Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Danielle Veran Cipolla - Psicólogo CRP 06/66773
A claustrofobia é mais comum do que pensamos! Sim, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse transtorno acomete 25% da população global, número bastante expressivo.
Acontece que essa condição afeta consideravelmente a vida da pessoa claustrofóbica, uma vez que o seu medo exagerado e irracional de permanecer em ambientes fechados e/ou com pouca circulação de ar pode limitá-lo a desenvolver atividades simples do dia a dia.
Mas será que a claustrofobia tem cura? É possível tratá-la? Quais são os seus principais sintomas e causas?
Encontre as respostas para essa e outras perguntas neste conteúdo completo!
O que é claustrofobia?
A claustrofobia consiste no medo exagerado e irracional de permanecer em ambientes fechados ou com pouca circulação de ar. Alguns exemplos de locais que causam essa fobia no indivíduo são elevadores, provadores e transportes públicos.
Esse fenômeno acontece porque o claustrofóbico percebe os ambientes de uma forma alterada, isto é, eles enxergam os locais que lhe causam claustrofobia como sendo menores do que realmente são.
Nesse tipo de transtorno, a ansiedade é a emoção que prevalece. Além disso, durante as crises, podem surgir a sensação de angústia e a síndrome do pânico.
Quais são as causas da claustrofobia?
De acordo com estudos, a causa da claustrofobia pode ser multifatorial.
Nesse sentido, essa fobia pode ser de origem biológica, quando o indivíduo já nasce com uma predisposição para se manter em alerta diante de situações e ambientes que possam lhe trazer algum tipo de ameaça.
Outra possível causa é de ordem ambiental, isto é, quando a pessoa desenvolve essa fobia devido a experiências ao longo da sua vida, como:
- Um trauma na infância, como abuso ou intimidação;
- Ter sido confinado em algum lugar por acidente ou propositalmente;
- Ter se perdido de pais ou amigos em multidões durante a juventude, etc.
Dessa forma, toda vez que ela estiver em uma situação semelhante, acionará os gatilhos.
Também é possível que uma pessoa se torne claustrofóbica se o seu cuidador (pai, mãe ou responsável) tiver esse transtorno. Por exemplo: se um pai evita entrar em locais fechados porque tem claustrofobia, o filho pode crescer entendendo que aquele lugar é perigoso.
Logo, são diversas causas que podem desencadear essa condição.
Quais são os sintomas da claustrofobia?
Basicamente, os sintomas da claustrofobia surgem quando a pessoa se encontra na iminência de entrar em um ambiente fechado ou quando já está no interior desse.
Assim, diante dessa possibilidade, ela poderá ter um ataque de ansiedade ou de pânico que envolve os seguintes sinais:
- Frequência cardíaca acelerada
- Hiperventilação (respiração excessiva)
- Sudorese intensa
- Falta de ar
- Tontura
- Náusea
- Tremores
- Sensação de asfixia
- Dor no peito
- Dormência
- Zumbido no ouvido
- Boca seca
- Confusão mental
- Sensação de que vai desmaiar
No entanto, convém mencionar que uma pessoa que já passou diversas vezes por essas crises tende a desenvolver a ansiedade no dia a dia, uma vez que se antecipa a qualquer possibilidade de confinamento.
Portanto, a claustrofobia pode prejudicar a qualidade de vida do indivíduo mesmo quando esse não estiver passando especificamente por uma situação que lhe desperte medo.
O que fazer durante uma crise?
Apesar de os claustrofóbicos evitarem lugares que lhe causem os sintomas mencionados anteriormente, pode ocorrer de eles desenvolverem uma crise em uma situação inesperada e impossível de prever, como em um engarrafamento, por exemplo.
Nesse caso, é necessário encontrar maneiras de lidar com o ataque para evitar que a situação saia ainda mais do controle e desencadeie reações ainda mais extremas, como a perda de sentidos.
Por isso, se você estiver passando por uma crise de claustrofobia, procure:
- Focar em algum pensamento que lhe dê tranquilidade.
- Respirar devagar, contando até três em cada respiração.
- Repetir para si mesmo que aquele medo é irracional e que ele vai passar.
- Concentrar-se em algum objeto palpável e seguro, como o ponteiro do relógio.
- Observar que as outras pessoas que estão naquele mesmo recinto que você estão bem. Isso significa que o ambiente não oferece qualquer perigo.
Claustrofobia tem cura?
O medo da claustrofobia pode se tornar patológico e, nesses casos, não há cura. No entanto, independentemente de qualquer coisa, saiba que é plenamente possível tratar essa fobia e reduzir ou até mesmo eliminar os seus sintomas.
Portanto, apesar de não haver a certeza de que será possível curar de vez esse problema, com o tratamento adequado é possível gerenciar o medo e a ansiedade e, assim, levar uma vida normal e com qualidade.
Como tratar a claustrofobia?
O tratamento da claustrofobia tem como finalidade minimizar os seus sintomas e reduzir a frequência e a intensidade das crises, permitindo que o claustrofóbico consiga desenvolver a inteligência emocional para lidar com as situações estressantes de forma consciente.
Para isso, existem algumas frentes de tratamento importantes e indispensáveis, como:
Psicoterapia
A psicoterapia é a principal forma de tratamento para a claustrofobia, sendo a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) a abordagem mais utilizada.
Por meio dela, o psicólogo ajudará o paciente a desenvolver habilidades para enfrentar a fobia e controlar o medo e a ansiedade. Para isso, será trabalhado a autoconfiança e a mudança de padrões de pensamento e comportamento.
Outro ponto que pode ser explorado pelo profissional durante a terapia é a origem da claustrofobia. Se essa tiver relação com traumas do passado, por exemplo, isso também será tratado com o paciente.
Inclusive, vale dizer que essa é uma questão que o ajudará não somente no tratamento da claustrofobia em si, como em outras condições que podem ter sido desenvolvidas por determinado trauma mal resolvido.
Além disso, durante as sessões de terapia, o indivíduo poderá ser exposto de forma gradual, guiada e planejada a estímulos que lhe causem a fobia para que o psicólogo o auxilie a criar estratégias de enfrentamento. A essa técnica é dado o nome de terapia de exposição.
Uso de medicamentos
Assim como em outras condições que causem a ansiedade, o tratamento da claustrofobia também pode envolver o uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra, como antidepressivos e ansiolíticos.
No entanto, convém mencionar que esse é um tratamento complementar, ou seja, ele não substitui em hipótese alguma a psicoterapia.
Atividades de relaxamento
Exercícios de relaxamento também são fundamentais para ajudar no controle da ansiedade e dos pensamentos negativos trazidos pela claustrofobia.
Aqui podem ser incluídas na rotina do paciente a meditação, ioga e atividades físicas, por exemplo. Todos eles podem ajudar a relaxar a mente e o corpo.
Convém mencionar que o tratamento da claustrofobia, assim como de outras condições que envolvem a saúde mental, dependem muito do comprometimento do paciente.
Portanto, se você sofre com essa fobia, dedique-se para alcançar os melhores resultados possíveis!
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Autor: psicologa Danielle Veran Cipolla - CRP 06/66773Formação: A Psicóloga Danielle é graduada pela PUC SP, e, desde então, buscou outros cursos como maneira de agregar conhecimentos e técnicas na Clínica. Possui pós-graduação em Neurociência pela PUC RS, curso de "Cinesiologia" (psico-físico) pelo Sedes Spientiae, e "Terapia de Casais" pelo IPQ...