Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Vitória Appoloni Correia - Psicólogo CRP 06/143864
A independência é uma qualidade interessante para ensinar aos filhos desde a infância.
Uma criança não tem a capacidade emocional para se virar completamente sozinha, é claro.
Os pais precisam guiá-la, ajudá-la e prover para que as suas necessidades básicas sejam satisfeitas.
Entretanto, um certo nível de independência é benéfico para os pequenos.
Crianças independentes se tornam adultos independentes e autoconfiantes!
Sim, os pequenos podem não entender o valor das lições que os pais tentam ensinar por estarem mais interessados em brincar e aprender.
Quando chegarem à vida adulta, contudo, vão compreender o propósito e apreciar as pequenas liberdades concedidas a eles.
No post de hoje, abordaremos a importância de deixar as crianças desfrutarem de um certo grau de independência.
Por que ensinar independência aos filhos?
Muitas crianças querem fazer coisas sozinhas, sem a ajuda de adultos, para se sentirem ‘crescidas’ e realizadas.
Embora os pais não possam acomodar todos os desejos das crianças, podem incentivá-las a fazer as coisas do seu jeito e a resolver os próprios problemas em certas ocasiões.
O maior benefício de conceder às crianças um pouco de independência é a construção da autoconfiança.
Os pequenos sentem que conseguem transformar os seus planos em realidade quando se esforçam para isso.
Da mesma forma, valorizam a confiança que os pais depositam neles e o apoio recebido para prosseguirem com as suas aventuras e projetos infantis.
Esse sentimento quase inabalável estimula as crianças a crescerem confiantes, curiosas e proativas, além de resilientes.
Outros benefícios de ensinar independência às crianças são:
- Desenvolve a sensibilidade para com quem está ao seu redor uma vez que abrange o seu repertório de experiências, facilitando se colocar no lugar do outro;
- As crianças adquirem a liberdade para decidir quais são as suas razões para concluir atividades e tomar decisões, promovendo a automotivação;
- Dá às crianças um senso de importância e pertencimento ao meio social onde vivem;
- Desenvolve a crença de que são capazes de cuidarem de si mesmas, além de inteligentes o bastante para encontrar soluções para seus problemas ou, ao menos, tentarem;
- Incentiva a tomada de decisão;
- Fortalece outras virtudes necessárias para o seu desenvolvimento, como paciência, concentração, cooperação e disciplina;
- As crianças podem tirar as suas próprias conclusões das situações, as quais podem ser questionadas e debatidas com os pais depois do ocorrido;
- Elas têm mais oportunidades para se sentirem realizadas e orgulhosas de si mesmas; e
- Elas se sentem mais confortáveis para confidenciar ou desabafar com os pais sobre obstáculos e desafios.
Cuidados ao criar crianças independentes
Como uma criança é incapaz de ser completamente independente, pais precisam tomar certos cuidados enquanto ensinam aos seus filhos os benefícios da independência.
Não importa o quanto uma criança pareça ser madura e/ou inteligente, ela ainda não possui o alcance emocional necessário para tomar as próprias decisões.
Os adultos são capazes de compreender as consequências de seus atos e palavras e, apesar de as crianças terem uma noção disso, elas não conseguem visualizar um panorama completo.
Alguns pais acreditam que os seus filhos são como ‘miniadultos’ porque eles imitam comportamentos dos pais, parentes e outros adultos com quem convivem.
Ou seja, apenas refletem o que veem e ouvem em casa.
Eles ainda precisam de orientação para diferenciar o que é adequado e o que não é para a sua idade.
Ensinar independência às crianças não significa deixar que elas façam tudo o que desejam ou encarregar a elas tarefas complexas que não serão capazes de resolver.
Trata-se de encorajá-las a desenvolver as suas capacidades e a pensar por si próprias, supervisionando o seu progresso a cada passo.
Quando falharem, elas ficarão frustradas. É possível que chorem, se irritem e fiquem manhosas.
Mas pais não precisam ter medo de seus filhos vivenciarem decepções, frustrações e qualquer outro sentimento negativo ao errarem ou não conseguirem o que desejam.
Assim como acontece com os adultos, as crianças precisam aprender a reagir de modo saudável a esses sentimentos.
Caso contrário, elas podem crescer mimadas e ter reações desproporcionais à frustração, como acesos de raiva, pensamentos de autopiedade e pessimismo.
Pais precisam encontrar o equilíbrio entre deixar os seus filhos agirem e pensarem por conta própria, supervisioná-los e, ainda, ajudá-los a digerir sentimentos ruins.
Essa combinação pode soar muito complicada, mas está longe de ser impossível.
Como criar crianças mais independentes?
