Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Vitória Appoloni Correia - Psicólogo CRP 06/143864
O modo de interação das pessoas passou por uma transformação nos últimos anos.
Hoje, as redes sociais e aplicativos de conversa ou de paquera regem os momentos de socialização. Não é preciso fazer uma ligação ou ir até a casa do amigo para saber se ele está disponível.
Sendo assim, as pessoas têm menos desculpas para se socializar.
A socialização no ambiente de trabalho, embora tenha seus benefícios, tende a ser motivada pela obrigação em manter um ambiente harmônico e respeitoso.
Muitas vezes, é preciso conviver com quem te tira do sério, então o aproveitamento desses momentos sociais já decaí muito. Conversar com quem te quer bem é, sem dúvidas, mais satisfatório e interessante para manter o bem-estar emocional.
A rotina corrida é outra razão pela qual as pessoas negligenciam a socialização.
Cada vez mais, adultos reclamam da solidão nesta fase da vida e muito disso tem a ver com a quantidade de compromissos que a maioria precisa atender no dia a dia.
O resultado desse cenário é o afastamento gradual de pessoas queridas e até amizades de longa data.
No post de hoje, procuramos fazer uma reflexão sobre essa problemática ao trazer os benefícios da socialização e discorrer sobre as razões por trás da vontade de fugir das interações sociais.
Quais são os benefícios da socialização?
A socialização traz muitos benefícios para a saúde mental, por isso, devemos procurar e tentar aproveitar momentos sociais.
1. Bom humor
Uma boa socialização diminui os sentimentos negativos e afasta a sensação de solidão.
Você ri, se diverte, compartilha acontecimentos da sua vida e recebe notícias positivas em relação à vida do outro.
Também quebra o ócio provocado pela rotina sempre igual.
Apesar de ser importante seguir uma rotina, também é legal dar uma quebrada na mesmice para estimular o gosto pela novidade.
Logo, você fica de bom humor em questão de segundos!
2. Motivação
Compartilhar objetivos e sonhos com as pessoas certas, como amigos e familiares, pode te dar aquela necessária injeção de motivação para conquistá-los.
É legal também compartilhar metas com pessoas na mesma situação que você através de aplicativos ou redes sociais. Dessa forma, todo mundo consegue evoluir junto.
3. Experiências de vida
Interagir com pessoas é sempre uma oportunidade de aprendizado, independentemente da sua idade.
Você aprende como outros indivíduos pensam, sentem e vivem através de simples conversas e momentos compartilhados.
Estar disposto a aprender sobre o outro é uma porta de entrada para ter novas experiências e criar vínculos de afeto.
Você pode até encontrar a solução para um problema persistente ao se espelhar no outro.
4. Promove a saúde física
Socializações positivas têm a capacidade de reduzir o risco de desenvolver certas doenças, como o Alzheimer, por exercitar o cérebro e desenvolver competências emocionais, e doenças cardiovasculares, por reduzir o estresse.
Largar hábitos nada saudáveis para a saúde, como beber excessivamente ou fumar, também é mais fácil quando se tem alguém para compartilhar as dificuldades desse processo ou trocar experiências similares.
5. Afasta depressão
O contato físico, empatia e conversas saudáveis fazem parte de relacionamentos sadios.
Todos nós precisamos desse tipo de socialização.
As sensações agradáveis proporcionadas pelo toque e o diálogo sincero afastam a depressão.
A pessoa que está alimentando pensamentos autodepreciativos, acreditando não ser importante ou amada, consegue afastá-los quando tem momentos sociais de qualidade.
Por que não quero me socializar?
Às vezes não sentimos vontade de socializar.
Queremos um momento de paz e tranquilidade somente com nossos pensamentos, ou para digerir o mau humor longe de gatilhos que podem agravá-lo.
Essa necessidade por momentos de introspecção é normal.
A introspecção também é benéfica quando precisamos refletir sobre um aspecto importante das nossas vidas.
Por exemplo, quando é necessário tomar uma decisão que pode mudar o curso da nossa carreira profissional ou relacionamento, o silêncio e a reflexão nos ajudam a fazer uma boa escolha.
Embora as opiniões de terceiros possam ajudar a acelerar o processo de tomada de decisão, é sempre necessário priorizar as nossas vontades pessoais.
O problema começa a aparecer quando a vontade de socializar diminui sem uma razão para tal, ou por motivos questionáveis.
Só de pensar em sair de casa e conversar com as pessoas, ou responder mensagens pelo celular, ou qualquer outro tipo de socialização corriqueira, você fica cansado e sem ânimo.
É como se trocar algumas palavras requeresse um grande esforço e, por isso, não valesse a pena deixar a zona de conforto.
