Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
Ao contrário de abusos físicos ou verbais, a negligência emocional é mais sutil e muitas vezes passa despercebida, mas pode ter impactos profundos, como dificuldades em estabelecer relacionamentos, baixa autoestima, e problemas emocionais ao longo da vida.
Leia mais para entender de que forma isso ocorre e como isso afeta a mente humana.
Como acontece a negligência emocional
A negligência emocional acontece de diversas formas, geralmente de maneira não intencional, e pode ser difícil de identificar porque não envolve ações explícitas como agressões físicas ou verbais.
Em vez disso, ela está relacionada à ausência de resposta emocional adequada às necessidades de uma pessoa, especialmente durante a infância, e pode ocorrer em diferentes contextos:
Falta de reconhecimento emocional
Quando uma criança expressa emoções, como tristeza, medo, ou até mesmo alegria, e os pais ou cuidadores não reconhecem essas emoções, isso caracteriza negligência emocional.
Pode acontecer, por exemplo, quando os pais estão ocupados com seus próprios problemas, preocupações financeiras, ou trabalho, e não conseguem perceber ou se envolver com os sentimentos da criança. Isso faz com que a criança se sinta ignorada ou invisível.
Minimização dos sentimentos
Outra forma de negligência emocional ocorre quando os sentimentos da criança são desvalorizados ou minimizados.
Frases como “Não é nada”, “Pare de chorar, isso não é motivo” ou “Você está exagerando” desconsideram o que a criança está realmente sentindo.
Assim, essa atitude pode levar a uma internalização da ideia de que seus sentimentos não são importantes ou válidos, afetando a saúde mental da criança.
Indisponibilidade emocional
Quando os pais ou cuidadores não estão emocionalmente presentes, mesmo que fisicamente presentes, isso também é uma forma de negligência.
Por exemplo, um pai que, embora esteja em casa, está sempre distraído, no celular, ou emocionalmente distante.
A criança percebe que não pode contar com essa pessoa para suporte emocional, o que pode gerar insegurança e dificuldades futuras em confiar nos outros.
Exigências emocionais inadequadas
Em alguns casos, os pais podem esperar que a criança assuma responsabilidades emocionais que não correspondem à sua idade.
Isso pode incluir situações em que a criança precisa “cuidar” emocionalmente dos pais, como ser um suporte para os problemas do adulto, em vez de o contrário.
Essa inversão de papéis impede que a criança se sinta segura e emocionalmente nutrida.
Indiferença perante a dor emocional
Pais ou cuidadores que são indiferentes quando a criança está claramente em sofrimento emocional – por exemplo, quando ela chora, fica ansiosa ou triste – transmitem a mensagem de que suas emoções não importam.
Isso pode acontecer quando os adultos acreditam que estão “fortalecendo” a criança ao não dar atenção ao sofrimento emocional dela, mas na verdade estão criando um ambiente emocionalmente negligente.
Ausência de comunicação emocional
Famílias que evitam falar sobre sentimentos, emoções ou eventos emocionalmente significativos também estão envolvidas em negligência emocional.
Quando assuntos emocionais são evitados ou considerados tabu, as crianças crescem sem aprender a identificar, processar ou expressar seus próprios sentimentos.
Isso pode levar a uma desconexão emocional tanto consigo mesmas quanto com os outros.
Falta de afeto físico e verbal
A falta de gestos de afeto, como abraços, carinhos ou palavras de encorajamento, também é uma forma de negligência emocional.
Crianças que crescem sem essa demonstração de afeto podem desenvolver uma sensação de vazio emocional, acreditando que não são dignas de amor ou afeto.
A ausência de carinho verbal e físico contribui para sentimentos de rejeição e abandono emocional.
Como a negligência emocional afeta a mente humana?
A negligência emocional pode ter efeitos duradouros e profundos na vida de uma pessoa, especialmente quando ocorre durante a infância, afetando o desenvolvimento emocional e psicológico.
