Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Luzia Fatima de Andrade Lobato - Psicólogo CRP 06/119285
Você tem dificuldade para controlar os seus impulsos? Segundo psicólogos, pessoas que não conseguem tirar um momento para pensar antes de agir se deparam com situações desagradáveis com frequência.
Isso porque as suas ideias impulsivas geralmente estão relacionadas a coisas esdrúxulas, como gastar dinheiro que não possuem, ou que podem esperar, como ir à um evento em horário de trabalho em vez de esperar o fim do expediente.
Entretanto, como a pessoa não consegue administrar bem o período (ainda que curto) entre a espera e a realização do desejo, ela toma decisões equivocadas.
De onde vem os comportamentos impulsivos?
A impulsividade possui duas características: reações rápidas e não planejadas e preocupação reduzida com as consequências das suas ações.
Em outras palavras, pessoas impulsivas agem antes de pensar, visando satisfazer os seus desejos o mais rapidamente possível. Quando percebem o que fizeram, é tarde demais.
Agir por impulso é da natureza humana, mas algumas pessoas cedem aos seus impulsos com maior frequência.
Às vezes, o fazem mais de uma vez ao dia, inviabilizando condutas funcionais que, embora possam ser desprovidas da mesma emoção provocada pelos comportamentos impulsivos, são necessárias para termos uma vida de qualidade.
Agir dessa maneira pode levar a uma série de problemas, como dívidas e gastos excessivos, falta de compromisso com o trabalho, desgaste dos relacionamentos interpessoais, entre outros.
Os comportamentos impulsivos não precisam estar necessariamente ligados a condutas perigosas ou autodestrutivas. Eles também podem se manifestar de modo mais sutil, como:
- Reações explosivas;
- Inquietação;
- Interromper os outros enquanto falam;
- Dificuldade para esperar a sua vez em filas e atividades;
- Falta de concentração;
- Mudar de um emprego para o outro, ou de uma graduação para a outra;
- Dificuldade para se dedicar a apenas um hobby; e
- Direção perigosa.
Condições que dificultam o controle dos impulsos
A dificuldade de controlar os impulsos pode estar associada à várias condições de saúde mental.
Logo, quando a impulsividade é excessiva e constantemente traz problemas para a vida do indivíduo, é recomendado agendar uma consulta com um psicólogo para investigar se os impulsos não são um sintoma de uma condição.
Algumas das condições mais comuns incluem:
1. Cleptomania
A cleptomania é caracterizada pela incapacidade de resistir ao impulso de pegar objetos sem motivo aparente.
O indivíduo não tem nenhuma intenção de ganho monetário ou de aumentar o seu acervo pessoal de objetos.
Na verdade, ele pode se desfazer dos objetos furtados alguns dias após o incidente.
E, ainda, sente-se culpado e envergonhado por ter pegado algo que não é seu.
O impulso de furtar parte da necessidade de aliviar a ansiedade e o desejo de reviver a sensação de prazer imediata logo após o furto.
2. Tricotilomania
Pessoas com tricotilomania sentem a necessidade de arrancar fios de cabelo recorrentemente, o que resulta em perda de cabelo.
Elas normalmente puxam fios do couro cabeludo, sobrancelhas e pálpebras, e intercalam as áreas afetadas para que o cabelo possa crescer outra vez ou não deixar à vista que estão arrancando cabelos daquela região.
Assim como na cleptomania, a vergonha e o medo de ser descoberto são sintomas comuns da tricotilomania.
O indivíduo sabe que está fazendo algo considerado fora do normal, então sente a necessidade de esconder o seu ‘hábito’ atípico dos demais.
Algumas pessoas arrancam fios de cabelo sem ter plena consciência disso enquanto outras sabem o que estão fazendo.
No último caso, elas podem buscar meticulosamente os melhores fios de cabelo para arrancar ou desenvolver uma forma específica de arrancá-los. A motivação desse hábito costuma ser a ansiedade, o estresse e/ou a frustração.
3. Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)
O Transtorno Explosivo Intermitente, segundo o DSM V, é uma condição caracterizada por explosões de raiva recorrentes, com frequência de, ao menos, duas vezes por semana.
Indivíduos com TEI apresentam comportamentos hostis ou violentos, bem como reagem de maneira desproporcional às situações e demonstram constantes oscilações de humor.
As pequenas contradições do dia a dia são capazes de despertar a sua fúria.
Sendo assim, uma das características do TEI também é a dificuldade para administrar a frustração.
Já os sintomas físicos são elevação do ritmo cardíaco, sudorese, tremores pelo corpo, tensão muscular e aceleração da respiração.
4. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está presente tanto nas crianças quanto nos adultos.
Além da ansiedade e desatenção características dessa condição, as pessoas com TDAH têm dificuldade para controlar os seus impulsos.
