Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
O abuso emocional é uma forma de violência não física que gera sofrimento emocional e psicológico.
Muitas vezes as formas de violência que não causam consequências evidentes, como machucados, acabam passando despercebidas pelas vítimas ou não são levadas a sério pelas pessoas que convivem com elas.
Entretanto, segundo psicólogos, elas podem causar prejuízos emocionais duradouros nas vítimas, impedindo que tenham vidas saudáveis, desenvolvam laços afetivos sólidos e alcancem a felicidade.
Quem sofre abuso emocional pode demorar anos para voltar a confiar nas pessoas e, ainda, se sentir bem consigo mesmo.
Então, é importante saber reconhecer os sinais de alerta dessa violência.
O que é abuso emocional?
Abuso emocional, também chamado de abuso psicológico, é caracterizado por um conjunto de atitudes e palavras cujo objetivo é ferir outra pessoa emocionalmente.
A autoestima e a autoimagem são os principais alvos desse tipo de violência.
A pessoa que comete o abuso pode ter uma série de razões para isso, mas, geralmente, as suas ações são motivadas pela necessidade de controle do outro.
Além disso, ao ver a vítima mal, ela se sente bem consigo mesma, como se apenas conseguisse validar as suas qualidades através do sofrimento alheio.
A vítima passa a ter uma visão tão negativa de si mesma que se faz acreditar que viver sem o abusador é impossível.
Sem ele, ela não consegue tomar decisões, ter sucesso no trabalho, cultivar amizades, desenvolver habilidades e gostar de si mesma.
O abuso emocional pode acontecer em qualquer tipo de relacionamento, como entre familiares, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, chefes e funcionários e professores e alunos.
Porém, costuma ser mais comum em relacionamentos afetivos e familiares, principalmente entre pais e filhos.
Quando uma pessoa cresce em um ambiente em que o abuso emocional é frequente, ela vê os comportamentos abusivos como normais.
Para ela, é esperado que membros da família ajam assim uns com os outros e, frequentemente, repete o mesmo padrão comportamental com a sua própria família ou procura cônjuges emocionalmente abusivos.
Além de abalar a autoestima das vítimas, o abuso emocional possui, então, capacidade de moldar toda a sua visão de mundo e concepções sobre as pessoas.
Essa é uma das razões pelo qual é difícil terminar um relacionamento abusivo.
Como identificar o abuso emocional?
O abuso emocional é praticado de várias formas. Como não é tão evidente e claro quanto outras formas de violência, como a física e a sexual, as vítimas podem passar anos sem perceber as atitudes abusivas ou compreender a gravidade de certos comentários e comportamentos.
1. Manipulação
A manipulação emocional consiste em uma série de táticas para persuadir a vítima a fazer o que o abusador quer.
Uma das formas mais comuns é o gaslighting, termo que surgiu do filme “À Meia Luz” de 1944, e tem sido alvo de discussões nos últimos anos.
Trata-se da tentativa de fazer alguém acreditar que ele está ficando louco ao duvidar das suas palavras e mentir sobre acontecimentos.
Dessa forma, a vítima começa a se perguntar se realmente se lembra do que aconteceu e duvidar da condição da sua psiquê.
2. Duvidar da capacidade
O abusador duvida da capacidade da vítima de fazer o seu trabalho, de concluir atividades domésticas, de se socializar e de qualquer coisa que cause perturbação emocional nela.
Para deixá-la o mais desconfortável possível, o abusador procura plantar dúvidas sobre os seus pontos fracos, fortalecendo as suas inseguranças.
3. Isolamento gradual
Para sempre manter a vítima sobre o seu controle, o abusador emocional começa a afastá-la de seus amigos e familiares.
O isolamento não é feito de maneira descarada e, a princípio, a vítima não percebe que já se distanciou de seus entes queridos.
Isolada, ela encontra mais dificuldades para pedir ajuda.
Entre as maneiras de fazer isso estão: mentir sobre atitudes e palavras para causar discórdia, reduzir o contato da vítima com pessoas queridas e fazer chantagem emocional quando ela dedica “mais” atenção a elas.
4. Culpar por tudo
Tudo passa a ser culpa da vítima. Se aconteceu algo errado na vida do abusador, ele encontra uma maneira de responsabilizar a vítima por isso.
Ele pode dizer, por exemplo, que ela vinha o chateando há muito tempo, provocando o mau humor e a distração que causaram o incidente.
A vítima se sente mal, então tenta fazer de tudo para recompensá-lo por suas ações.
