Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
Aconselhar alguém pode não ser uma tarefa tão simples quanto parece.
Mesmo quando temos as melhores das intenções, temos dificuldade para encontrar as palavras certas ou compreender totalmente a situação que o outro está passando.
E, por isso, os conselhos podem acabar não sendo eficientes.
Além disso, algumas pessoas não parecem ter capacidade de seguir conselhos, o que, para quem está de fora, pode ser frustrante.
Afinal, se pediram ajuda, por que não agem conforme o aconselhado?
Por que cometem os mesmos erros?
A frustração pode ser maior com pessoas próximas que estão passando por uma situação complicada, como amigos e familiares.
Neste post, discorremos sobre como aconselhar as pessoas adequadamente e as expectativas que devemos manter ao aconselhar terceiros.
O que levar em consideração quando aconselhar alguém?
Como dito, aconselhar alguém pode não parecer requerer tanto esforço, mas, na verdade, exige empatia, paciência, controle emocional, experiência de vida e até informações sobre tópicos que, até então, eram desconhecidos.
Entender o contexto da situação, com todas as suas circunstâncias, pessoas envolvidas e eventos que antecederam ao problema, é fundamental.
Da mesma forma, as preocupações e necessidades do aconselhado devem estar claras. Caso contrário, o conselho pode ficar incompleto.
Dependendo da situação, você pode precisar pesquisar mais sobre o assunto para compreendê-lo e conceder os melhores conselhos.
Outra questão importante é que a pessoa pode não responder da maneira esperada.
Para você, pode parecer que o assunto está encerrado ou que as questões problemáticas estão claras como cristal.
Mas, para o outro indivíduo, há fatores que podem ser mais importantes conforme o seu entendimento do problema, crenças pessoais e vivências passadas.
Embora encontrar uma solução seja fácil para você, para o outro pode ser extremamente difícil, cansativo ou intimidador.
Não tenha, portanto, expectativas a respeito das decisões tomadas por quem lhe pediu conselhos.
A decisão final é sempre do outro.
Caso a pessoa não siga as suas recomendações, não significa que ela não as considere importantes.
Ela pode ter dificuldade para colocar os conselhos em prática, ou estar empurrando o problema com a barriga até onde conseguir.
Algumas pessoas levam mais tempo para gerenciar as suas emoções e pensamentos para tomar uma decisão e, só então, começar a fazer mudanças no seu jeito de agir.
Como aconselhar alguém?
Com tantas coisas a considerar, você pode estar se perguntando o que fazer, afinal, para dar bons conselhos? Separamos, abaixo, algumas dicas que você pode seguir.
1. Crie um ambiente seguro
Alguns assuntos são delicados demais para serem abordados em lugares públicos ou ambientes considerados opressivos pela pessoa que necessidade de ajuda, como a própria casa dela.
Então, construa um ambiente confortável, acolhedor e seguro, apropriado para uma conversa delicada.
Para isso, você pode convidar a pessoa para conversar em um local reservado e manter uma postura de mente aberta e afabilidade.
Do mesmo modo, demonstre que tudo o que for compartilhado será mantido em segredo.
O seu comportamento vai transmitir confiança à pessoa, encorajando-a a falar sobre as suas preocupações.
2. Escute atentamente
Escute a pessoa com interesse genuíno.
Durante a conversa, dê atenção total a ela, evitando interrompê-la.
Sem a escuta, é impossível compreender todos os detalhes da situação.
As pessoas pedem conselhos a terceiros por não saberem mais o que fazer.
Elas provavelmente já tentaram tudo o que consideram apropriado e se encontram em um beco sem saída.
Ao praticar a escuta ativa, você pode identificar tendências na forma de pensar ou de agir da pessoa, aprofundando o seu entendimento do que ela pode estar fazendo errado.
Dessa maneira, você pode encontrar soluções que a pessoa não conseguiu enxergar por estar imersa em preocupações e ansiedade.
3. Faça perguntas
Assim como escutar é importante, fazer questionamentos sobre a situação é essencial para entender mais sobre ela.
Além disso, as perguntas podem ajudar a pessoa a pensar sobre o problema sob outra perspectiva.
Por exemplo, você pode perguntar ‘por que você acha que isso aconteceu?’ ou ‘por que você se sente assim?’.
A pessoa em necessidade de ajuda é levada a questionar a si mesma e os eventos atrelados à situação.
Muitas vezes, nós somos conduzidos por nossas emoções e percepções pessoais, principalmente quando o atrito envolve alguém próximo ou uma situação semelhante à outra do passado. Isso impede a análise racional do problema.
4. Evite julgamentos
Ouça o desabafo da pessoa sem fazer julgamentos.