As consequências variam de acordo com a intensidade, frequência e duração da negligência, mas algumas das mais comuns incluem:
Baixa autoestima
Pessoas que sofreram negligência emocional muitas vezes crescem acreditando que suas emoções não são importantes ou válidas.
Isso pode levar à sensação de que elas próprias não têm valor ou que não merecem atenção e cuidado, resultando em uma autoestima baixa.
Elas podem sentir que não são dignas de amor e afeto, o que afeta profundamente sua autoimagem.
Dificuldades em reconhecer e expressar emoções
As pessoas afetadas podem crescer sem aprender a identificar, processar ou expressar suas próprias emoções adequadamente.
Elas podem ter dificuldade em reconhecer o que estão sentindo e podem reprimir seus sentimentos ou expressá-los de forma inadequada, devido à falta de educação emocional.
Problemas de relacionamento
A negligência emocional afeta a capacidade de uma pessoa se conectar emocionalmente com os outros.
Elas podem se tornar emocionalmente distantes ou desconfiadas, achando difícil confiar em seus parceiros ou amigos.
Além disso, podem ter dificuldade em estabelecer limites saudáveis ou podem buscar validação constante, o que pode gerar relações desequilibradas e insatisfatórias.
Dificuldades em lidar com o estresse e os desafios emocionais
Sem o apoio emocional necessário durante a infância, pessoas negligenciadas emocionalmente podem não desenvolver mecanismos saudáveis para lidar com o estresse e os desafios da vida.
Elas podem evitar confrontar situações emocionais difíceis ou recorrer a comportamentos destrutivos, como o abuso de substâncias, para escapar de suas emoções.
Ansiedade e depressão
A negligência emocional está fortemente associada ao desenvolvimento de transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão.
A sensação de vazio emocional, combinada com a falta de apoio e validação, pode gerar sentimentos de desesperança, solidão e desamparo, aumentando o risco de depressão.
Da mesma forma, a incapacidade de lidar adequadamente com emoções pode levar à ansiedade.
Sentimento de vazio emocional
Muitas pessoas que sofrem de carência afetiva relatam sentir um vazio interior, como se algo estivesse faltando em suas vidas.
Esse vazio pode se manifestar como uma sensação de desconexão consigo mesmas e com os outros, dificultando o estabelecimento de vínculos profundos e significativos.
Medo de rejeição e abandono
A negligência emocional pode gerar um medo constante de ser rejeitado ou abandonado, especialmente em relacionamentos íntimos.
A pessoa pode se tornar excessivamente dependente de validação externa ou, ao contrário, evitar se aproximar demais de outras pessoas por medo de ser ferida.
Comportamentos de autossabotagem
A baixa autoestima e a dificuldade em reconhecer o próprio valor podem levar à autossabotagem em várias áreas da vida, incluindo trabalho, relacionamentos e objetivos pessoais.
A pessoa pode se autolimitar, acreditar que não merece sucesso ou felicidade, e, inconscientemente, minar suas próprias chances de realização.
Dificuldades em criar e manter vínculos saudáveis
Em muitos casos, pessoas que sofreram negligência emocional têm dificuldades em estabelecer ou manter relacionamentos saudáveis e equilibrados.
Elas podem se tornar emocionalmente indisponíveis, evitativas ou dependentes demais de validação externa, o que pode prejudicar suas interações com os outros e levar a relacionamentos insatisfatórios.
Perfeccionismo ou medo de fracasso
A falta de validação emocional pode gerar um desejo de perfeição, como uma forma de buscar aceitação e reconhecimento.
Isso pode se manifestar em uma necessidade de se destacar em todas as áreas da vida, levando ao estresse crônico e à exaustão.
Alternativamente, o medo de fracassar pode levar à paralisia, onde a pessoa evita tentar novos desafios por medo de desapontar os outros ou a si mesma.
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Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...