Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Luzia Fatima de Andrade Lobato - Psicólogo CRP 06/119285
A adolescência é, ao mesmo tempo, uma fase complicada e enriquecedora. Por isso, cada vez mais o tema saúde mental de adolescentes tem crescido.
É o momento de novos desafios e alegrias, os quais podem deixar marcas para o resto da vida.
E, dependendo da situação, essas marcas podem ser boas ou ruins.
Neste contexto de novidade e instabilidade, a adolescência é um período propício para o desenvolvimento de condições de saúde mental.
Logo, exige um cuidado especial, sobretudo, dos pais ou responsáveis.
Os adolescentes não possuem o mesmo alcance emocional dos adultos, segundo psicólogos.
Como ainda estão em fase de desenvolvimento, ainda não possuem as habilidades socioemocionais necessárias para lidar com os seus problemas da melhor maneira possível.
Assim, o apoio de adultos é fundamental.
Saúde mental na adolescência
Os adolescentes enfrentam um conjunto de problemas específicos da sua faixa etária.
A adolescência é um momento da vida marcado por descobertas, novas experiências e dúvidas acerca da própria identidade e objetivos.
Além disso, o comportamento e o modo de pensar dos adolescentes sofre influência das alterações hormonais provocadas pela puberdade.
Muitas áreas do cérebro, como comunicação, tomada de decisão e controle de impulsividade, estão em processo de desenvolvimento.
Por isso, os pais normalmente têm dificuldade para compreender algumas das escolhas e condutas dos filhos dessa idade.
A soma das vivências típicas dessa fase da vida e os processos biológicos afeta a saúde mental dos adolescentes e pode resultar em problemas emocionais e psicológicos.
Entre eles estão:
Condições de saúde mental
A adolescência é uma fase suscetível ao desenvolvimento de condições de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno do pânico e distúrbios alimentares.
Em casos mais graves, adolescentes podem recorrer à automutilação como uma maneira de lidar com as suas dores emocionais.
Adolescentes também podem sofrer com os sintomas de condições não diagnosticadas, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Essas condições afetam a aprendizagem e sociabilidade e, dependendo do grau de severidade, podem passar despercebidas até a vida adulta.
Baixa autoestima
A baixa autoestima é um problema comum da adolescência.
Para os adultos que já passaram por essa fase, pode ser difícil compreender as preocupações dos adolescentes com a opinião dos outros.
Para tentar passar uma imagem considerada aceitável pelos colegas de turma ou amigos, o adolescente pode adotar comportamentos inabituais, tentando se tornar outra pessoa.
Da mesma forma, ele pode desenvolver preocupações com a aparência e personalidade que não existiam antes.
A dificuldade para se encaixar em um determinado grupo, a vergonha acerca do próprio comportamento, a necessidade de esconder traços que considera desagradáveis na sua aparência e o isolamento voluntário podem ser sinais de baixa autoestima.
Estresse
Cada vez mais cedo, os indivíduos se encontram sob efeito do estresse.
A adolescência traz uma série de preocupações, como ansiedade acerca do futuro profissional, jornada de estudos puxada, preocupações com aparência e autoimagem, longevidade dos relacionamentos amorosos, atritos entre amigos, relacionamento complicado com os pais, entre outros.
Todos esses fatores colaboram para a instalação do estresse.
Como os adolescentes estão em fase de desenvolvimento, eles têm mais dificuldade para lidar com os sintomas do estresse do que os adultos.
Vício nas redes sociais
As gerações mais jovens podem facilmente passar praticamente a infância e adolescência inteiras grudadas no celular.
É uma vivência bastante distinta das gerações anteriores e, por isso, os efeitos do uso excessivo das redes sociais nessas faixas etárias ainda estão sendo mensurados.
Entretanto, já se sabe que o vício nas redes sociais é prejudicial para a saúde mental de qualquer pessoa, independente da idade.
Na adolescência, o uso excessivo dessas plataformas pode minar a saúde mental, levar à depressão ou ansiedade patológica, aumentar a pressão para seguir um determinado estilo de vida, reduzir a qualidade do sono, estimular o sedentarismo, entre outros efeitos negativos.
Como cuidar da saúde mental dos adolescentes?
De acordo com a Unicef, agência da ONU voltada para o cuidado com crianças e adolescentes, quase 16 milhões de jovens entre 10 e 19 anos, residentes da América Latina, possuem alguma condição de saúde mental.
Estes dados evidenciam uma necessidade urgente de cuidar da mente dos adolescentes, mas como fazer isso?
Separamos, abaixo, dicas para cuidar da saúde mental dos adolescentes.
