Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Vitória Appoloni Correia - Psicólogo CRP 06/143864
No passado, provocações e brincadeiras um tanto maldosas entre crianças e adolescentes eram vistas como comuns. As consequências emocionais delas eram tratadas com descaso, pois, como muitos pais e educadores costumavam acreditar, “construíam o caráter”.
Hoje, no entanto, elas são interpretadas de outra maneira. Temos mais informações sobre os impactos emocionais e psicológicos do bullying no período escolar. Psicólogos sabem que adultos podem ter condutas e hábitos inapropriados em razão dos acontecimentos desagradáveis na escola. Essas situações ficam marcadas na memória, mesmo muitos anos depois.
Por isso, não é certo virar as costas para as vítimas de bullying nem desconsiderar os seus sentimentos. A terapia, atualmente, é uma forma válida e eficiente de ajudar crianças e adolescentes que sofreram provocações na escola.
O que é bullying?
Bullying é um termo da língua inglesa adotado no Brasil para definir agressões, provocações, intimidações e exclusões contínuas. É costumeiramente empregado em situações que ocorrem entre crianças e adolescentes na escola, mas também pode definir ações cometidas por adultos em outros contextos sociais, como no ambiente corporativo.
Muitos agressores praticam bullying contra outros indivíduos para se sentirem bem consigo mesmos ou descarregar sentimentos extremamente negativos. Crianças e adolescentes com saúde mental debilitada tendem a criar intriga com colegas de turma emocionalmente frágeis.
O bullying também pode ocorrer por pressão social de amigos que acham “legal” ter atitudes maldosas contra colegas mais quietos.
Entretanto, embora hoje tenhamos muita teoria sobre bullying disponível, cada praticante possui um perfil e razões únicas para engajar em comportamentos agressivos.
Tipos de bullying na escola
Existem várias formas de cometer bullying. Todas causam ferimentos emocionais diferentes, mas igualmente dolorosos.
- Bullying físico: empurrões, arranhões, puxões de cabelo, tapas, beliscões, mordidas, chutes e brigas;
- Bullying verbal: xingamentos, acusações falsas, ameaças, tirar sarro da aparência de coleguinhas e gritos;
- Bullying virtual ou Cyberbullying: degradação na internet, comentários e mensagens agressivas, compartilhamento de fotos e vídeos impróprios e envio de ameaças de morte em redes sociais;
- Bullying social: fofocas, exclusão de atividades escolares, espalhar mentiras, isolamento dos demais colegas e incentivar intrigas entre colegas;
- Bullying emocional: chantagem emocional, tentativas de controle, pressão psicológica e manipulação; e
- Bullying sexual: agressão e assédio sexual.
Sinais de que alguém está sofrendo bullying
Crianças e adolescentes que sofrem bullying na escola expressam em comum alguns comportamentos. Não raro eles escondem as situações desagradáveis dos pais por terem vergonha ou para evitar reviver as emoções sentidas no momento ruim.
Eles chegam em casa tristes, desanimados e, sobretudo, calados. Podem reagir com extrema irritação ou ficar facilmente magoados durante conversas triviais. Como os pais não sabem o que acontecem na escola, eles também se irritam ou ficam confusos com a conduta incomum do filho.
Adolescentes tendem a se trancar no quarto ao longo do dia, deixando-o somente quando extremamente necessário. Já as crianças ficam quietas ou chorosas, mas não tem tanta inclinação para o isolamento.
Pais devem se preocupar a partir do momento em que os filhos começam a ter comportamentos atípicos de modo recorrente e evitam falar sobre a escola, os coleguinhas, os professores e quaisquer assuntos relacionados ao ambiente escolar.
Terapia para vítimas de bullying
Crianças e adolescentes que sofrem bullying na escola são mais suscetíveis ao desenvolvimento de condições psiquiátricas, como depressão, fobia social e síndrome do pânico. Dependendo da intensidade das agressões verbais ou físicas, eles podem sofrer até com sintomas de Estresse Pós-Traumático durante a vida adulta.
Além disso, as vítimas de bullying não têm muitas oportunidades para desenvolver as suas habilidades sociais e comunicativas por viverem com receio.
Elas temem se relacionar com pessoas fora do seu convívio social e viver novas experiências, podendo se tornar indivíduos submissos. Por outro lado, também podem se tornar adultos raivosos por temerem reviver as vivências ruins do passado.
Para evitar que se tornem adultos disfuncionais e deixem de aproveitar a vida, crianças e adolescentes podem recorrer à terapia. Adultos que sofreram bullying na escola também pode buscar tratamento psicológico para ressignificar os mecanismos de defesa aprendidos quando mais jovens.
Crianças e adolescentes aprendem a se defender de acontecimentos desagradáveis, agressões e injustiças conforme o grau de sua inteligência emocional. Como ainda são inexperientes, normalmente desenvolvem comportamentos inadequados para prevenir o sofrimento, como evitar certos ambientes sociais e ser reativo.
