Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
Gatilhos emocionais são basicamente tudo que desperta uma forte reação negativa em uma pessoa. A habituação e a convivência com eles tornam a vida mais complicada. Para viver bem consigo mesmo e com os outros, segundo psicólogos, é necessário trabalhar para superá-los.
Uma vez que você identifica os seus gatilhos, consegue gerenciá-los de modo que não lhe causem mais dor emocional e/ou psicológica.
O que são gatilhos emocionais?
Gatilhos emocionais são memórias, sentimentos, piadas, opiniões, reações e comportamentos que causam fortes reações emocionais. Ou seja, qualquer coisa a qualquer instante pode despertar um gatilho. As emoções comumente sentidas nesses momentos são raiva, tristeza e medo.
Cada pessoa possui os seus próprios gatilhos, que surgem de acordo com as suas experiências de vida e crenças pessoais. O que desperta intensa emoção em uma não causa o mesmo efeito em outra. Por isso, a identificação e o tratamento dos gatilhos são complexos.
Os gatilhos emocionais podem ser vistos como “besteira” por quem não os sente. Todavia, eles causam experiências muito desagradáveis. Para compreender melhor esse conceito, veja o seguinte exemplo: um indivíduo escuta um tom de voz específico e tem uma crise de ansiedade em razão disso.
O timbre da pessoa o faz lembrar da voz de alguém que lhe causou mal na infância. Neste momento, as lembranças dos acontecimentos traumáticos retornam e ele tem a sensação de estar revivendo a situação. Essa volta abrupta ao passado tende a acontecer com portadores de estresse pós-traumático.
Quando se tem consciência do seu ou dos seus gatilhos, as pessoas conseguem evitá-los e, assim, não sofrem os efeitos de uma intensa descarga emocional. Porém, como dito, é difícil identificar o que é capaz de causar tanto desconforto.
Além do despertar de memórias desagradáveis e traumas, a psicologia explica que os gatilhos também podem ser desencadeados por:
- Opiniões e valores contrários: quando nos identificamos fortemente com um tipo de crença, podemos encontrar dificuldade para tolerar crenças opostas. Essa é uma das razões pelo qual é desconfortável conversar sobre religiosidade para algumas pessoas, por exemplo; e
- Preservação do ego: quando a nossa identidade é questionada ou confrontada, a tendência é tentar preservar a noção de “eu” que cultivamos. Assim, rapidamente podemos nos envolver em discussões, brigas e conflitos para tentar conservar a nossa identidade.
Tipos de gatilhos emocionais
Uma única pessoa pode ter somente um tipo de gatilho, bem como ter tipos variados. Abaixo, veja uma lista dos gatilhos emocionais mais comuns:
- Alguém lhe rejeitar;
- Alguém lhe ignorar;
- Alguém lhe abandonar ou ameaçar fazer isso;
- Alguém terminar o relacionamento com você;
- Alguém lhe criticar ou julgar;
- Alguém lhe censurar, especialmente em público;
- Alguém agir com indiferença;
- Alguém debochar da sua cara;
- Alguém tentar lhe controlar;
- Alguém não ter tempo para você;
- Alguém ser muito carente com você;
- Alguém lhe culpar, principalmente por algo que você não fez;
- Alguém não parecer feliz em lhe ver;
- Alguém lhe ferir emocionalmente; e
- Alguém lhe xingar.
Além de sentir desconforto emocional, você pode sentir incômodo físico quando se depara com um gatilho. A taquicardia, náusea, enxaqueca, tontura, tremores no corpo, sudorese e vômito são reações físicas comuns.
Como os gatilhos emocionais afetam a saúde mental?
Os gatilhos emocionais são como “barreiras” que impedem as pessoas de esquecer determinados acontecimentos e se desvencilhar de crenças, opiniões e valores rígidos.
A pessoa que sofreu no passado tenta criar memórias boas e construir uma vida satisfatória. Quando se depara com um indivíduo, uma situação, uma ação ou uma fala associada a uma ocasião ruim, contudo, volta a sofrer com questões do passado.
