Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
Muitas pessoas podem desenvolver vícios em exercícios físicos. Você gostaria de conhecer um pouco mais sobre esse problema? Confira o artigo a seguir.
Exercícios físicos são ótimos para tudo. Nos deixam saudáveis física e psicologicamente, previnem e tratam muitas doenças, nos deixam felizes pois induzem a produção de endorfina, melhora nossa autoestima…
Os benefícios são imensos, mas, e quando a pessoa começa a perder o controle e se exercitar de forma descontrolada? Você sabia que existe a chamada vigorexia? E ela também induz ao vício em exercícios físicos?
Gostaria de saber mais sobre o assunto? Então leia o nosso texto!
Como o exercício físico pode se tornar insalubre
Várias características distinguem o exercício regular saudável do vício em exercícios físicos
Em primeiro lugar, este vício ocasiona o que todas as outras dependências costumam causar: problemas na vida da pessoa.
O vício em exercícios físicos põe em risco a saúde, ocasionando lesões e danos físicos devido ao pouco (ou nenhum) descanso, carga intensa de atividades, desnutrição (geralmente é acompanhado de algum distúrbio alimentar) e outros problemas.
>>> Veja também: Distúrbio alimentar: como identificar?
Em segundo lugar, como todo vício, ele leva a compulsão. Portanto, um viciado se exercita demais e por muito tempo sem dar ao corpo uma chance de se recuperar.
Todos nós exageramos de vez em quando e geralmente descansamos depois.
Mas as pessoas com vício em exercícios físicos se exercitam por horas, todos os dias, independentemente da fadiga ou problemas que possam ter.
Como esse, geralmente, é o principal método do indivíduo de lidar com o estresse, eles experimentam ansiedade, frustração ou desconforto emocional, se forem incapazes de se exercitarem.
A confusão e controvérsia do vício em exercícios físicos
O vício do exercício é provavelmente o mais contraditório de todos os vícios. Além de ser um comportamento de saúde amplamente divulgado, importante para a prevenção e o tratamento de uma série de doenças, o exercício pode ser uma parte efetiva do tratamento para outros problemas de saúde mental.
O exercício é até promovido como parte de um programa completo de recuperação de outros vícios. Faz parte de abordagens novas e eficazes para o tratamento de problemas de saúde mental que comumente co-ocorrem ou subjazem vícios, como depressão e o transtorno de personalidade borderline.
>>> Veja também: 5 benefícios psicológicos da atividade física
Como outros vícios comportamentais, o vício em exercícios físicos gera controvérsias.
Muitos especialistas rejeitam a ideia de que o exercício excessivo pode constituir um vício, acreditando que tem de haver uma substância psicoativa que produz sintomas – como a abstinência – para causar dependência.
Embora existam pesquisas consideráveis mostrando que o exercício libera endorfinas (opioides produzidos dentro do corpo), e o exercício excessivo causa tolerância aos hormônios e neurotransmissores liberados, esses processos fisiológicos muitas vezes não são considerados comparáveis a outras dependências de substâncias.
O vício em exercícios não está atualmente incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que é usado pelos psicólogos para diagnosticar os transtornos mentais.
O exercício excessivo é incluído no DSM-5 como um dos critérios para a desordem alimentar bulimia nervosa, juntamente com outros “comportamentos compensatórios” usados para prevenir o ganho de peso, como vômitos auto-induzidos, jejum e uso indevido de laxantes.
Vício em exercícios físicos é como as outras dependências?
Existem várias semelhanças entre o vício em exercícios físicos e a dependência de drogas, incluindo efeitos no humor, aumento de tolerância e abstinência.
Os neurotransmissores e o sistema de recompensa do cérebro também são implicados para as pessoas que possuem esse tipo de adicção.
Por exemplo, descobriu-se que a dopamina desempenha um papel importante nos sistemas de recompensa, que é uma das principais causas para a dependência química.
E exercícios físicos excessivos influenciam partes do cérebro que envolvem a dopamina.
Como outras substâncias e comportamentos que causam dependência, o exercício está associado ao prazer e à aceitação social.
As pessoas que desenvolvem ele tendem a se comportar de forma semelhante aos outros adictos.
Se você suspeita que pode ser viciado em exercícios físicos
O exercício é uma ótima maneira de gerenciar o estresse e lidar com sentimentos negativos. Se a sua necessidade de exercício for maior do que a sua capacidade de gerenciar seus relacionamentos e sentimentos, é hora de procurar a ajuda de um psicólogo.
Através do processo terapêutico, o psicólogo poderá analisar o seu caso e verificar se o seu problema pode ser algo simples como uma situação de stress até mesmo se algo mais grave, como uma compulsão associada a outros transtornos.
Gostou do artigo? Então pode se interessar por esse: Emagrecimento – uma questão psicológico.
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Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...