Isso inclui evitar julgamentos precipitados, feitos antes da pessoa terminar de falar, e julgamentos de valor, que envolvem conclusões sobre o caráter da pessoa.
É claro que certas condutas são, sem dúvidas, prejudiciais e devem ser reconhecidas.
A questão é não fazer julgamentos desnecessários ou afoitos, uma vez que condenar as atitudes do aconselhado pode deixá-lo acuado.
Ele pode desistir de procurar a sua ajuda ao perceber que você prefere julgá-lo a ajudá-lo.
Procure compreender o seu modo de pensar e as emoções que tomaram conta dele no momento da tomada de decisão.
Só então reflita sobre como proceder para aliviar as suas inquietações.
Entretanto, se você acredita que a pessoa fez algo errado, ofereça conselhos com sensibilidade e respeito.
Assim, ela vai reconhecer o erro e estar aberta a enfrentar as consequências de suas atitudes.
Neste contexto, é importante não passar a mão na cabeça de pessoas queridas, visto que essa atitude pode torná-las cegas para as consequências das suas ações.
Em vez disso, ajude-as a fazer as reparações necessárias.
5. Ofereça apoio emocional
Há quem, em um momento de fragilidade emocional, só queira um ouvido amigo.
Apesar de parecer que a pessoa está buscando conselhos quando decide conversar com você, ela pode estar apenas buscando apoio emocional.
Em outras palavras, pode desejar somente que você as escute, a abrace e diga que tudo vai ficar bem.
Os conselhos podem ficar para depois ou, ainda, outro momento.
Apesar de nós não podermos adiar a resolução de problemas para sempre, podemos priorizar o nosso bem-estar emocional e saúde mental e só então pensar em soluções.
Então, questione o que a pessoa precisa naquele momento para ajudá-la a se sentir melhor.
E quando os conselhos não ajudam?
É importante saber reconhecer as suas próprias limitações.
Mesmo que você queira muito, muito ajudar, se você não se sentir capaz ou preparado para ajudar alguém, não é recomendado forçar.
Você pode se sentir impotente ao não conseguir auxiliar alguém da forma desejada em um momento de necessidade.
Todavia, não se culpe por isso.
Problemas complexos, como uma pessoa que sofre com uma doença ou está em um relacionamento abusivo sem conseguir deixá-lo, requerem soluções igualmente complexas.
Foque a sua atenção em encontrar a ajuda que a pessoa precisa. Você pode, por exemplo, aconselhar a pessoa a procurar a ajuda de um profissional.
Terapia é diferente de conselhos
O psicólogo não dá conselhos, como muitos ainda acham.
O profissional de psicologia possui conhecimento de teorias e técnicas de tratamento psicoterapêutico para uma série de condições de saúde mental e problemas pontuais.
Ele é capaz de ajudas as pessoas a superarem os mais complexos impasses, bem como a lidar bem com os sintomas de condições, como a depressão, ansiedade e transtorno do pânico.
Além disso, o psicólogo não necessariamente diz o que o paciente tem de fazer ou faz recomendações diretas.
Ele ajuda o paciente a refletir sobre as suas dores emocionais e conhecer a si mesmo até que ele consiga fazer mudanças significativas na sua vida.
Ou seja, a terapia é um processo de contínuo aprimoramento e aprendizado.
A terapia pode ser procurada tanto por quem sofre de sintomas de condições de saúde mental quanto por quem quer solucionar problemas pontuais.
Dúvidas de carreira, conflitos internos, baixa autoestima, problemas conjugais ou familiares e hábitos nocivos à saúde são alguns dos tópicos abordados na psicoterapia.
Ajuda complementar
Você também pode fornecer recursos adicionais, como informações sobre psicoterapia, saúde mental ou o problema específico enfrentado por ela.
Para cumprirem o seu objetivo, os recursos devem vir de organizações ou entidades oficiais, as quais contam com o trabalho de especialistas.
Hoje, encontramos muito ‘conselheiros’ nas redes sociais.
Alguns deles são, de fato, profissionais formados que visam orientar as pessoas sobre assuntos pouco debatidos ou tabus.
Outros, no entanto, são pessoas sem formação.
Elas desconhecem as nuances dos tópicos delicados que abordam e as consequências de informar sem ter domínio do tema.
Sendo assim, não são as mais adequadas para falar sobre eles.
Sempre procure opiniões de profissionais ou de materiais desenvolvidos por profissionais.
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Autor: psicologa Letícia Batista Lopes - CRP 06/168484Formação: A psicóloga Letícia Lopes é graduada em Psicologia pela Universidade Paulista, possui formação em TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) pelo CETCC; pós-graduada em Psicopatologia e Saúde Mental pelo CEPPS e Mentoria em TCC com Anna Polak...
Gostei muito
Olá! Obrigada pelo seu feedback!