O que significa independência para você?
Ser capaz de fazer tudo sozinho, não se deixar levar pela opinião da maioria ou não temer a sua própria companhia?
Reflita sobre isso por um instante.
Esse exercício vai ajudá-lo a entender o valor que você deposita nessa característica.
Em seguida, pense em como você pode transmitir a importância da independência aos seus filhos de uma maneira que eles sejam capazes de compreender.
É importante se colocar no lugar da criança para tentar entender como ela vê o mundo e como se sentiria diante de determinadas situações.
Você pode realizar essa prática sempre que ficar confuso sobre qual atitude tomar para orientar os seus filhos.
Mas, não se preocupe!
Também separamos algumas dicas para ajudar pais a criarem crianças independentes abaixo:
1. Delegue pequenas tarefas
Delegar pequenos afazeres aos filhos não vai apenas desafiá-los e fortalecer a sua autoconfiança e autoestima, como também os ensinará os caminhos para ter sucesso no futuro.
Por exemplo, eles aprenderão desde cedo a administrar o tempo, a honrar compromissos e a persistir para alcançar objetivos.
2. Conceda pequenas recompensas
Recompensar o seu filho por ter completado afazeres domésticos, ter tirado notas boas ou ter concluído uma atividade é uma excelente maneira de ensiná-lo sobre independência.
A recompensa pode ser o que você achar melhor – mesada, uma refeição gostosa, um passeio para um lugar que ele gosta ou simplesmente um abraço.
Não exagere, no entanto, na quantidade e na proporção das recompensas! Tome decisões conforme cada situação.
3. Ensine sobre o cuidado com objetos pessoais
Ensine os seus filhos a cuidarem bem dos seus objetos pessoais.
Roupas, sapatos, brinquedos, materiais escolares, produtos de higiene…
Mostre a eles como guardar cada item e como preservá-los.
Pode ser difícil fazê-los ouvir a princípio.
Algumas crianças simplesmente são mais bagunceiras que outras.
Então, ensine o valor de cada objeto e tenha paciência.
4. Deixe a criança fazer o que ela consegue sem ajuda
É inevitável para um adulto ajudar uma criança, principalmente quando ela demonstra estar com dificuldade para fazer algo.
Quando as crianças começam a crescer e a possibilidade de coisas que podem fazer sozinhas cresce com elas, os pais podem começar a deixar que elas se virem sozinhas.
É tentador interferir para que o filho não sofra ou se frustre, mas lembre-se que esse pequeno momento de independência contribui para o seu desenvolvimento.
Quando o seu filho estiver em perfeita condição para fazer algo sem a sua ajuda, deixe que ele faça.
Caso ele tenha dificuldade, ofereça ajuda. Entretanto, ainda deixe que ele faça a maior parte do trabalho.
5. Dê permissão para que compareça a eventos infantis
Permitir que as crianças compareceram a festas de aniversário ou durmam na casa de amiguinhos é uma maneira de sutilmente tirá-las da zona de conforto.
Dessa maneira, elas se acostumarão a viver experiências diferentes das que estão acostumadas.
É também uma ótima oportunidade para passar ensinamentos sobre como se portar em certos ambientes e como interagir com as pessoas, evitando perigos.
6. Permita que a criança resolva os seus próprios conflitos
Crianças brigam o tempo todo, especialmente quando têm dificuldade para controlar emoções e sentimentos negativos.
Então, compreenda que não é o fim do mundo quando o seu filho briga com um amiguinho ou coleguinha de turma.
É importante deixar que ele entenda a situação e encontre maneiras de solucionar o desentendimento.
É claro que você pode aconselhá-lo e confortá-lo sempre que necessário.
Porém, não se atravesse e tente conversar com o amiguinho ou a mãe dele antes que o seu filho tome uma decisão. Interfira somente se a situação for séria.
7. Ensine a criança a responder ao fracasso
O encontro com o fracasso é uma parte inevitável da vida.
Muitas pessoas não aprendem a lidar com derrotas de um jeito saudável, por isso, sofrem demasiadamente com a frustração e o medo de fracassar novamente.
Ensine o seu filho como ele deve responder ao fracasso.
Evitar o sofrimento não é o objetivo, mas, sim, ensiná-lo a gerenciar as suas emoções e pensamentos para não prolongá-lo.
O fracasso faz parte da vida e é indispensável aprender a superá-lo.
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Autor: psicologa Vitória Appoloni Correia - CRP 06/143864Formação: Especialista em Análise do Comportamento Aplicada, atua com TCC - Terapia Comportamental e é pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia, atua em seu consultório particular com demandas de ansiedade, relacionamentos, depressão, terapia de casal e vida profissional...