Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
Falar com os filhos sobre sexualidade é uma parte importante da educação e do desenvolvimento saudável.
Privar os jovens dessas conversas pode levar a falta de conhecimento, comportamentos de risco, gravidez indesejada, aumento do risco de DSTs, relações prejudiciais e confusão sobre questões de identidade sexual e orientação.
Portanto, é fundamental fornecer educação sexual adequada, respeitosa e inclusiva aos jovens para apoiar seu crescimento e bem-estar.
Temas que envolvem a sexualidade
Falar sobre sexualidade com os filhos não se limita apenas à discussão da diversidade sexual, incluindo identidades e orientações sexuais diferentes, inclusas na sigla LGBTQIA+. Embora a diversidade sexual seja um aspecto importante da conversa, a educação sexual abrange uma variedade de tópicos que vão além disso.
Para ter uma conversa aberta, é interessante integrar assuntos como:
- Anatomia e fisiologia;
- Puberdade;
- Reprodução
- Prevenção de gravidez e DSTs;
- Consentimento;
- Relacionamentos saudáveis;
- Identidade de gênero
- Diversidade sexual e orientação sexual
- Estereótipos e preconceitos;
- Internet e segurança online.
Qual tema relacionado à sexualidade é adequado de acordo com a faixa etária?
A educação sexual deve ser abrangente e adaptada à idade e ao nível de desenvolvimento de seus filhos. É importante criar um ambiente onde eles se sintam à vontade para fazer perguntas e discutir esses tópicos de forma aberta e inclusiva.
Conversar com os filhos sobre sexo é um processo contínuo que deve ser adaptado à idade e ao nível de desenvolvimento deles. Aqui estão algumas orientações gerais divididas por fases da infância:
Idade Pré-Escolar (até 5 anos)
Nesta idade, o foco deve ser na linguagem apropriada para a idade e na educação sobre o corpo humano, privacidade e respeito pelos outros.
Ensine as partes do corpo com seus nomes apropriados, evitando apelidos engraçados. e explique que algumas partes do corpo são privadas e que ninguém deve tocá-las sem permissão. Assim, fale sobre a importância de respeitar os limites pessoais e perguntar antes de tocar o corpo de alguém.
Mencione também que existem diferentes configurações familiares, e que algumas pessoas podem ter duas mães ou dois pais, por exemplo.
Idade Escolar (6-11 anos)
Nesta fase, você pode começar a abordar tópicos mais específicos relacionados à puberdade e relacionamentos.
Explique as mudanças físicas que ocorrem durante a puberdade, como o crescimento dos seios, o crescimento de pelos, a menstruação e a voz mais grossa — é importante mencionar ambos tanto para meninos como meninas, pois eles precisam conhecer o básico sobre o que acontece com o sexo oposto.
Discuta a importância do respeito, da comunicação e da amizade em relacionamentos, além de limites e respeito para quanto eles tiverem interesse em construir namoros.
Aborde, também, a ideia de que as pessoas podem ser diferentes em sua identidade de gênero e orientação sexual. Explique que isso é normal e que todas as identidades e orientações são válidas.
Adolescência (12 anos e acima):
À medida que seus filhos crescem, as conversas podem se tornar mais detalhadas e abrangentes — e é preciso aprender a lidar com adolescentes. Por exemplo, é essencial começar a falar sobre os diferentes métodos contraceptivos e a importância da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Discuta as implicações emocionais e físicas das relações sexuais e a importância do consentimento mútuo e claro. O clássico “não é não” deve ser reforçado sempre nessa idade, assim como a responsabilidade de tomar decisões conscientes sobre a atividade sexual.
Fale, inclusive, dos riscos associados à pornografia online e à segurança na internet.
De qualquer forma, mantenha uma linha aberta de comunicação para que seus filhos se sintam à vontade para fazer perguntas e compartilhar preocupações.
Volte a falar sobre respeito à diversidade, pois nessa etapa os jovens começam a se expressar mais — o que pode gerar situações de bullying.
É tarde demais para começar a falar sobre sexualidade com meus filhos?