O abusador emocional também pode culpar a vítima por seu sofrimento quando ela tenta acabar com o relacionamento e tentar fazer negociações para manter o relacionamento.
5. Diminuição da autoestima
A diminuição da autoestima acontece gradualmente mediante as demais formas de abuso.
Mas o abusador também pode focar especificamente nisso ao direcionar ofensas constantes à vítima, como “você não consegue fazer nada”, “você é muito burro” ou “você nunca vai conseguir o que quer desse jeito”.
Ele também pode se aproveitar de acontecimentos negativos na vida da vítima para reforçar que ela é incompetente e merece o que está acontecendo.
Bombardeada com insultos e questionamentos sobre sua capacidade, a vítima passa a acreditar no abusador.
Além de tornar difícil deixar esse relacionamento, a autoestima baixa pode estimular o aparecimento de várias condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtorno do pânico.
6. Ignorar
Ignorar alguém sempre que ele faz “algo de errado” para “ensinar uma lição” também é uma forma de abuso emocional.
O abusador pode andar pela casa ou ambiente de trabalho, agindo como se não estivesse vendo a vítima e não direcionar nenhuma palavra a ela.
A princípio, essa atitude pode parecer infantil e não causar o efeito desejado, mas, ao ser usada frequentemente, a vítima começa a se sentir culpada e busca se comunicar com o abusador.
Ao ser ignorada, ela se sente envergonhada e passa a desejar o perdão do outro.
7. Privação de bens e recursos financeiros
Outra forma comum de abuso emocional em relacionamentos familiares e afetivos é a privação de bens e recursos financeiros, também chamada de violência financeira.
O abusador corta ou limita o acesso da vítima ao dinheiro, impedindo que ela compre alimentos e outros itens de necessidade básica e dependa dele para sobreviver.
Isso inclui impedir que ela trabalhe, gaste dinheiro sem sua autorização ou tenha acesso aos recursos financeiros da família.
8. Perseguir
A perseguição, também chamada de stalking, é uma forma de abuso emocional que tem se mostrado cada vez mais frequente.
Ela costuma acontecer após o término do relacionamento. O abusador raramente persegue a vítima pessoalmente.
É mais comum ele mandar fotos da frente da sua casa, trabalho ou lugares onde esteve durante o dia ou semana; criar contas falsas nas redes sociais para comentar em suas fotos e mandar ameaças nas mensagens; e enviar a sua localização para a vítima, mostrando que está perto da sua casa.
Assim, ele consegue despertar uma sensação de onipresença na vítima, que, consequentemente, fica com medo de sair de casa ou usar as suas redes.
O que fazer depois?
O processo de identificação do abuso emocional, principalmente quando vem dos pais ou de um parceiro de longa data, desperta muitos sentimentos e dúvidas.
A vítima é confrontada com uma realidade que, até então, era inexistente para ela.
Embora tenha passado por momentos ruins ao lado do abusador, ainda o considera alguém que lhe faz bem.
Esse período de negação costuma persistir até ela conseguir compreender a gravidade dos abusos emocionais.
A partir de então, começa a ver como o outro lhe influenciou de modo negativo.
As primeiras realizações podem causar raiva, tristeza, medo e angústia, bem como modificar percepções que a vítima tinha de si mesma e do outro.
Esse choque de realidade é doloroso, mas faz parte do processo de libertação do relacionamento abusivo, independentemente de qual seja a sua natureza.
Para torná-lo menos turbulento, você pode consultar um psicólogo.
A terapia ajuda pacientes a encontrar a melhor maneira de processar os abusos emocionais e seguir em frente.
Não raro, por exemplo, as vítimas se culpam por terem permanecido tanto tempo ao lado do abusador e acreditam merecer o sofrimento.
Em outras ocasiões, elas desenvolvem um profundo ressentimento por ele, alimentando emoções extremamente negativas e até pensamentos de vingança.
O psicólogo é capacitado para orientar pacientes nessa situação a mudarem a sua mentalidade, redescobrirem a sua autoestima e conseguirem deixar o passado para trás sem guardar mágoas.
Um dos focos da terapia neste caso é retomar a conexão da vítima consigo mesma para que ela consiga conduzir uma vida saudável.
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Boa Noite Dra o meu é Carlos eu sou da Bahia Vitoria da Conquista é muito importante estas matérias e temas voltado a pessoa e ao relacionamento de duas pessoas mais centralizado a Mulher do qual precisa muito da nossa atenção de uma forma especial eu sou um Defensor de Direitos Humanos. Obrigado eu amei esta matéria com este tema [Abuso Emocional – Violência Emocional ] voltado ao relacionamento a dois Gostei!
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