Ela pode ter atitudes atípicas (iniciar uma discussão, chorar compulsivamente, ficar furiosa), tomar decisões precipitadas as quais não objetivam o seu bem-estar e, sobretudo, passar a evitar o fator estressor que lhe causa tantas emoções ruins. A recorrência dessas reações extremas é cansativa, podendo facilmente levar a pessoa à exaustão mental.
Além disso, os indivíduos ao seu entorno podem achar a sua conduta desagradável e se afastar, deixando a pessoa com gatilho ainda mais solitária e triste.
Outra situação bastante de comum é o afastamento da própria pessoa de situações sociais para evitar esbarrar com seus gatilhos e não saber o que fazer diante deles. Essa postura esquiva diminui a qualidade de vida e os momentos de lazer, consequentemente intensificando vivências estressantes.
Os gatilhos emocionais também podem causar depressão, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, ansiedade, entre outras condições psicológicas.
Sendo assim, o não-enfrentamento dos gatilhos ocasiona sofrimento emocional prolongado e intenso. Para recuperar a alegria de viver e deixar de temer ter crises ansiosas, a pessoa deve procurar atendimento psicológico.
Como descobrir o meu gatilho emocional?
Descobrir quais gatilhos emocionais interferem na sua qualidade de vida exige paciência e coragem. É provável que você não saiba lidar com eles logo após identificá-los. Esse conhecimento é adquirido mediante vivências diferentes. Em outras palavras, você terá que aprender a reagir adequadamente aos gatilhos na prática.
Uma das melhores maneiras de descobrir o seu ou os seus gatilhos é através de questionamentos diários. Você pode não ter uma resposta concreta no primeiro dia ou nas primeiras semanas porque não está acostumado a pensar nisso. Conforme você se dedicar a decifrar os seus gatilhos, as respostas se tornarão mais claras.
Não é necessário, no entanto, passar muitas horas insistindo neste assunto. Dedique alguns minutos do seu dia a dia para responder aos seus próprios questionamentos e deixe a sua mente fazer o trabalho dela. Este processo é menos penoso quando feito com leveza.
Você pode escrever as suas respostas em um caderno ou em um programa de computador para facilitar a compreensão. O importante é ter fácil acesso a elas para que você possa fazer uma leitura sempre que precisar.
Em seguida, veja alguns questionamentos que você pode fazer a si mesmo para identificar quais são os seus gatilhos emocionais.
1. O que lhe causa desconforto?
Pense bem nas origens do seu desconforto. São condutas, posicionamentos e opiniões alheias? São crenças populares, porém negativas, as quais acabam afetando o comportamento da maioria das pessoas? Os gatilhos emocionais estão relacionados às emoções negativas. Assim, você precisa descobrir quais elementos lhe causam emoções pouco agradáveis no dia a dia.
2. Em quais situações você já se alterou?
Para facilitar a identificação dos gatilhos, analise situações específicas. Em que momentos você já se alterou drasticamente ou acostuma perder o controle com frequência?
Por exemplo, uma pessoa teme falar em público. Em algum período de sua vida, ela sofreu muito com julgamentos e bullying. Logo, criou a convicção de que todos à sua volta chegarão às mesmas conclusões de seus provocadores antigos. Deste modo, ela evita quaisquer situações que requerem exposição ou autoexpressão.
Consegue identificar semelhanças com sua vida? Se sim, reflita sobre as consequências que enfrentou por ter condutas similares a pessoa do exemplo.
3. Em quais conversas você já sentiu forte emoção negativa?
Assim como ocasiões despertam reações emocionais diversas, conversas também o fazem. Existe um tópico que você não suporta e, após o fim da conversa, fica irritado, angustiado ou triste sem motivo aparente?
Uma pessoa com baixa autoestima e conflitos internos mal resolvidos, por exemplo, pode se sentir desconfortável perante conversas que tocam em seus pontos fracos. Esses podem ser questões profissionais, familiares, de relacionamento, de amizade, de propósito de vida, de autoconhecimento, e assim por diante.
