Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
Você já conheceu uma pessoa que aparentava estar desinteressada pela vida? Ou já passou por essa experiência você mesmo? O nome para essa indiferença normalmente avassaladora é apatia, segundo psicólogos.
Além de indicar um problema mais grave, esse estado de insensibilidade emocional causa estagnação e incapacidade de aproveitar os momentos mais gostosos da vida.
O que é apatia?
Apatia é a ausência de emoção ou de entusiasmo. A indiferença crônica se estende aos relacionamentos, carreira e aspirações pessoais. A pessoa apática vive sem enxergar graça nas coisas. Eventos normalmente trágicos também deixam de mexer com as emoções do apático, atribuindo lhe o rótulo de insensível.
Além da falta de vontade, a dificuldade de concentração e de reter informações e a fadiga acompanham a pessoa apática. Quem a vê pensa que está fisicamente doente porque não consegue acompanhar conversas ou executar tarefas simples sem se distrair ou se cansar.
Em quadros mais severos, a pessoa apática não liga para sentimentos alheios, magoando os outros com suas atitudes por ser “muito direta”. Ela demonstra desinteresse em hobbies e atividades antes consideradas prazerosas. Nesse caso, a apatia pode ser considerada depressão moderada.
Como as pessoas se tornam apáticas?
A apatia pode aparecer a qualquer momento. Normalmente, é desencadeada por um acontecimento, ou uma série de acontecimentos, marcante. Problemas físicos, psicológicos, financeiros, amorosos, profissionais… Todos eles conseguem drenar o entusiasmo pela vida, especialmente se forem prolongados.
A depressão é o motivo principal. Roubar o colorido da vida é um dos principais sintomas dessa condição psicológica. A pessoa percebe que “de uma hora para outra” o interesse que tinha pelo trabalho ou estudo, relacionamento e planos de vida desaparece.
Pode tentar ignorar a indiferença e viver normalmente. Essa postura é muito comum entre pacientes de depressão que não querem aceitar a realidade do seu estado psicológico, ou não acreditam que devem buscar ajuda. Embora essa atitude proativa ajude a minimizar um pouco da sensação ruim do desinteresse generalizado, não o elimina.
Em algum momento, sem avisos, a pessoa depressiva pode ter um ataque de pânico ou colapso nervoso bem como desenvolver pensamentos suicidas.
Outra razão para as pessoas se tornarem apáticas é o excesso de estresse. As notícias negativas, problemas sem solução, tragédias, violência, crises financeiras e fofocas afetam o emocional de todos nós dia após dia.
A deterioração da saúde mental é apenas uma questão de tempo se não houver atenção para o autocuidado. Pouco a pouco, o esforço para ser otimista torna-se muito cansativo. Você já deve ter conhecido pessoas assim, desesperançosas com o futuro do país ou os seus próprios.
Por fim, a apatia pode ser um efeito colateral da vivência com patologias graves, como o Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, distimia, entre outros.
Como identificar a apatia?
Quatro critérios são usados para identificar a apatia. Pessoas diagnosticadas com essa falta de interesse excessiva demonstram exatamente esses fatores por um período de quatro semanas ou mais.
Adolescentes costumam se identificar com alguns ou todos os critérios, mas é comum que sejam “apáticos temporários” devido à fase de mudanças hormonais e psicológicas em que se encontram.
- Desinteresse generalizado: a pessoa apática demonstra desmotivação exagerada e não condizente com a sua faixa etária, cultura ou estado de saúde. Por exemplo, pessoas jovens que estão apenas começando a desbravar o mundo teoricamente não teriam razões para serem apáticas devido à falta de experiências.
- Mudanças comportamentais, emocionais ou de pensamento: modificações no comportamento, como grosseria, mau humor ou letargia, tornam a vivência cotidiana da pessoa apática mais desafiadora. Já as mudanças de pensamento e emocionais são percebidas através do desinteresse por notícias, eventos sociais e reflexões.
- Queda na qualidade de vida: as mudanças anteriores refletem na qualidade de vida da pessoa, afetando os seus relacionamentos e a sua vida profissional.
- Mudanças comportamentais cuja causa não está relacionada a patologias ou elementos externos: as mudanças no comportamento da pessoa não estão associadas a limitações físicas, doenças ou vícios.
A apatia pode ser tratada?
Sim! Embora não seja uma patologia propriamente dita, existem maneiras de tratar esse estado desagradável de insensibilidade.
O tratamento é feito de acordo com cada caso. Os quadros mais severos podem requerer o uso de medicamentos para aliviar as sensações incômodas.
Normalmente, porém, o tratamento é feito na terapia juntamente com o psicólogo. Como dito, é possível que a depressão moderada tenha se alojado na pessoa apática. Logo, a psicoterapia se faz necessária para desconstruir as crenças pessimistas e a visão de mundo insensível, ambas fortalecidas pelo paciente depressivo em seu dia a dia.
É normal não haver muita conversa nas primeiras consultas ou, pelo menos, conversas que direcionem os sentimentos e os pensamentos do paciente para uma possível causa. Quando a pessoa está apática, não consegue compreender as suas emoções da mesma forma que antes. Assim, tem dificuldade para se expressar com clareza.
