Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - Psicólogo CRP 06/117294
A ansiedade na maternidade é um problema que precisa ser amplamente discutido.
São muitas as razões que as mães encontram para se preocupar com os filhos e todas as particularidades que envolvem a vida materna.
Enquanto algumas são justificadas, outras são fruto da apreensão e medo e, por isso, podem causar muito sofrimento emocional.
Psicólogos explicam que é normal se preocupar com o bem-estar e a saúde dos filhos, principalmente quando eles são pequenos bebês indefesos.
Entretanto, quando essas preocupações começam a estragar as noites de sono ou atrapalhar o relacionamento com o cônjuge e até com os próprios filhos, é preciso ficar atento.
Ansiedade na maternidade
A ansiedade é uma resposta natural a ameaças ou uma situação intimidadora.
Ela tem um lado bastante positivo: o de ajudar as pessoas a se prepararem para uma situação difícil.
Os pensamentos acelerados, que criam diversos cenários que, a princípio, parecem impossíveis, ajudam na preparação emocional e física até certo ponto.
Assim, as pessoas conseguem se adaptar às situações.
Mas, para ser considerada saudável, a ansiedade precisa desaparecer após o motivo de inquietação passar.
Se ela persiste, por exemplo, alimentando pensamentos e emoções negativas, é sinal de que está saindo ou já saiu do controle.
A maternidade é tanto uma grande fonte de alegria quanto de ansiedade.
Mães de primeira viagem, inseguras em sua falta de experiência, ficam ansiosas perante o desconhecido.
Também, mães que recentemente deram à luz podem sofrer com ansiedade e depressão pós-parto.
Mães experientes ou com filhos já crescidos podem passar por uma experiência negativa e desenvolver novos medos em relação à maternidade.
Sendo assim, é ideal as mães aprenderem a identificar a ansiedade patológica para saber como responder a ela e superar medos e preocupações que roubam o seu sono.
O que causa ansiedade na maternidade?
A preocupação excessiva com o bem-estar do filho, as experiências de vida que ele pode ter ao longo do crescimento e as possíveis dificuldades que encontrará na sua trajetória são algumas das principais causas da ansiedade na maternidade.
A preocupação é normal até certo ponto, principalmente em mães de primeira viagem que ainda não têm confiança em suas habilidades e julgamento como mãe.
O seu excesso não apenas afeta a saúde mental da mãe, como também atrapalha os seus relacionamentos, performance profissional e cuidados com os bebê.
Assim, os palpites de parentes, mães experientes, médicos e outras pessoas próximas podem ajudar a intensificar a ansiedade em vez de servir como consolo ou orientação.
Isso porque as mães de primeira viagem se sobrecarregam com a quantidade de informações distintas.
Uma experiência traumática, como um parto difícil ou uma vivência estressante que tenha relação com o filho (envolvimento em acidente, por exemplo), também pode desencadear ansiedade.
Mães com baixa sensibilidade ao estresse podem até ter sintomas de estresse pós-traumático por não conseguirem gerir a sua apreensão.
Outra possível causa da ansiedade na maternidade, por exemplo, é a ansiedade pós-parto.
Diferente da depressão pós-parto, que é caracterizada por uma tristeza intensa e constante, a preocupação excessiva é o principal sintoma dessa condição.
Assim, algumas mães podem sofrer de inquietação, medo irracional, pensamentos acelerados, crises de choro, preocupação com o futuro, entre outros.
Os sintomas podem aparecer nas primeiras três semanas após o parto ou muitos meses depois.
A ansiedade também pode vir de fatores ambientais, como crise financeira, problemas no relacionamento afetivo, brigas entre familiares, demissão, entre outros eventos que podem afetar o cuidado com o bebê.
Sinais de ansiedade na maternidade
A ansiedade coloca as pessoas em um estado de hipervigilância.
Por conta disso, não conseguem desligar as suas mentes.
Por isso, as mães, principalmente as com filhos pequenos, se desesperam com qualquer sinal de desconforto do bebê e da criança.
E se o meu filho estiver doente? Ou se afogar na banheira durante o banho? Se alguém o machucar?
Assim, são pensamentos que, muitas vezes, não têm base na realidade, envolvendo situações extraordinárias. Eles são um dos principais sinais de ansiedade na maternidade.
