Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Tamiris Mariana Silva Lax - Psicólogo CRP 06/169225
Sentir medo é normal. Quando o medo cresce e começa a tomar conta da sua vida, ele pode facilmente se tornar incapacitante. Mas afinal, quando o medo começa a sair do controle?
Todos nós sentimos medo.
Às vezes, o medo é de algo palpável.
Às vezes, as pessoas temem coisas que não aconteceram ou cuja probabilidade de acontecer é bem pequena.
Há também casos em que as pessoas temem conceitos e ideias. Ou seja, o medo é um sentimento complexo.
Enquanto sentir medo de vez em quando é normal, senti-lo o tempo todo é indicativo de que algo está errado.
O que nos leva a ter medo?
O medo é uma resposta natural do organismo, desencadeada pelo instinto de “lutar ou fugir” dos seres humanos.
Então, neste momento, o cérebro fica em estado de alerta, a circulação sanguínea e o ritmo cardíaco aumentam e a respiração fica acelerada.
Quando os nossos ancestrais encontravam uma ameaçava, precisavam se preparar para fugir ou lutar contra ela para preservar a sua segurança ou a dos seus semelhantes.
Hoje, não enfrentamos as mesmas ameaças desse passado distante, mas ainda sentimos medo, principalmente do que ainda não conhecemos.
Entre os maiores medos do ser humano estão:
- Medo de falar em público;
- Medo de morrer;
- Medo de sofrer algum tipo de violência;
- Medo do julgamento;
- Medo da mudança;
- Medo do fracasso; e
- Medo da rejeição.
Outros medos comuns, por exemplo, são medo de altura, de viajar de avião, de certos animais (aranha, cobra, cachorro), de ambientes apertados, de ambientes movimentos, entre outros.
É possível desenvolver o medo de qualquer coisa.
Enquanto alguns medos são mais fáceis de tratar, outros são superados com longos anos de tratamento. Mas é importante ficar atento(a) quando o medo começa a sair do controle.
O que a psicologia fala sobre o medo?
A psicologia entende o medo como um estado emocional de insegurança.
A pessoa com medo de mudar, por exemplo, teme o que pode encontrar na sua vida ao fazer alguma mudança, seja de emprego, cidade, relacionamento ou atitude.
A pessoa com medo de julgamento, por outro lado, teme o que as pessoas podem pensar sobre ela, ainda que não tenha nenhuma evidência de como elas se sentem.
Em outras palavras, o medo tem raiz na insegurança, ansiedade e aversão ao desconhecido.
Assim, pessoas ansiosas possuem uma tendência maior a ter medo de coisas corriqueiras e, em casos graves, podem até temer enlouquecer ou perder o controle.
Esse temor existe porque pessoas com TAG (transtorno de ansiedade generalizada) e síndrome do pânico sentem uma sensação de descontrole durante uma crise, mas isso não significa que estão, de fato, enlouquecendo.
Ao medo descontrolado, a psicologia dá o nome de fobia. Segundo o DSM-V, a fobia específica é um tipo de medo ou ansiedade acentuados de um objeto ou situação.
Quando entra em contato com o fator que provoca medo ou somente pensa ou fala sobre ele, o indivíduo tem uma resposta emocional intensa.
Por isso, ele tenta evitá-lo ao máximo para não sofrer.
Assim, ambos os sintomas podem prejudicar o seu funcionamento no ambiente de trabalho, em casa e círculo social.
O que o medo gera nas pessoas?
O medo provoca tanto sintomas psicológicos quanto físicos. Assim, algumas das maneiras como o medo afeta o corpo são:
- Tremores pelo corpo;
- Dores de cabeça;
- Hiperventilação;
- Dificuldade de concentração;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Desconforto estomacal;
- Sudorese; e
- Insônia.
Já os sintomas psicológicos do medo são:
- Ansiedade descontrolada;
- Comportamento de evitação, como evitar lugares públicos, pessoas e situações;
- Sensação de perda de controle;
- Sensação de que algo ruim vai acontecer;
- Falta de apetite ou apetite excessivo;
- Dificuldade para relaxar;
- Estresse; e
- Insegurança.
Sinais de que o medo saiu do controle
O medo tende a crescer silenciosamente.
Assim, as pessoas normalmente não percebem que estão mais temerosas até uma situação específica acontecer e despertar a atenção delas para esse problema.