Parte disso está relacionada à perda de interesse por atividades, passatempos, trabalhos, relacionamentos e tópicos de estudos. Já a outra, à ansiedade descontrolada.
A dificuldade de controlar os impulsos gera muita inconstância, a qual dificulta a vivência de uma vida normal.
Ele pode ter dificuldades para administrar as despesas, ser demitido múltiplas vezes e tomar decisões incoerentes com a sua realidade, como trocar um carro por um modelo novo quando não tem dinheiro para isso ou iniciar um relacionamento afetivo com uma pessoa tóxica.
5. Transtorno de bipolaridade
No transtorno de bipolaridade, o indivíduo bipolar também toma decisões que desencadeiam consequências negativas tanto para a sua vida quanto para a dos outros.
Elas geralmente estão ligadas ao sexo desenfreado, compras excessivas, jogatina, festas e outras maneiras que o indivíduo encontra de sentir descargas de adrenalina.
Essas decisões são tomadas durante episódios hipomaníacos e maníacos, quando o indivíduo está com a autoestima lá em cima e se sente indestrutível.
Ele não consegue compreender a gravidade das consequências que as suas atitudes impulsivas podem ter. Em certos casos, os seus comportamentos impulsivos podem colocar a sua vida e/ou a vida de outras pessoas em risco.
6. Piromania
A piromania é um transtorno no qual um indivíduo possui tendência a provocar incêndios.
Preparar os materiais para atear fogo causa satisfação e sensação de prazer, bem como observar os estragos causados em objetos ou ambientes.
Há também o desejo de observar o pânico provocado nas pessoas e nos bombeiros para apagar o incêndio.
Esta condição é mais frequente em crianças e adolescentes, mas também pode se manifestar em adultos.
Os incêndios costumam ser mais frequentes durante ou após um grande acontecimento, como demissão, término de relacionamento ou divórcio.
Além da satisfação em admirar o incêndio, o indivíduo também pode demonstrar irritabilidade, gerando conflitos com quem convive, e desesperança.
7. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) alterna entre obsessões e compulsões.
O indivíduo possui pensamentos obsessivos acerca de uma certa conduta compulsiva e não consegue resistir aos impulsos de colocá-la em prática.
Por exemplo, lavar as mãos repetidamente, apagar e ligar as luzes diversas vezes, contar as decorações e os objetos presentes em um cômodo, contar até um certo número, entre outros.
Como controlar os impulsos?
Aprender a controlar os impulsos requer paciência e determinação, pois é comum que os velhos hábitos retornem de vez em quando.
A pessoa que cede mais fácil aos impulsos vive uma montanha-russa de emoções, a qual vai desde frustração e vergonha até satisfação e felicidade.
Afinal, o impulso está quase sempre ligado a algo que ela acredita que vai deixá-la mais contente, mas, depois, percebe que não é bem assim.
Você pode tomar algumas atitudes para aprender a controlar os seus impulsos, como:
- Identificar os riscos: identifique quais áreas da sua vida são afetadas por sua dificuldade de controlar impulsos. Você pode perguntar a uma pessoa próxima sobre isso para ajudá-lo a identificar quais são;
- Planeje-se para enfrentá-los: uma vez que você identificou os riscos de ceder a determinados impulsos, você pode se planejar para enfrentar as consequências das suas ações e, com esforço contínuo, reduzi-las. Por exemplo, se você não consegue controlar o quanto você come, reduza a quantidade de alimentos nocivos à saúde em casa;
- Conte até 10 muitas vezes: se você conseguir adiar os seus impulsos, você pode ter mais sucesso em controlá-los. Então, experimente contar até 10 múltiplas vezes quando uma ideia esdrúxula passa por sua cabeça, ou conte vagarosamente até atingir esse número; e
- Fique atento aos seus sentimentos: esteja atento aos seus sentimentos e desejos sem fazer juízo de valor. Você pode ter dezenas de vontades ao longo do dia, mas não precisa agir de acordo com eles!
Se mesmo após tentar essas estratégias, você não conseguir controlar os seus impulsos da maneira desejada, experimente marcar uma consulta com um psicólogo.
A sua impulsividade pode ser um sintoma de uma condição de saúde mental, ou estar tão enraizada em seu comportamento que é difícil quebrar esse padrão.
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…
Boa tarde! Excelente artigo.
Quero sugerir que faça p pais ou responsáveis o que o castigo frequente pode acarretar em uma criança. Se é correto aplicar o castigo qdo uma criança não consegue fazer algo, como comer, evacuar ou urinar no vaso sanitário na fase de desfraudar.
Obrigada. Parabéns pelo trabalho.
Olá, Célia! Obrigada pelo seu comentário. A sua sugestão foi anotada!