para isso. Desse modo, não consegue desempenhar suas atividades pessoais e profissionais.
Entre os principais sintomas dessa condição, podemos listar:
- Intensa sensação de desconforto
- Medo e preocupação excessivos e sem motivo aparente
- Pensamentos negativos invasivos e recorrentes
- Batimentos cardíacos acelerados
- Insônia
- Tensão muscular
- Queda na produtividade
- Tremores
- Mal-estar geral
Síndrome do pânico
Uma outra patologia que também pode ter origem no ambiente de trabalho é a síndrome do pânico. Ela consiste em crises recorrentes de ansiedade, medo e desespero, que gera tanto pensamentos negativos intrusivos quanto reações físicas intensas. Convém mencionar que ela surge mesmo quando não há um perigo real ou aparente.
Quando relacionado ao trabalho, essa condição pode surgir diante de ambientes e atividades com alta carga de estresse.
No entanto, vale dizer que, até que se chegue a esse ponto, é provável que o profissional já tenha dado outros sinais perceptíveis sobre o comprometimento da sua saúde mental.
Alguns dos sintomas de crise de pânico incluem:
- Sensação de morte ou medo intenso de morrer
- Sensação de sufocação
- Batimentos cardíacos acelerados
- Dificuldade para respirar
- Tonturas ou sensação de desmaio
- Sudorese excessiva
- Calafrios ou ondas de calor
- Tremores
- Náuseas e dores no estômago
- Dores no peito
Cabe destacar que, além dos sintomas que listamos aqui das principais doenças ocupacionais psicossociais, essas condições podem contribuir para a psicossomatização e, consequentemente, para reações mais graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AV) e convulsões. Por isso é tão importante atuar na prevenção!
Como prevenir as doenças ocupacionais psicossociais?
Prevenir o surgimento de doenças ocupacionais psicossociais não é um caminho tão simples, tendo em vista a complexidade da vida profissional e as necessidades da vida adulta. Entretanto, essa é uma necessidade cada vez mais urgente e necessária a fim de resguardar a sua saúde física e mental.
Por isso, trouxemos algumas dicas úteis e relativamente simples de serem seguidas, mas que podem proporcionar mais qualidade à sua vida profissional e pessoal. Confira:
- Tenha uma rotina de relaxamento antes de iniciar o trabalho: Procure acordar mais cedo para ter tempo de desenvolver o seu autocuidado diário antes de encarar a rotina de atividades.
- Expresse seus descontetamentos: se você se sente sobrecarregado ou entende que está realizando atividades que não condizem com a sua função, por exemplo, comunique ao seu superior. Isso é importante para que ele tenha ciência das suas questões e, assim, possa tomar medidas para melhorar.
- Faça pausas ao longo do dia: essa simples ação pode te ajudar a relaxar e a retornar com mais foco para o trabalho. Uma simples caminhada, um lanche ou uma rápida conversa no WhatsApp com um amigo podem ser suficientes.
- Respeite seus limites: para não chegar ao esgotamento, é importante que você entenda suas limitações e as respeite. Isso envolve saber falar “não” e desacelerar sempre que sentir que é necessário.
- Cuide do corpo e da mente: sua saúde mental no trabalho também depende de como você cuida do seu corpo e da sua mente fora dele. Portanto, pratique atividades físicas, técnicas de relaxamento e, se sentir vontade ou necessidade, faça terapia.
Lembre-se de que saúde mental é coisa séria, portanto, cuide bem da sua!
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