Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Vitória Appoloni Correia - Psicólogo CRP 06/143864
A síndrome do pânico pode parecer uma condição assustadora.
Os ataques de pânico que abalam o bem-estar emocional e físico das pessoas podem preocupar tanto quem está em crise quanto as pessoas que estão ao seu redor, como familiares, amigos e colegas de trabalho.
O que fazer para ajudar uma pessoa com essa condição? No post de hoje, a psicóloga vai compartilhar algumas dicas.
O que é síndrome do pânico?
A síndrome do pânico, ou o transtorno do pânico, é uma condição caracterizada por ataques de pânico recorrentes e inesperados.
Assim, a pessoa com esse diagnóstico tem um surto repentino de intenso medo irracional, o qual a deixa momentaneamente atordoada.
Ela tem dificuldade para se acalmar e perceber que não existe uma ameaça real à sua vida ou segurança.
Quando os ataques de pânico são inúmeros e frequentes, ela começa a ter medo de ter uma crise fora de casa, como no transporte público, no mercado ou no trabalho.
Esse medo pode nascer da vergonha de ter uma crise em público ou de não ter ninguém para ajudar no momento de necessidade.
Logo, ela deixa de frequentar certos ambientes e de fazer certas atividades, principalmente se forem em grupo.
Então, no caso do trabalho, ela pode começar a chegar atrasada, faltar com frequência e cometer diversos erros, fatores que podem levar à uma demissão.
Quando a síndrome do pânico começa a afetar negativamente a vida do indivíduo, ela é considerada grave.
Para evitar que a condição chegue nesse ponto, é recomendado consultar um psicólogo ou médico assim que os sintomas forem percebidos.
O que piora a síndrome do pânico?
Situações estressantes, pensamentos negativos e abuso de álcool e cigarro podem piorar a síndrome do pânico.
Mas, o desenvolvimento de outras condições de saúde mental, como depressão e ansiedade, também podem agravar o transtorno.
Então, a pessoa com essa condição precisa ter um cuidado redobrado com a sua saúde mental através de um estilo de vida saudável e equilibrado.
O que leva uma pessoa a ter síndrome do pânico?
A síndrome do pânico não possui uma causa única, mas, sim, um conjunto de fatores que contribuem para o seu desenvolvimento.
Os primeiros sintomas costumam aparecer entre os 20 e 24 anos, mas a condição também pode surgir na infância e após os 45 anos.
Entre os fatores que podem influenciar o desenvolvimento desta condição estão:
- Temperamentais: propensão a experimentar emoções negativas e sensibilidade à ansiedade e ao estresse;
- Ambientais: experiências traumáticas na infância ou adolescência, como separação turbulenta dos pais, bullying na escola ou negligência, ou eventos estressantes na vida adulta, como perda de alguém querido ou diagnóstico de uma doença; e
- Genéticos: existe um risco maior de desenvolvimento desta condição entre filhos de pais que receberam o diagnóstico da síndrome do pânico ou de outras condições, como ansiedade, depressão ou bipolaridade.
Como é um ataque de pânico?
Entre os sintomas do ataque de pânico estão:
- Palpitações;
- Sudorese;
- Tremores;
- Sensação de falta de ar;
- Medo de morrer;
- Sensação de estar distante do próprio corpo;
- Dores no peito;
- Náusea;
- Sensação de tontura ou desmaio;
- Calafrios;
- Sensação de formigamento nos dedos das mãos ou dos pés;
- Sensação de irrealidade; e
- Medo de perder o controle.
É comum o indivíduo ter entre quatro e cinco sintomas de uma única vez.
Depois da crise de pânico, ele se sente esgotado, como se tivesse acabado de fazer um grande esforço físico ou mental.
Além dos mencionados acima, a preocupação é outro sintoma marcante.
Assim, mesmo quando já teve uma crise antes, o indivíduo pode pensar que está tendo um infarto ou que os sintomas são causados por um tumor.
A preocupação com a saúde causa ainda mais medo, agravando os sintomas.
O excesso de preocupação pode estar presente no dia a dia também.
Por exemplo, a pessoa com síndrome de pânico pode se preocupar com a sua capacidade de concluir tarefas do dia a dia ou de suportar o estresse.
Essas apreensões normalmente não possuem base na realidade, uma vez que são sobre o futuro ou situações trágicas que possuem pouca probabilidade de acontecer.
A dificuldade de se desligar delas pode agravar a condição com o passar do tempo.
Quando acontece um ataque de pânico?
Nem todo ataque de pânico é um sintoma da síndrome do pânico.
Então, é possível ter uma crise quando se está demasiadamente aflito.
