Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
O desenvolvimento infantil é dividido em diversas fases, também conhecida como fases da infância. Sendo assim, a criança passa por pequenos estágios em que a sua personalidade, conhecimento, habilidades e valores são formados.
Cada uma delas é importante e deve ser respeitada, ou seja, as crianças não devem ser forçadas a crescerem rápido.
É normal que as crianças tenham vontade de crescer rapidamente de vez em quando para experimentar como é ser adulto.
Na visão delas, adultos têm liberdade para fazer o que quiserem.
Além disso, o comportamento dos pais é um espelho para os pequenos.
Eles observam como os pais agem, falam, se vestem, tratam as outras pessoas e tentam copiá-los.
Enquanto o desejo de crescer rápido é comum e não apresenta problemas para a saúde mental das crianças, a introdução precoce ao mundo dos adultos pode trazer consequências negativas para o seu desenvolvimento.
Fases do desenvolvimento infantil
Resumimos as principais características das fases do desenvolvimento infantil que antecedem a puberdade abaixo.
Você verá como cada estágio tem a sua importância para o crescimento da criança.
Nascimento até 18 meses
Esse período é constituído pelas necessidades básicas do bebê, por exemplo, alimentação, higiene e rotina do sono.
O bebê depende inteiramente dos pais para ter bem-estar e se manter protegido.
18 meses até três anos
Bebês começam a explorar o mundo. Eles aprendem a andar e a falar, dando início a interações mais diretas com os pais e outros indivíduos.
Por isso, nessa fase querem tocar em objetos para sentir a textura, o gosto e o cheiro.
Essa fase também marca o começo da socialização.
A criança começa a passar mais tempo longe de casa e dos pais nas creches, socializando com outras crianças e adultos.
Outra característica dessa fase é a regulação emocional.
O controle das emoções está começando a ser dominado, por isso, oscilações de humor são comuns.
Algumas crianças podem ser mais manhosas do que outras durante essa fase.
Três a seis anos
Muitas coisas acontecem durante essa fase.
Crianças nessa faixa etária adquirem uma grande quantidade de conhecimento, seja na escola ou em casa.
Elas são como pequenas esponjas.
Da mesma forma, as habilidades motoras gradativamente melhoram, levando as crianças a se interessarem por desenhar, praticar esportes e andar de bicicleta, patins ou patinete.
Elas também passam a querer se encontrar com amiguinhos para brincar.
As brincadeiras são, de fato, um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da criança nesta fase.
Brincar de faz de conta estimula a criatividade, socialização, curiosidade e habilidades de comunicação.
Já brincadeiras com blocos, massinha ou legos aprimoram a coordenação motora.
Por isso, é mais comum nessa fase o interesse das crianças por histórias e criaturas fantásticas, como fadas, bruxas e super-heróis, também aumenta consideravelmente.
Sete a 12 anos
Início da vida escolar. As crianças começam a ter mais independência.
Além de conseguirem fazer algumas atividades sozinhas, sem a supervisão de adultos, começam a desenvolver uma noção de responsabilidade.
Precisam cuidar do material escolar, fazer tarefas e trabalhos, e participar de apresentações escolares.
As crianças passam bastante tempo fora de casa e começam a tomar as primeiras decisões importantes.
Assim, essa é a faixa etária ideal para os pais reforçaram um código de conduta e moralidade.
Não é preciso fazer isso de uma única vez nem de maneira rígida.
A criança internalizará a filosofia da família gradativamente através de exemplos dos pais, conversas sinceras, lições em histórias e conselhos.
Essa também é a fase em que os pais precisam deixar as crianças experimentarem as consequências de seus atos.
Elas já possuem capacidade e alcance emocional necessário para entender que toda ação possui uma reação, mas podem precisar de ajuda para lidar com a magnitude das consequências.
As crianças nessa faixa etária tendem a ser egocêntricas e ter dificuldade para entender que o mundo é composto por muitos fatores, os quais nem todos estão relacionados a ela.
O desrespeito das fases da infância
Cada fase do conhecimento infantil promove o desenvolvimento de competências emocionais, psicológicas, intelectuais e físicas.
A evolução acontece no momento certo, quando a criança está pronta para passar por uma mudança significativa em sua vida.
Por isso, quando as crianças são incentivadas a crescerem antes da hora, perdem oportunidades de desenvolver habilidades, adquirir conhecimento e internalizar valores.