A terapia é, então, essencial para ajudar vítimas de bullying na escola a recobrarem o controle de suas emoções e condutas. Os pais ou tutores são peças-chave neste processo. Eles sempre devem compartilhar as suas preocupações e receios com o psicólogo, bem como apoiar os filhos.
Como a terapia ajuda as vítimas de bullying
A terapia ajuda vítimas de bullying de diversas formas, especialmente as que apresentam sintomas acentuados de depressão.
Os pais e familiares presentes na vida da criança ou do adolescente também se beneficiam com o acompanhamento psicológico. Caso não tenham “jogo de cintura” para lidar com a situação, podem pedir orientação ao psicólogo para ajudar os filhos.
A seguir, veja cinco maneiras sobre como a terapia pode ajudar vítimas de bullying.
1. Constrói autoconfiança
O bullying abala a confiança das vítimas. À medida que as provocações e agressões continuam, elas começam a se perguntar se não há algo errado com elas. Afinal, por que estão recebendo aquele tipo de tratamento? Elas passam a questionar se o problema não é a sua personalidade, aparência ou modo de agir.
A terapia combate a insegurança e busca descontruir crenças criadas com base em pensamentos autodepreciativos. Ela ajuda as vítimas de bullying na escola a compreenderem que o “X” da questão não é elas, mas, sim, quem pratica o bullying. Aos poucos, elas aprendem a se defender contra atitudes maldosas.
2. Ajuda a desapegar de comentários maldosos
Os comentários de quem pratica bullying costumam perseguir as vítimas por muito tempo. Provocações e apelidos maldosos deixam feridas de difícil cicatrização. O desconforto emocional é tamanho que elas não se sentem bem em lembrar da época de escola.
Por isso, o acompanhamento psicológico é necessário. Na terapia, crianças e adolescentes aprendem que as implicâncias e apelidos maldosos recebidos ao longo da vida escolar não os definem. Eles são encorajados a construir uma autoimagem positiva com base em suas próprias percepções.
Outro ponto importante é que adultos podem revisitar momentos desagradáveis do passado mais facilmente com a orientação de um psicólogo. Deste modo, tem a oportunidade de se libertar de acontecimentos negativos que já passaram.
3. Desenvolve as habilidades sociais
Como dito, as habilidades sociais de quem sofre bullying na escola tendem a ser pouco desenvolvidas. A inaptidão causa outros sofrimentos na vida adulta, como dificuldade de se comunicar no ambiente profissional.
A terapia incentiva pacientes jovens e adultos a deixarem as suas zonas de conforto para se socializarem com tranquilidade. O psicólogo pode passar pequenas metas, exercícios e promover o diálogo sobre os medos do paciente para auxiliá-lo nesta questão.
Na terapia, o paciente também aprende a ficar confortável em sua própria pele. As interações sociais consequentemente ficam mais fáceis quando ele resolve conflitos internos que afetam a sua autoimagem.
4. Ensina a perdoar e esquecer
O receio de iniciar conversas, viver novas experiências, estar em ambientes pouco familiares e formar amizades, para quem sofreu bullying, costuma nascer da baixa autoestima e da possibilidade de eventos negativos se repetirem.
Para que consigam aproveitar as suas vidas, as vítimas de bullying na escola precisam perdoar quem lhes causou mal e esquecer as ofensas.
Porém, a trajetória para o perdão é repleta de dores emocionais mal resolvidas, memórias desagradáveis e sentimentos conturbados. Pode levar anos para isso acontecer. A terapia encurta o sofrimento oriundo de mágoas e ressentimentos, além de ajudar as vítimas a se libertarem de experiências ruins que não trazem felicidade para o momento presente.
5. Aconselha como lidar com quem pratica bullying
A criança e o adolescente precisam aprender a lidar com quem pratica bullying para que, no futuro, saibam lidar com adultos mal-intencionados em outras situações. Os pais, embora sejam sábios, nem sempre possuem os melhores conselhos para os filhos.
Revidar uma violência com outra ou ignorá-la completamente são táticas falhas no processo de resolução de conflitos criados pelo bullying. Existe um meio-termo que, quando seguido, afasta os praticantes e preserva o bem-estar emocional das vítimas. A terapia proporciona esse conhecimento e, ainda, ajuda quem sofre ou já sofreu bullying a fortalecer a sua autoestima de modo que ela não seja facilmente abalada no futuro.
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Autor: psicologa Vitória Appoloni Correia - CRP 06/143864Formação: Especialista em Análise do Comportamento Aplicada, atua com TCC - Terapia Comportamental e é pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia, atua em seu consultório particular com demandas de ansiedade, relacionamentos, depressão, terapia de casal e vida profissional...