Muitos pais não tiveram debates abertos sobre sexualidade durante sua própria infância, mas é importante lembrar que é sempre possível aprender e melhorar.
Se você percebeu a importância de falar com seus filhos sobre sexualidade, mas eles já passaram das primeiras faixas etárias, por exemplo, não tem problema! Nunca é tarde para abrir o diálogo, pois o importante é manter um relacionamento amigável e demonstrar que está sempre aberto para conversar sobre esses temas, sem julgamentos ou preconceitos.
Como pais, é importante criar um ambiente seguro onde a criança e o adolescente possa se expressar, tirar suas dúvidas e sentir que está protegido.
Como se preparar para falar de sexualidade com os filhos?
Lembre-se de que é normal sentir-se desconfortável ou ansioso ao iniciar essa conversa, mas é um passo importante para o desenvolvimento saudável e a compreensão de seus filhos. Confira as ficas abaixo:
Eduque-se
Antes de conversar com seus filhos, dedique um tempo para aprender sobre os tópicos relacionados à sexualidade. Você pode ler livros, assistir a vídeos educacionais e pesquisar fontes confiáveis na internet.
Lembrando que muitos conceitos que você aprendeu quando era jovem podem ter sido mudados, então é importante entender como o assunto é abordado atualmente.
Aceite suas próprias limitações
Não tenha medo de admitir que você não sabe tudo. Se você se deparar com uma pergunta que não pode responder, diga ao seu filho que você acha uma ótima pergunta e que podem descobrir a resposta juntos.
Escolha o momento certo
Encontre um momento adequado para iniciar a conversa, quando ambos estejam relaxados e confortáveis. Evite abordar o assunto de forma forçada ou quando você estiver estressado.
Promova o respeito e a empatia
Enfatize a importância do respeito pelos outros, da empatia e do consentimento em relacionamentos e atividades sexuais. Deixe claro que a sexualidade é uma parte normal da vida humana e que não há razão para sentir vergonha ou culpa em relação a ela.
Aceite a diversidade sexual
Ensine seus filhos sobre a diversidade sexual e a importância de respeitar as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero das pessoas.
Não invente histórias
Falar sobre cegonhas e de forma excessivamente lúdica para crianças — principalmente quando já passaram dos cinco anos — pode prejudicar esse processo de conhecimento. Dê apenas informações verdadeiras, respeitando a linguagem adequada de acordo com a idade.
Descobri que meu filho tem vida sexual ativa. Meu filho é gay e não me falou nada. E agora?
Ao descobrir informações sobre a vida sexual ativa ou a orientação do seu filho, é fundamental manter a calma. Seja compreensivo, respeite a privacidade dele e não faça julgamentos precipitados. Além disso, não o pressione para compartilhar detalhes que ele possa não estar pronto para contar.
Quando você se sentir preparado e seu filho estiver disposto a conversar, escolha um momento tranquilo e seguro para iniciar uma conversa aberta e não acusatória. Dê a ele espaço para compartilhar seus sentimentos e experiências.
Esteja lá para apoiar seu filho emocionalmente, independentemente de sua orientação ou de suas escolhas sexuais. Deixe claro que você o ama e o aceita, independentemente das circunstâncias. E, caso não esteja familiarizado com a orientação sexual específica do seu filho, eduque-se sobre o assunto para entender melhor suas experiências e desafios.
Evite fazer seu filho se sentir culpado ou envergonhado por suas escolhas ou identidade. Isso pode prejudicar seu relacionamento e a autoestima dele. Lembre-se de que a vida sexual dele são assuntos pessoais e você não deve fazer exigências ou cobrar determinados comportamentos.
Prepare-se para conversar com seus filhos sobre o tema e descubra como a psicologia trata a sexualidade!
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Autor: psicologa Letícia Batista Lopes - CRP 06/168484Formação: A psicóloga Letícia Lopes é graduada pela Universidade Paulista, pós-graduada em Saúde Mental pelo CEPPS e possui formação em TCC Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC. Atua em seus atendimentos utilizando predominantemente a abordagem Humanista.