Alguns sinais de que o medo saiu do controle são:
- Temer situações que antes não temia;
- Evitar ambientes, pessoas, situações ou assuntos por medo;
- Planejar o seu dia ou a vida para não encontrar o objeto do medo;
- Temer sair de casa e encontrar o objeto do medo;
- Sentir insegurança inexplicável e excessiva;
- Pensar sobre o objeto do medo várias vezes ao dia;
- Ficar ansioso ao executar atividades corriqueiras;
- Sentir um aperto no peito sem entender o porquê; e
- Falar sobre o medo repetidamente sem perceber.
Como tratar o medo descontrolado?
Quando você entende que o medo começa a sair do controle, é necessário tratá-lo. Então, para ajudar a superar o medo descontrolado, separamos, a seguir, algumas dicas que podem ser adotados no dia a dia.
1. Analise os seus medos
Primeiramente, se faça a seguinte pergunta: do que você tem medo
Depois, se pergunte: por quê?
Por exemplo, uma pessoa com medo de falar em público provavelmente teme o julgamento da plateia ou cometer erros enquanto fala, mas de onde vem esse temor?
Desenvolver respostas mais sadias ao objeto do seu medo ficará mais fácil, ainda que seja necessário enfrentar a situação dezenas de vezes até você não sinta mais medo.
2. Pratique técnicas de relaxamento
Comece a praticar técnicas de relaxamento no seu dia a dia, como respiração profunda, meditação, yoga, exercícios de visualização, escrever em um diário, entre outros.
Assim, essas técnicas vão te ajudar a criar estado emocional de tranquilidade e mantê-lo ao longo da semana.
Além disso, quando começar a ficar ansioso, você vai conseguir se acalmar mais rápido ao usar uma dessas técnicas para acalmar a ansiedade.
3. Quando estiver com medo, procure por evidência
Quando ficar com medo ou ansioso, pergunte-se se a ameaça é real.
Afinal, quais são as chances de alguém gritar com você durante uma interação social?
Quais são as chances de algum tipo de violência acontecer no caminho ao mercado?
Essas perguntas estimulam o pensamento lógico, capaz de combater o medo irracional.
Então, procure por evidências de que o seu medo realmente tem base para existir.
Se precisar, peça para pessoas queridas acompanhá-lo, mas não coloque todas as suas expectativas no apoio delas. Aja por você.
4. Fale sobre o medo
Converse sobre o que você tem medo com alguém de confiança, como um parente, amigo ou cônjuge, por exemplo.
Você também pode falar com um psicólogo sobre isso.
Ao falar em voz alta sobre esse assunto, você pode perceber que, na verdade, não precisa ter tanto medo assim.
Assim, o objeto do seu temor pode deixar de ser tão assustador.
Mas, se você não se sentir confortável falando com alguém próximo sobre isso, considere, ao menos, visitar um profissional.
5. Se dê uma recompensa
Quando conseguir passar por uma situação que desperta grande ansiedade, se dê uma recompensa.
Pode ser um lanche gostoso ou palavras de apreciação, por exemplo.
Ou seja, não deixe o momento passar em branco e valorize os seus esforços.
Algumas pessoas têm vergonha de se parabenizarem por suas conquistas, principalmente quando as consideram pequenas.
Porém, enquanto para outra pessoa a sua superação pode não significar anda, para você é muito importante. Então, comemore!
6. Pratique
Superar medos não acontece do dia para a noite.
Ou seja, é preciso revisitar a situação que desperta esse sentimento várias vezes para conseguir fazer isso.
Assim, o apoio de entes queridos ou múltiplas tentativas talvez sejam necessários para superá-lo.
Dessa maneira, é importante persistir, mesmo que devagar, vivendo um dia após o outro.
A terapia pode ajudar a tratar o medo?
Sim, o medo descontrolado pode ser tratado na terapia.
Assim, se você acredita que o medo está saindo do controle e dominando a sua vida, não hesite em procurar um profissional.
Então, nesse processo, você pode descobrir que o medo está ligado à ansiedade, insegurança, baixa autoestima, experiências negativas ou traumas, fatores que, sem a orientação de um profissional, as pessoas não conseguem compreender por completo.
Deste modo, ao trabalhar essas questões, é possível tratá-lo.
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Autor: psicologa Tamiris Mariana Silva Lax - CRP 06/169225Formação: A psicóloga Tamiris Lax atua em seus atendimentos com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada). É especialista em Perícia Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Agradeço demais para vocês que escrevem esses tipos de artigos, ajuda muito pois tenho medo de dirigir e falar em publico!
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