Normalmente, os ataques ocorrem após uma experiência de extremo estresse, como um acidente de trânsito, situação de violência ou desastre natural.
Quando o ataque de pânico acontece sem uma razão, pode ser um indício de síndrome do pânico, principalmente quando os ataques ocorrem várias vezes.
Eles podem acontecer uma ou duas vezes por semana durante meses consecutivos ou até mesmo todos os dias.
Também é possível ter ataques de pânico dormindo.
Neste caso, a pessoa é acordada pelos sintomas e já entra em um estado de pânico completo, levando alguns minutos para se acalmar.
O que fazer quando a pessoa está com síndrome do pânico?
Durante uma crise de pânico, uma pessoa dificilmente consegue parar e pensar sobre o que está acontecendo.
Assim, a sua mente fica cheia de pensamentos conturbados e os sintomas físicos assaltam os seus sentidos. Então, o que fazer para ajudar alguém com crise de pânico?
1. Fale com a pessoa
Você pode estar se perguntando o que se pode falar para uma pessoa que está em crise de pânico?
Para ajudá-la a se acalmar e evitar intensificar os sintomas, você pode assegurar a pessoa em crise que ela está bem, por exemplo.
Diga a ela que não há perigo por perto e ela está segura, além de relembrá-la de que os sintomas desagradáveis já vão passar.
2. Tente trazer a pessoa para a realidade
Você também pode dizer para a pessoa onde ela está e o que ela estava fazendo para tentar trazê-la para a realidade.
Lembre-a de que está tendo uma crise de pânico e, em questão de minutos, os sintomas vão desaparecer.
Evite pedir para que ela “pare de pensar” em coisas ruins. É difícil mudar o foco dos pensamentos quando se está em pânico.
Deste modo, se concentre em tentar fazer com que ela se sinta segura e entender que a angústia é temporária.
3. Fique por perto
Não deixe a pessoa sozinha.
Você não precisa ficar perto dela, dado que algumas pessoas não gostam de ser tocadas ou de ficar perto de outras quando estão em crise.
Mas, não a deixe sozinha e permaneça no ambiente para monitorar os seus sintomas.
Se a pessoa se sentir confortável com toques, você pode pegar na mão dela ou abraçá-la até o pânico passar.
4. Leve a pessoa para um local tranquilo
Se a pessoa conseguir andar ou os sintomas não estiverem tão intensos, leve-a para um ambiente tranquilo, principalmente se estiver em um espaço público com várias pessoas.
Você pode levá-la para o lado de fora do local ou para um canto mais silencioso e pouco movimentado.
A tranquilidade do ambiente vai ajudá-la a se sentir menos ansiosa.
5. Faça um chá calmante
Nem todas as pessoas em crise tem sintomas incapacitantes.
Algumas conseguem se comunicar e interagir com o ambiente, embora sintam um enorme desconforto.
Neste caso, você pode fazer um chá calmante para a pessoa para ajudá-la a acalmar a ansiedade.
6. Coloque uma música relaxante
Da mesma forma que fazer um chá pode ajudar, uma música relaxante ou meditação guiada também pode.
Você pode tentar guiar a pessoa em pânico a ter respirações mais profundas e clarear a mente, passando orientações da mesma maneira que um instrutor de meditação faz.
7. Estude sobre a síndrome do pânico
Se você convive com alguém que tem esse diagnóstico, procure entender como os sintomas da síndrome do pânico afetam a sua vida.
Você pode estudar por conta própria através de livros e plataformas de psicologia confiáveis, ou marcar uma consulta com o psicólogo da pessoa para ouvir uma explicação diretamente de um profissional.
Como a terapia pode ajudar quem tem síndrome do pânico?
O melhor remédio para síndrome do pânico é a terapia!
Ela ajuda pacientes com síndrome do pânico a aprender a conviver com os sintomas dessa condição, bem como a desenvolver estratégias para responder melhor ao estresse e a ansiedade no dia a dia.
Além do acompanhamento psicoterapêutico, pacientes geralmente precisam tomar medicamentos para conter os sintomas da condição, principalmente em casos severos.
Hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada, também ajudam pacientes a amenizar sintomas.
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Autor: psicologa Vitória Appoloni Correia - CRP 06/143864Formação: Especialista em Análise do Comportamento Aplicada, atua com TCC - Terapia Comportamental e é pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia, atua em seu consultório particular com demandas de ansiedade, relacionamentos, depressão, terapia de casal e vida profissional...
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Bom dia Dra.Thaiana obrigado pelo artigo é de ajuda eu estou passando por tudo isso agradeço
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Gostei muito desse artigo.Nos orienta batantante.Precisamos ter conhecimento dessa doença que causa tanto mal emocionalmente a tantas pessoas.
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