O que vemos atualmente é a exposição a experiências de vida e conteúdos os quais a criança não sabe – e não consegue – processar da maneira correta.
Crianças, principalmente as meninas, são estimuladas a fazer coisas de adultos, como pintar as unhas, frequentar o salão de beleza, se vestir como adultos, entre outros.
O estímulo pode vir tanto dos pais ou familiares quanto das redes sociais, da TV e de outros ambientes frequentados pela criança.
Há adultos que acham “fofo” brincar sobre duas crianças estarem namorando ou que não veem problema em incentivar uma criança a dançar como um adulto.
Parte da diversão é que a criança não tem entende muito bem o que está acontecendo.
Nesse caso, a questão problemática é que adultos têm um repertório amplo de vivências e conhecimentos para entender as implicações por trás do que é visto nas redes sociais ou vivenciado no dia a dia. As crianças não têm.
A criança ainda está descobrindo o mundo. Ela está se desenvolvendo quando briga com um coleguinha, ela aprende a se desculpar e reparar relacionamentos.
Quando mente para os pais ou adultos, entende a importância de ser verdadeira para não entristecer os outros e prejudicar a si mesma.
Quando se depara com uma vivência que está além da sua compreensão, no entanto, o aproveitamento não é o mesmo.
A criança não tem experiência de vida, inteligência emocional e cognição o suficiente para entender todas as suas particularidades.
Redes sociais e tecnologia: uma questão a parte
Você sabe o que o seu filho está aprendendo nas redes sociais e nos conteúdos que consome?
Hoje em dia é comum que os pais deixem as crianças terem livre acesso à tecnologia para se distraírem.
É uma forma eficiente de fazer com que elas prestem atenção em alguma coisa, deixando os adultos livres para cumprir obrigações.
No entanto, é claro, não há problema nenhum em deixar o seu filho assistir conteúdos infantis e usar as redes sociais quando supervisionado.
As crianças têm mais afinidade com aparelhos eletrônicos e a internet que os pais, principalmente quando começam a utilizá-los ainda jovens.
É fácil para elas acessarem vídeos e sites não recomendados para crianças, clicarem em anúncios suspeitos ou, ainda, iniciarem conversas com estranhos.
Elas também podem se deparar com assuntos que não são apropriados para a sua idade.
Há muitos vídeos ‘infantis’ que abordam assuntos de adultos, como infidelidade, política, brigas, fofoca e sexo.
Esses vídeos são normalmente produzidos por criadores de conteúdo que visam ganhar dinheiro na internet, mas não têm formação ou conhecimento para fazer conteúdo para crianças.
Uma pesquisa do Internet Matters, instituição britânica cujo objetivo é tornar a navegação online mais segura para os mais jovens, apontou que 56% das crianças e adolescentes entre 11 e 16 anos já viram algum material explícito online.
A exposição contínua a conteúdos inadequados para a idade pode causar as seguintes consequências:
- Comportamento sexual precoce;
- Comportamento agressivo;
- Comportamentos adultos;
- Normalização de assuntos que a criança não consegue entender;
- Vício nas redes sociais;
- Formação de valores impróprios; e
- Decisões inadequadas, as quais não beneficiam o indivíduo.
Então, não dá para deixar os pequenos consumirem conteúdo online sem nenhuma supervisão.
Como respeitar as fases da infância?
As crianças não são ‘miniadultos’, independentemente de quão maduras ou inteligentes elas sejam.
Como dito, as crianças imitam os comportamentos dos pais. Pode parecer que o seu filho é muito maduro para a idade quando, na verdade, ele está imitando você e outros adultos.
Não iniba comportamentos infantis. Não peça para o seu filho imaginativo cortar o fluxo da sua criatividade porque é ‘coisa de criança’.
A infância é o período em que as crianças podem ser livres para brincar de faz de conta e engajar em fantasias sem preocupações.
Portanto, não incentive atividades ou atitudes adultas. Uma criança não precisa se maquiar, namorar ou frequentar ambientes adultos, onde estará exposta a conversas sobre temas pouco importantes para crianças.
Da mesma forma, não pressione a criança a ter muitas responsabilidades.
Às vezes adultos se queixam de quão precoce as crianças de hoje são sem perceber que eles contribuíram para isso.
Por fim, verifique que tipo de conteúdo a criança está consumindo nos aplicativos, redes sociais e TV.
Assista os vídeos e séries que o seu filho gosta com ele para ter certeza de que são adequados para a idade dele.
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