Tudo isso pode ser um indicativo de uma condição de saúde mental.
Depressão
A depressão faz com que as pessoas tenham pensamentos autodepreciativos a ponto de acreditarem que só merecem coisas ruins.
Elas também transformam as experiências positivas ou corriqueiras em extremamente negativas, incapazes de ver as coisas sob outra perspectiva.
É um pessimismo irracional que, à primeira vista, parece incurável.
Ansiedade
A ansiedade é outra razão pela qual as pessoas passam a desgostar de se socializar.
A ansiedade social, ou fobia social, afasta as pessoas do convívio social por medo do julgamento, passar vergonha na frente dos outros, não saber o que dizer, entre outros.
Ainda que os seus receios não façam sentido, elas têm dificuldade para lutar contra a ansiedade.
Síndrome do Pânico
Em casos graves, a ansiedade pode evoluir para um transtorno do pânico, responsável por desencadear ataques de pânico em momentos inoportunos.
Quem sofre dessa condição começa a evitar ambientes públicos, como trabalho, mercado e shopping, com medo de ter uma crise em público.
Como ela acontece subitamente, é difícil identificar seus gatilhos, então as pessoas evitam lugares públicos como um todo.
Agorafobia
A agorafobia consiste na junção do medo e ansiedade extrema.
Assim como acontece com quem tem síndrome do pânico, os agorafóbicos evitam certos ambientes para não sofrerem com os desagradáveis sintomas ansiosos e crises de pânico.
Ficar numa fila do banco, sentar-se em uma sala de aula lotada ou andar em um ônibus cheio de gente são alguns gatilhos da agorafobia.
Em casos graves, o agorafóbico se recusa a sair de casa por longos períodos.
Timidez excessiva
A timidez é um traço de personalidade comum a muitas pessoas.
Ela tende a ser mais intensa na adolescência, quando os jovens ainda estão descobrindo a sua identidade.
A timidez por si só não é um problema.
A questão problemática só acontece quando ela ganha uma proporção exagerada, impedindo que a pessoa tímida socialize.
Por medo de passar vergonha ou de ser julgada, ela evita certos lugares e circunstâncias.
Além disso, demonstra extremo nervosismo em situações das quais não pode fugir, como apresentar um trabalho na faculdade ou conversar com um atendente em uma loja.
Pessimismo
A vontade de se isolar também pode ser motivada pelo pessimismo.
Por exemplo, você só consegue pensar em cenários negativos, com pessoas sendo grosseiras ou indiferentes.
Com o tempo, começa a ficar com raiva dos outros, como se eles tivessem feito algo para te magoar.
Como aproveitar os momentos de socialização?
Se os momentos sociais somente te trazem ansiedade e desconforto, é preciso parar para refletir o porquê disso.
Este é sempre o primeiro passo para resolver os problemas.
Questione-se quais sentimentos você sente durante a socialização (ansiedade, medo, nervosismo, preocupação) e procure entender os gatilhos por trás deles.
Em seguida, transforme os sentimentos e perspectivas negativas em positivas!
A respiração profunda e a meditação reduzem o nervosismo antes e durante a socialização, permitindo que você preste atenção na conversa.
Outro exercício que você pode adotar no seu cotidiano é se perguntar qual é o pior cenário que pode acontecer.
É provável que a sua mente crie uma situação extremamente desagradável que aumente o seu trauma com momentos sociais.
Em seguida, se pergunte o que é mais provável acontecer.
Esse segundo cenário é o que possui mais chances de se desenrolar na realidade.
Esta é uma forma de descarregar a ansiedade e trazer a mente para o que está, de fato, acontecendo.
Procure se comunicar com pessoas que têm a ver com você.
É claro que sempre precisaremos interagir com indivíduos estressados ou cuja personalidade e gostos são muito diferentes dos nossos.
Nesses casos, é ideal ser educado e tragar a pessoa com respeito.
Já com quem você possui mais afinidade, é possível relaxar e se divertir.
Embora essa dica possa parecer óbvia, muitas pessoas forçam interações com quem não as respeitam ou não querem ter contato com elas na tentativa de se encaixar.
Não conseguem perceber que é melhor estar só do que mal acompanhado.
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Autor: psicologa Vitória Appoloni Correia - CRP 06/143864Formação: Especialista em Análise do Comportamento Aplicada, atua com TCC - Terapia Comportamental e é pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia, atua em seu consultório particular com demandas de ansiedade, relacionamentos, depressão, terapia de casal e vida profissional...
Excelente.
Gratidão Dra
Muito bom o texto thaiana/ abraço