Confira outros abaixo:
- Preocupação excessiva e incontrolável;
- Insônia;
- Irritabilidade;
- Medo irracional;
- Dificuldade de concentração;
- Checar o bebê diversas vezes, mesmo quando nada está acontecendo;
- Mudança nos hábitos alimentares;
- Dificuldade de executar tarefas do dia a dia;
- Desconfortos intestinais;
- Buscar validação frequente de familiares e amigos;
- Tomar decisões precipitadas;
- Tensão muscular;
- Ver perigo em tudo; e
- Dificuldade para aceitar a opinião alheia.
O que fazer para tratar a ansiedade na maternidade?
Em caso de excesso de ansiedade, mães podem buscar atendimento psicoterapêutico e, se necessário, psiquiátrico.
Então, é importante procurar a terapia logo nos primeiros sinais de desconforto emocional para prevenir que a ansiedade cresça.
Mesmo antes de ter o bebê, as mães já podem se consultar com um psicólogo para se prepararem para a nova fase de suas vidas.
Mães experientes ou com filhos crescidos também podem procurar a terapia caso tenham passado por uma experiência traumática ou complicada.
A terapia, neste caso, é vantajosa tanto para o alívio emocional, pois o paciente tem a oportunidade de desabafar os seus sentimentos e angústias sem se preocupar com julgamentos, quanto para a resolução do problema.
Com a orientação do psicólogo, é possível chegar a uma conclusão benéfica do que fazer sem sofrer com níveis elevados de estresse e preocupação.
Em caso de suspeita de condição de saúde mental, como ansiedade ou depressão pós-parto, é fundamental que as mães busquem atendimento psicoterapêutico.
Dúvidas se esse é o melhor caminho a seguir e medos do julgamento podem surgir quando se pensa em fazer terapia.
Ainda há muita gente que acredita que a terapia é para ‘loucos’ ou denuncia a fraqueza de um indivíduo.
Como as mães naturalmente são alvo de pressão para terem um desempenho exemplar, podem optar por adiar essa decisão para evitar julgamentos.
Entretanto, decidir buscar ajuda profissional para cuidar da saúde mental, tratar uma condição de saúde ou ajudar a resolver um problema que parece impossível de solucionar é uma demonstração de amor-próprio.
Significa apenas que você se preocupa consigo mesma e quer cuidar de você para que consiga ter uma vida funcional, feliz e saudável, além de cuidar dos filhos do jeito que você imagina.
Como reduzir a ansiedade na maternidade?
Você pode reduzir o impacto da ansiedade no seu cotidiano ao tomar algumas atitudes.
Para ter os resultados desejados, é preciso praticá-las com frequência. Basicamente, você tem que transformá-las em hábitos.
Deste modo, você conseguirá usufruir de todos os seus efeitos tranquilizadores não apenas no momento da prática, mas no seu dia a dia também.
Confira, abaixo, algumas dicas para reduzir a ansiedade na maternidade:
Identifique as características da sua ansiedade
Antes de tudo, pare para refletir sobre as características da ansiedade que você sente no dia a dia.
Esse exercício vai te ajudar a identificar quais pontos da sua vida precisam ser trabalhados para que você tenha mais bem-estar emocional.
As perguntas que você pode se fazer para se autoconhecer são:
- Quanto tempo eu tenho sentido essa ansiedade intensa?
- Quais são as consequências negativas desta ansiedade na minha vida?
- A ansiedade interfere na minha vida?
- Outras pessoas pensam que eu sou ansiosa?
- A minha ansiedade está afetando o meu relacionamento de modo negativo?
- A minha ansiedade está afetando a maneira como cuidado dos meus filhos?
Adote técnicas de redução de ansiedade
Depois de identificar de que maneira a sua ansiedade afeta a sua vida e em quais momentos ela se manifesta, você pode começar a praticar técnicas para reduzir esse sentimento desagradável.
Por exemplo, praticar meditação (mesmo que seja por cinco minutos diariamente), fazer exercícios de respiração profunda, praticar yoga ou pilates, ler livros de autoconhecimento ou de assuntos que te façam bem, fazer exercícios de visualização (para mudar o caráter negativo dos seus pensamentos), entre outros.
Busque apoio
Mães também precisam de apoio!
Você pode encontrar o apoio emocional para passar pelos desafios da maternidade no seu cônjuge, amigos próximos, familiares e psicólogo.
Conversar com mães experientes ou que estão em uma situação semelhante à sua também pode te ajudar a reduzir as suas preocupações.
Você pode encontrá-las no seu bairro ou em grupos nas redes sociais.
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