4. Quais são os seus sentimentos no momento?
Analisar quais sentimentos afloram no momento de desconforto é fundamental para mensurar a influência do gatilho emocional sobre você. Você se sentiu triste, irritado, amedrontado, confuso ou apático?
Normalmente, as pessoas retornam aos eventos negativos e ficam remoendo sensações e pensamentos que tinham naquela época. Embora você tenha sofrido durante aquele período da sua vida, ele não existe mais, certo? Então, volte a sua atenção para o presente e valorize quem você é hoje.
Terapia para gatilho emocional
Os gatilhos emocionais podem ser tratados na terapia. De fato, o acompanhamento psicológico é o modo mais seguro de superar um gatilho. Como falar e pensar em situações negativas é doloroso, a orientação de um profissional da saúde mental minimiza o sofrimento.
Com o auxílio constante do psicólogo, você conseguirá definir e aprender a gerir as reações adversas oriundas do ou dos seus gatilhos. A sua superação exigirá muita compreensão, compaixão para consigo mesmo e perseverança.
Pessoas que corriqueiramente enfrentam os efeitos dominantes dos gatilhos emocionais precisam superar crenças rígidas criadas em razão de acontecimentos desagradáveis. A ajuda do psicólogo facilita esse processo.
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A leitura do seus artigos tem me ajudado muito e aberto minha mente para um tratamento adequado com ajuda de um profissional, aguardo ansiosamente pelas novas postagens ! Parabéns pelo seu trabalho .
Obrigada pelo seu feedback! É muito gratificante saber que os artigos estão ajudando você de alguma forma. Abraços! 🙂
Parabéns, me ajudou também!
Obrigada pelo feedback!
Gatilho emocional estão associados com os nossos sentimentos e vivências do cotidiano…
É sabido que homem ao longo do crescimento despertar vários sentimentos q estão no nosso
inconsciente, mais tudo depende de nós.
Sentimentos como a raiva o ódio, rancor,medo, já nascem com nosco.
Obrigada por compartilhar o seu comentário! 🙂
tão importante termos artigos profundos com oeste abertos para a comunidade em geral.
os gatilhos emocionais são tantos na nossa populaçãocausam tantos desafetos e confusões que parece uma avalanche de odio
Gratidão~pelo expressao tao claro e preciso.,
Obrigada pelo feedback!
Queria q vc tivesse uma mínima ideia do qto me ajudou agora . Li seu artigo à tarde, e agora à noite quis ler de novo, mastigando cada palavra até compreender totalmente o q vc disse. Descobri um gatilho mau (eu tenho uns bons TB), descobri a lembrança q o causa, (isso me aflige diariamente), fiz cálculos no calendário, busquei fotos e fatos, rebusquei meu Facebook, minhas lembranças, anotei a cronologia, agora vou tentar trabalhar esse gatilho, tentar dizer ao meu psicológico q não estou mais no ano 2011, e acredito q mais um tempo ele não mais me atrapalhará, principalmente na minha saúde, com muitas psicossomáticas. Obgda!!!
Que bom que o artigo te ajudou. Fico contente em saber.
Thaiana, resolvi comentar o seu artigo, pois ele me ajudou muito a entender melhor os meus gatilhos. A tua fala é fácil de entender e quero escrever sobre eles, para que, eu possa trabalhar e identifica-los a ponto de não sentir mais síndrome do pânico por causa dos gatilhos negativos. Sei que não será uma tarefa fácil, mas tu tocou num ponto de muita reflexão pra mim, que foi eu ter compaixão com este momento e agradececer a cada superação neste processo tão dolorido.
Obrigada por compartilhar o seu comentário, Débora. O processo do autoconhecimento não é simples, mas é fundamental. Continue firme em sua busca!
Obrigado, pela as informações , para eu está sendo muito importante , sempre leio sobre psicologia, psicanálise e assuntos afins, mas essa questão das janelas killer e liht , ainda não tinha tido com tanta clareza
Olá! Obrigada pelo seu comentário. Ficamos contentes que o conteúdo seja útil para você.