Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
O trabalho é uma parte importante das nossas vidas.
Além de ser vital para a sobrevivência, é uma fonte de vários elementos os quais muitos consideram essenciais para viver bem, como autorrealização, reconhecimento profissional, conhecimento, conexões, desafios e oportunidades.
Todavia, segundo psicólogos, cruzar a linha entre o saudável e o não saudável quando se trata da vida profissional é muito fácil.
Assim como tudo na vida, o trabalho se desdobra em elementos positivos e negativos.
Por um lado, temos o sucesso profissional, a satisfação e o crescimento pessoal e intelectual.
Por outro, temos o estresse, o burnout e a sobrecarga da carga horária.
Os profissionais idealmente trabalhariam dia após dia tanto para concluir as suas demandas quanto para encontrar o equilíbrio entre esses elementos. Infelizmente, não é bem isso que acontece na realidade.
Uma pesquisa do ISMA-BR (Internacional Stress Management Association) identificou que 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com sintomas da Síndrome de Burnout.
Esta patologia é resultado do excesso de estresse proveniente do trabalho. Em 2022, ela passou a incorporar a Classificação Internacional de Doenças (CID-11), elevando a importância de se ter uma relação saudável com o trabalho para não ficar doente.
O que causa uma relação negativa com o trabalho?
Como muitas pessoas depositam um valor imenso no trabalho, começam a associar o desempenho na empresa com a sua autoestima e felicidade.
Dessa maneira, para se sentirem bem consigo mesmas, concentram todo o seu tempo e energia no trabalho.
Elas almejam promoções, elogios, reconhecimentos e mais responsabilidades, frustrando-se quando não conseguem o que desejam.
Essa postura prevalece sobre o lado positivo do trabalho com o passar do tempo.
O profissional começa a escolher trabalhar em vez de descansar, aproveitar o fim de semana, passar tempo com a família, namorar e cuidar da própria saúde.
Outra questão importante é que nem todas as pessoas têm a oportunidade de efetuar um trabalho satisfatório e desafiador.
Alguns indivíduos desenvolvem a insatisfação com o trabalho porque se sentem infelizes ou inseguros na empresa.
Escolhas de vida antecedentes ou circunstâncias da vida podem limitar a habilidade de uma pessoa de escolher com o que trabalhar.
Embora tenha a sua importância, o trabalho é somente uma peça do enorme quebra-cabeças que constitui as nossas experiências de vida.
Ele deve agregar o conjunto de elementos que nos proporcionam bem-estar emocional e físico, não tomar conta dele e se tornar a peça mais importante.
A obsessão com o desempenho profissional pode causar diversas doenças, como depressão, transtorno de ansiedade e síndrome de burnout, além de elevar o estresse a níveis imensuráveis.
O estresse elevado, por si só, acarreta doenças graves que impactam diretamente a qualidade de vida das pessoas, como hipertensão, AVC, psoríase e síndrome do intestino irritável.
Quais são os sinais de uma péssima relação com o trabalho?
Quem tem uma relação ruim com o trabalho ou não percebe o quão negativa é a sua visão da própria vida profissional ou aceita a insatisfação e vive no marasmo, acreditando que não há outra escolha.
Da mesma forma, profissionais insatisfeitos podem não perceber os efeitos dessa insatisfação em sua saúde mental.
Para fins de esclarecimentos, confira os sinais de uma péssima relação com o trabalho em seguida.
Verifique se ou com quantos você se identifica para determinar a qualidade da sua relação com o trabalho.
- Desânimo constante
- Falta de motivação para ir ao trabalho ou ausências/atrasos frequentes
- Irritabilidade
- Aumento de conflitos com colegas de trabalho
- Sensação de que só se vive para trabalhar
- Tédio ao executar tarefas
- Falta de produtividade
- Dificuldade para lidar com o fracasso no trabalho
- Sensação de estar desperdiçando o intelecto
- Exaustão mental e emocional
- Busca por maneiras não saudáveis de aliviar a tensão, como álcool e compras
- Desgosto pelo domingo, especialmente domingo à noite, por estar próximo da semana útil
- Falta de concentração
- Problemas de memória
- Reclamações incessantes sobre o trabalho
Se você se identificou com a maioria dos sinais acima, está na hora de refletir sobre o que fazer para tornar a sua relação com o trabalho saudável e satisfatória.
A longo prazo, esses sentimentos negativos podem consumi-lo e corroborar para o surgimento de condições de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Como ter uma boa relação com o trabalho?
Construir uma relação saudável com o trabalho não acontece da noite para o dia.