É importante destacar que cada indivíduo é único, portanto, as táticas para manter o bem-estar emocional podem precisar de adaptação.
1. Mantenha um diálogo aberto e honesto
Adolescentes são cheios de dúvidas e incertezas ao mesmo tempo em que pode se achar donos da razão.
É importante estar disposto a ouvir o que eles têm a dizer, ainda que, para você, não faça tanto sentido.
A escuta é o primeiro passo para manter um diálogo aberto e sincero com qualquer indivíduo.
É assim que você conseguirá entender as dúvidas e dilemas dos adolescentes.
Caso o assunto não seja familiar para você, procure ouvir e aprender sobre ele antes de dar conselhos.
Além disso, mesmo que o assunto não seja muito agradável para você, é importante fazer um esforço para educar o adolescente adequadamente.
Você também pode procurar um especialista para obter conhecimento, ou levar o adolescente para conversar.
Alguns pais fazem isso para conscientizar os filhos sobre relações sexuais, por exemplo.
2. Exercite a empatia
A empatia é outro elemento indispensável do diálogo saudável.
Os pais precisam compreender que sempre haverá coisas do universo adolescente que não farão sentido para eles.
É importante procurar entender as novidades que surgem com as gerações mais jovens tanto para ajudar os filhos quanto para fortalecer o laço afetivo entre vocês.
Evite rotular as preocupações, problemas e experiências dos adolescentes como inapropriadas antes de ouvi-las.
Ouça, compreenda e mantenha sempre um diálogo transparente e, preferencialmente, livre de tabus.
Dessa forma, quando o adolescente precisar de orientação, ele saberá que pode contar com você.
Ele pode falar primeiro com amigos ou cônjuge, então não leve para o pessoal.
Lembre-se da sua época de adolescente. Você provavelmente não contava tudo aos seus pais, não é mesmo?
Quando se tem uma postura empática e compreensiva com os filhos, no entanto, eles se sentem confortáveis para se abrirem com os pais quando, de fato, precisam de ajuda.
3. Consulte um psicólogo
A saúde mental ainda é cercada por estigmas.
Embora as pessoas tenham mais conhecimento sobre a importância de cuidar dela, muitas visões equivocadas ainda circulam na sociedade.
Desafie essas percepções e eduque o adolescente sobre a importância de cuidar da saúde da mente.
Falar sobre depressão, terapia e emoções pode ajudá-lo a entender mais sobre o seu próprio comportamento, além de identificar sinais de que algo não está bem.
Da mesma forma, quando precisar procurar ajuda profissional, ele demonstrará uma resistência menor a conversar com um psicólogo.
Pais podem levar o adolescente para consultar um profissional assim que notarem a recorrência de comportamentos atípicos, como isolamento, humor deprimido, irritabilidade, insegurança, baixo rendimento escolar, ansiedade, entre outros.
4. Seja uma fonte de apoio
Sempre que temos uma base sólida, para onde sabemos que podemos ir quando precisamos de ajuda, enfrentamos o desafio da vida com mais segurança e confiança, não é mesmo?
Então, apoie o adolescente durante a sua jornada de descoberta.
Para demonstrar apoio, você pode:
- Estar presente em eventos ou situações importantes para o adolescente;
- Validar as emoções do adolescente, mesmo que você não concorde com elas. Este é um passo importante para resolver o problema;
- Estar disposto a ouvir sem fazer julgamentos;
- Questionar qual é a melhor forma de apoio;
- Incentivar a autonomia e iniciativa através do encorajamento;
- Oferecer ajuda em tarefas escolares, a solucionar problemas pessoais, a buscar informações ou recursos, entre outros;
- Agir como um modelo para o cuidado com a saúde mental e física; e
- Perguntar sobre a vida e os sentimentos do adolescente com frequência.
5. Compartilhe técnicas/atividades de relaxamento
Ensine o adolescente a cuidar de si mesmo.
Compartilhe técnicas de relaxamento, como meditação, áudios relaxantes e exercícios de respiração.
Compartilhe ou se ofereça para participar de atividades que também promovem a descontração, como prática de exercícios físicos ou esportes, workshops de fim de semana, cursos de habilidades, entre outros.
Oriente o adolescente a como agir em situações de estresse.
Se ele ficar com muita raiva de alguém ou se sentir demasiadamente triste com uma situação, ensine-o como processar aquelas emoções de maneira saudável.
Outra dica é ensinar o adolescente a buscar ajuda.
Ensine-o a pedir auxílio de pessoas queridas sem ter vergonha, onde procurar informações para ajudá-lo a cuidar de si mesmo e buscar a ajuda de um psicólogo quando necessário.
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…