Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
A psicopatia é uma designação referente a um indivíduo com padrões comportamentais e traços de personalidade caracterizada por comportamentos antissociais e a ausência de empatia ou remorso.
Tal comportamento possui uma elevada relação com o poder, associando-o muitas vezes a pessoas com cargos de competência social e liderança. Além disso, psicólogos alertam: é muito comum convivermos com um psicopata no trabalho.
A psicologia entende que a psicopatia é um padrão comportamental violento e manipulatório cuja expressão patológica é a da agressão instrumental (comportamento agressivo planejado que visa obter algo).
Também devemos lembrar que a psicopatia, ao contrário do se diz, não é loucura. Ela é apenas um grave transtorno de personalidade.
Quais são as principais características de um psicopata?
Pessoas com essa disfunção parecem sempre serem sociáveis e normais transmitindo uma imagem positiva de si mesma. Mas cuidado, evite diagnosticar toda pessoa no trabalho que julgue com esta disfunção, apenas um psicólogo pode dar o diagnóstico correto.
Para responder esta questão, indicamos 4 traços que são bastante comuns na maioria dos indivíduos com psicopatia e assim podermos identificarmos um psicopata no trabalho:
1. Ausência de empatia
Observe como a pessoa reage a acontecimentos trágicos e, em geral, de comoção pública. É possível que o psicopata no trabalho dissimule emoções que não possui, a fim de conseguir ganhar a confiança de suas potenciais vítimas.
Apesar de possuírem emoções altruístas, são excelentes manipuladores que não medem esforços para obterem o quiserem.
2. Impulsividade
Mesmo sendo frios e calculistas, um psicopata no trabalho apresenta um comportamento altamente impulsivo e em reação a posturas conflitantes. Dificilmente tendem a criar empatia com pessoas e discursos, e assim, não toleram serem contrariados.
Eles também não sabem lidar muito bem com a rejeição. O psicopata sempre apresentará quadros de teimosia impertinente, e em casos mais graves, serão agressivos e manipuladores.
3. Sem culpa
Geralmente, os psicopatas, por serem egocêntricos e individualistas, desacreditam da ideia de estarem equivocados e, por isso, raramente encontrarão algum senso de culpa em suas ações.
Não possuem medo do risco, encontram na manipulação as estratégias ideias para suas ações paranoicas e impulsivas. Basicamente, seguem a máxima: os fins justificam os meios.
Por que eles conseguem se dar tão bem em um ambiente corporativo?
Eles correspondem a 10% do mercado de trabalho. E é muito comum termos um colega psicopata no trabalho. Aliás, muitas vezes essa característica acaba sendo benéfica para eles, principalmente em determinados cargos como posições de liderança.
Isso por que em nossa sociedade somos incentivados a sermos competitivos e individualistas, o que acabamos achar normal determinados tipos de agressão e abuso. E isso ajuda o psicopata no trabalho a conseguir agir com mais impunidade.
No sistema atual de trabalho, a conquista do sucesso é feita mediante compensação e prêmio a “qualquer custo”, sem importar com o lado humano. Tenha cuidado com jogos de manipulação e enredos complexos, tramas e história
. As armações de um psicopata no trabalho tendem a fixar seus planos de ação como se fossem teias de aranha.
Para conquistar estes objetivos, os psicopatas abusam de seu carisma e agilidade mental para obter controle sobre tudo. Como estrategistas, tendem a passar grande parte do seu tempo construindo redes mentais de táticas, até mesmo em bullyings corporativos.
Em geral, quando se vê numa situação de aperto, toda a sua atenção se volta para culpabilizar seus inimigos, ampliando ao máximo sua paranoia.
Pode existir algum tipo de “prazer sádico” em seu comportamento social, e com isto as dissimulações e traições também farão parte de seu contexto.
Como lidar com um psicopata no trabalho?
Os comportamentos indesejados no ambiente de trabalho são fáceis de serem identificados. Porém, à medida que as tramas são construídas ao longo de um tempo, torna-se difícil de perceber o dolo e lidar com estas situações.
Se o histórico de mania de perseguição e de vitimização é algo frequente, considere usar ferramentas de registros para suas ações.
Isso vai ajudar você a evitar discursos incoerentes no futuro, bem como os jogos de manipulação. Em todo o trabalho, exija confirmação por e-mail, é uma forma de se proteger.
Saiba discutir sem gerar confrontos evidentes. Tenha cuidado com “segredos de Estado”, para situações irreais.
O jogo de informações num ambiente de trabalho pode ser algo perigoso. Aplique sempre as regras de um regimento interno de trabalho, respeitando as normas.
Evite deixar à mostra ferramentas pessoais de trabalho, como celular, computador, bolsas etc, pois a exposição de tais objetos pode ser usado para inúmeros fins.
Estabeleça com a equipe objetivos claros e não conflitantes para evitar que metas impossíveis seja combustível para tendências megalomaníacas.
De qualquer forma, de acordo com psicólogos, psicopatas em empresas podem estar passando por alterações profundas ou buscando reestruturar-se conforme o ambiente for sendo saudável para a pessoa.
Quando perceber que seu colega possui comportamentos que revelem traços fortes de psicopatia, procure indicar algum aconselhamento psicológico.
O comportamento ético ideal para lidar com casos de psicopatia no ambiente de trabalho é a observação cautelosa e a supervisão de um grupo de pessoas dispostas a não prejudicá-lo, mas que saibam seguir orientações de especialistas na área.
Cada caso pode ser específico, e casos clínicos podem ser continuados com convívio social e uma “coexistência pacífica”.
Na maioria dos casos, é responsabilidade da empresa de decidir sobre as implicações de uma pessoa com tal diagnóstico.
Leia com atenção estas dicas e observe se na sua empresa existe a possibilidade de ter algum indivíduo com comportamento de psicopatia, sempre com prevenção. A psicologia clínica é uma delas para orientar problemas como este, através de um processo terapêutico.
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Autor: psicologa Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - CRP 06/128616Formação: A psicóloga Jaqueline Braga possui mais de 10 anos de experiência em Psicologia Clínica. É especialista Comportamental DISC pela Etalent Internacional e pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade Anhanguera. Além disso, também possui pós-graduação em Psicologia...