Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - Psicólogo CRP 06/117294
Ninguém gosta de sentir que não há ninguém ao seu lado, não é mesmo?
Os relacionamentos interpessoais são importantíssimos para a nossa autoestima, felicidade e bem-estar emocional.
É mais agradável e divertido dividir os dias com uma pessoa querida.
Mas nem sempre as pessoas se encontram nessa posição.
O que não pode acontecer nesse caso é ter medo da ausência de companhia.
Assim, o medo de ficar solteiro ou de estar sozinho faz com que as pessoas tenham atitudes prejudiciais para si mesmas, além de não saciar a necessidade por atenção e carinho.
Abordaremos este assunto no post de hoje.
De onde vem o medo de ficar solteiro?
Existem várias causas para o medo de ficar solteiro ou sozinho.
Uma delas, por exemplo, é a carência afetiva, caracterizada por um problema emocional em que a pessoa precisa de constante atenção de terceiros.
A sua necessidade por afeição a deixa cega para comportamentos impróprios do cônjuge ou de outras pessoas, como familiares e amigos.
Outra possível causa é a dependência emocional.
Pessoas que desenvolvem um apego emocional a outras muito rapidamente tendem a sofrer em vez de conseguir o tão almejado carinho.
Essa contradição acontece porque a pessoa permite que o cônjuge faça tudo com ela, seja positivo ou não, e aceita migalhas de atenção em vez de um afeto verdadeiro.
Tudo isso para suprir a necessidade dela por ser amada e cuidada.
Algumas pessoas também acreditam que um relacionamento amoroso é a solução para todos os seus problemas.
Essa crença equivocada é alimentada por pressões familiares e mensagens da mídia, que pinta os relacionamentos como a resposta para todos os questionamentos de uma pessoa insatisfeita.
Assim, ela desenvolve um medo irracional de ficar ‘para titia/titio’.
É comum pessoas solteiras, principalmente após uma certa idade, serem questionadas sobre a sua decisão com frequência.
Essa incapacidade de aceitar que alguém possa estar solteiro e feliz também vem, em partes, das influências midiáticas e ensinamentos familiares.
Essa concepção acaba incentivando um medo da solidão.
Consequências do medo de ficar sozinho
O medo de ficar sozinho não causa somente angústia, estresse e ansiedade.
Ele prejudica, sobretudo, a vida amorosa. Veja, a seguir, algumas consequências desse tipo de medo.
Relacionamentos abusivos
Uma das principais consequências negativas do medo de ficar sozinho é a tomada de decisão equivocada em relação aos relacionamentos afetivos.
Assim, para não sofrer com os sentimentos negativos que aparecem com a solteirice, a pessoa temerosa pode preferir ficar em um relacionamento que faz mal para ela.
Essa é uma das razões que levam as pessoas a ficarem em relacionamentos abusivos.
Mesmo sabendo que a relação prejudica a sua saúde mental e até integridade física, o medo da situação desconhecida (solidão) é maior.
Término de relacionamento
Outra consequência que esse medo traz para os relacionamentos afetivos é o término precoce da relação.
Ou seja, a pessoa acaba se colocando na posição que mais teme sem perceber.
Isso porque o medo de ficar solteiro gera ansiedade e, a cada atitude considerada estranha pelo cônjuge, a pessoa suspeita que ele quer terminar o relacionamento ou está traindo.
Além disso, precisa de reafirmações constantes dos sentimentos do parceiro, o que pode acabar ficando chato com o tempo.
Afinal, parece que a pessoa não considera a palavra do cônjuge verdadeira e precisa que ele prove o amor de novo e de novo.
Vários relacionamentos
A pessoa com medo de ficar solteira ou sozinha pula de relacionamento em relacionamento assim que o anterior acaba.
Embora ter muitas relações amorosas ao longo da vida não seja um problema em si, a motivação para estar sempre à procura de um relacionamento neste caso é.
As pessoas devem formar relacionamentos porque gostam uma das outras, e não porque não aguentam a própria solidão.
Nessa situação, a pessoa temerosa pode depositar altas expectativas nos cônjuges, esperando que eles preencham a sua necessidade de amor e atenção.