À medida que o tratamento se desenrola, o paciente depressivo será encorajado a reestabelecer o contato com as suas emoções. Dessa forma, conseguirá compreender como surgiu a quebra de conexão com elas e a falta de interesse excessiva.
Esse processo pode parecer simples na teoria, mas não é. Cada pessoa caminha em seu próprio ritmo, por isso a duração do tratamento varia conforme o quadro clínico do paciente.
Como acabar com a apatia?
É igualmente possível renovar o gosto pela vida. Assim como o acompanhamento psicológico não é um processo simples, esse também não é. Você precisa fazer um compromisso consigo mesmo para afastar a ausência de interesse de uma vez por todas!
Pense assim: o mundo é, de fato, um local complicado. É cheio de problemas e contradições, as quais podem despertar raiva ou falta de esperança de vez em quando.
O que você pode fazer para reduzir as injustiças e tragédias? Provavelmente muita coisa, certo? Muitas das quais estão além do seu controle e capacidade simplesmente porque não podem ser consertadas a partir da força de vontade de uma única pessoa.
É mais produtivo você focar no que pode consertar dentro de você do que fora. Além do mais, ao elevar a positividade no dia a dia, imediatamente você se sente renovado para impactar o mundo de forma simples e conforme as suas competências. Em outras palavras, ambos os lados saem ganhando!
Portanto, concentre-se acima de tudo em cuidar da sua saúde mental e do seu bem-estar antes de se irritar ou se decepcionar com o mundo lá fora. Para promover o autocuidado você pode:
1. Se tornar um solucionador de problemas
Qual é a ação mais simples e mais rápida que você pode tomar hoje para afugentar o desinteresse generalizado? Reflita sobre as possibilidades dentro da sua casa, em seu bairro e em sua cidade.
Faça uma lista do que você pode aproveitar para solucionar os seus incômodos habituais. Quando você se compromete em solucionar os seus problemas com proatividade, as soluções gradualmente vão se tornando mais claras.
2. Trazer mais novidades para a sua rotina
Desafiar-se é uma das melhores soluções para afastar a desmotivação! O que você pode fazer para deixar o seu cotidiano mais animador? A mudança não precisa ser drástica. Ela pode começar com refeições diferentes ou hobbies nunca experimentados. Encarar novos desafios, por menores que pareçam ser, injetam adrenalina e bom humor em seu organismo.
3. Fazer uma lista de pequenos prazeres
O que fazia o seu coração bater antes do acesso às suas emoções ser bloqueado? Escreva cada item em uma folha de papel, caderninho ou aplicativo. De preferência, opte por um meio que seja fácil de carregar consigo.
A cada novo dia, anote os pequenos prazeres encontrados. Pode ser qualquer coisa! Um agradecimento mais elaborado, um sorriso, uma refeição saborosa, uma paisagem bonita… Esse exercício vai ajudá-lo a perceber que ainda há muitas coisas boas para se esperar todos os dias.
4. Divagar sobre os seus melhores momentos
Viaje por suas lembranças, parando nos acontecimentos mais marcantes. Quando você se sentiu mais vivo e o que o ajudou a sentir-se assim? Se possível, recrie as suas melhores memórias hoje. Não tem problema se pessoas específicas estiverem faltando. Refaça a experiência sozinho para gerar mais lembranças gostosas de relembrar no futuro.
5. Redirecionar a sua atenção para os seus objetivos
Defina um objetivo se você ainda não tem um ou corra atrás de sonhos adormecidos. A intenção não é obter sucesso, mas, sim, encontrar um propósito para sair da cama todas as manhãs.
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Autor: psicologa Letícia Batista Lopes - CRP 06/168484Formação: A psicóloga Letícia Lopes é graduada pela Universidade Paulista, pós-graduada em Saúde Mental pelo CEPPS e possui formação em TCC Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC. Atua em seus atendimentos utilizando predominantemente a abordagem Humanista.
Me sinto dessa maneira como li agora ,e dificuldade pra me relacionar com pessoas .
Olá!
Obrigada pelo seu comentário. Um processo terapêutico pode te ajudar a entender o porquê dessa dificuldade e como superá-la.
Abraços,
Psicóloga Thaiana
Muito eu,quero muito me livrar de tudo isso
Um psicólogo pode ajudá-la. Pense na possibilidade de agendar uma primeira sessão com um psicólogo para conversar melhor sobre isso!
É exatamente assim que me sinto ultimamente, perdi o interesse em tudo, é horrível essa confusão na minha mente.
Olá, Andréia! Sugiro que assista ao meu vídeo sobre “Quando procurar um psicólogo e como saber se ele pode me ajudar?”, clicando aqui. Avalie a possibilidade de conversar com um psicólogo.
Dicas muito úteis. Grátidão.
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Estou me sentindo exatamente como o relatado, sem ânimo de fazer até as coisas que mais gosto. Minha vontade é de ficar deitada o dia todo. Sinto dores em todo o meu corpo e isso me deixa abatida. Me aposentei a um ano e não consigo encontrar nada para fazer que me agrade.
Marilene, conversar com um psicólogo pode te ajudar a ressignificar a sua vida, buscar novas vontades e se reencontrar com o que gosta. Avalie a possibilidade de agendar uma sessão!