Você precisa identificar o que está errado antes de tomar decisões e, pouco a pouco, colocar as mudanças em prática.
Separamos quatro dicas para ajudá-lo a chegar lá.
1. Defina o valor do trabalho para você
Você já parou para pensar no porquê de o trabalho ser tão importante para você?
Pode ser porque você valoriza ter sucesso e ser reconhecido pelos outros, ou porque se sente bem ao entregar um trabalho bem-feito.
Talvez você acredite que um trabalho bem-feito seja um reflexo direto da sua personalidade e, por isso, teme não dar o melhor de si a todo momento.
Reflita sobre o valor do seu trabalho para você e se pergunte se você está concedendo um valor exacerbado ou realista a ele. Afinal, a vida não pode ser feita apenas de trabalho!
É comum encontrar pessoas que pensam que se não tiverem um bom desempenho profissional, não possuem mais nada significativo em suas vidas. E isso não é verdade!
Se você acredita que a sua opinião sobre si mesmo é diretamente proporcional ao seu desempenho profissional, compreenda que as habilidades de um profissional são apenas uma parte de quem ele é.
Você precisa valorizar os seus traços de personalidade, qualidades e conhecimentos independentemente da situação e do que os outros dizem.
2. Dê atenção as demais áreas da sua vida
A família, os amigos e o cônjuge também merecem a sua atenção, assim como os seus interesses pessoais e saúde mental e física.
Não tem problema dedicar um fim de semana somente para ler livros de ficção, fazer uma viagem bate e volta ou para encontrar amigos que não vê há meses.
Também não há problema em inserir momentos de lazer em sua rotina diária, seja depois do expediente ou durante o horário de almoço.
Profisisonais que não possuem uma relação saudável com o trabalho costumam acreditar que precisam se punir quando não estão pensando em trabalhar ou quando dedicam o seu tempo e energia para outra coisa.
Esse pensamento abre portas para condições de saúde mental e a infelicidade.
Além de trabalhar excessivamente, esses profissionais alimentam pensamentos e emoções negativas sobre si mesmos.
3. Aproveite bem o seu tempo
Além de ser prejudicial à saúde, trabalhar longas horas sem parar não possui a efetividade esperada.
O cérebro não consegue absorver grandes quantias de informação e executar funções cognitivas com perfeição por longos períodos.
É por isso que depois de um tempo começamos a notar a diminuição da nossa capacidade de atenção, memória e produtividade.
Até mesmo prestar atenção em uma conversa fora do contexto do trabalho fica difícil.
Sendo assim, profissionais precisam aproveitar bem o seu tempo de produtividade e de lazer.
Eles podem fazer pequenas pausas durante o trabalho para deixar o cérebro descansar e recobrar o foco, bem como dormir as horas necessárias para o descanso e praticar exercícios para promover a circulação do sangue e o bem-estar.
Para o trabalho, você pode fazer uma lista de tarefas a cada início de expediente e montar um mini itinerário para o seu dia ou semana.
Já para o pessoal, você pode reservar uma hora por dia após o expediente para se exercitar, praticar meditação antes de dormir e planejar atividades divertidas para fazer com os amigos, como jogar boliche, assistir a um jogo de futebol ou ir ao cinema.
4. Procure a terapia
Se você tem muita dificuldade para desvencilhar-se de ideias extremistas sobre a importância do seu trabalho em sua vida, procure a terapia.
Da mesma forma, se você está insatisfeito com o andamento da sua carreira profissional e acredita que precisa de novos horizontes, procure a terapia para ajudá-lo a se reencontrar.
O psicólogo pode ajudá-lo a definir uma identidade separada da identidade profissional. Para muitas pessoas, é difícil fazer essa distinção.
O profissional também pode ajudar pacientes a encontrarem outro caminho, mais coerente com as suas competências, modo de vida e aspirações para o futuro.
Como dito, às vezes não conseguimos ver o que está bem na nossa frente ou tomar decisões mesmo quando sabemos que estamos cansados e infelizes.
O psicólogo pode dar o tão necessário empurrão em direção às mudanças de vida.
Conclusão
O trabalho é uma área importante das nossas vidas e é por isso que tem sido cada vez mais comum encontrarmos pessoas que têm se dedicado muito mais à vida profissional do que pessoal.
O equilíbrio é importante para o bem-estar mental, emocional e físico, assim como, para o bom convívio entre as relações interpessoais.
Se você entende que a vida profissional está se sobressaindo às demais áreas de sua vida, busque o auxílio de um psicólogo para compreender melhor o que está havendo e redirecionar a sua rotina visando a sua qualidade de vida.
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