Entretanto, não podemos controlar o comportamento dos outros nem esperar que eles satisfaçam as nossas necessidades emocionais, mesmo em um relacionamento amoroso.
Depressão
Quando não está em um relacionamento, a pessoa pode sucumbir à depressão.
Assim, o humor triste aliado aos pensamentos pessimistas podem facilmente gerar uma condição de saúde mental.
Então, a pessoa depressiva começa a acreditar nas crenças negativas que possui de si mesma.
Pensamentos como “nunca terei um relacionamento sério”, “nunca vou achar o amor” e “ninguém nunca vai me amar” agravam o humor deprimido, prolongando o sofrimento emocional.
Falta de autoconhecimento
Em vez de dedicar energia e tempo para conhecer os seus gostos, preferências, sonhos, qualidades e outras características, a pessoa com medo da solidão mantém o foco nos outros.
Ela não se permite desenvolver um relacionamento mais sólido consigo mesma e, assim, deixa de conhecer até mesmo as suas próprias opiniões sobre o amor.
Assim, para ela, o amor é aquilo que os outros lhe dão, independentemente se bom ou ruim.
Além disso, ela só acredita que está bem, feliz e completa quando tem alguém ao seu lado, fazendo pouco caso da própria companhia.
Essa crença é prejudicial, uma vez que também fazem as pessoas a permanecerem em relacionamentos abusivos.
Medo do julgamento
A necessidade de validação alheia é tão grande para algumas pessoas que elas tomam decisões com base no que os outros podem pensar delas.
Assim, tentam ter a casa mais bonita, a carreira mais bem-sucedida, as roupas mais elegantes, os amigos mais legais e até o parceiro mais bonito e interessante.
Quem vive seguindo essa regra costuma criar uma fantasia de uma vida perfeita, voltada somente para os outros olharem e aprovarem.
Como lidar com o medo de ficar sozinho?
Associar o próprio valor à companhia do outro, ou aceitar qualquer conduta, mesmo que prejudicial, do cônjuge só para manter o relacionamento não é um caminho saudável para a felicidade.
Precisamos aprender a lidar bem com a nossa própria companhia.
Afinal, nem sempre teremos uma pessoa querida ao nosso lado ou poderemos depender de alguém para certos fins.
Por exemplo, decisões importantes precisam ser feitas sozinhas porque somente a pessoa tomando a decisão sabe o que é bom ou não para ela.
O medo de ficar solteiro ou sozinho precisa, então, ser vencido. Existem algumas coisas que você pode fazer para isso:
- Fazer terapia: a terapia é uma das formas mais eficientes de tratar o medo de ficar sozinho. Junto com o psicólogo, pacientes conseguem entender a origem do temor da vida de solteiro e da solidão, bem como encontrar meios de lidar bem com essa realidade.
- Construir a autoestima: a autoestima é muito importante para vencer o medo da solidão e de ficar solteiro. Assim, quando se tem autoestima baixa, é mais fácil desenvolver dependência emocional de outros indivíduos.
- Focar no autoconhecimento: como dito, quando uma pessoa pula de um relacionamento para outro, às vezes o autoconhecimento é deixado de lado. Então, dedique um período da sua vida para se autoconhecer.
- Fazer atividades solitárias: para trabalhar a sua independência, experimente ficar um tempo sem se relacionar com alguém. Por isso, apesar da ansiedade, medo e desconforto, faça atividades desacompanhado. Pode não parecer, mas esse exercício te ajudará a ficar confortável na sua própria pele, independente do ambiente.
Muitas pessoas têm medo dele, mas ficar sozinho ou sentir-se sozinho faz parte da vida.
A melhor maneira de aprender a lidar com esse sentimento desagradável é aceitando-o, para que seja possível tomar boas decisões quando ele incomodar.
Dessa forma, você foge da necessidade de estar sempre ao lado de alguém, mesmo que seja uma pessoa que te faça mal.
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Autor: psicologa Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - CRP 06/117294Formação: Especialista em TCC - Terapia Cognitiva Comportamental, com foco em terapia individual para adultos, terapia de casal e demandas como ansiedade, conflitos conjugais, estresse, depressão e carreira. Com formação em Inteligência Emocional, cursa especialização em…
Excelente.
Obrigado Dra.
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