Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
É compreensível que casos de dependência despertem um misto de sentimentos no âmbito familiar.
Saber que alguém querido desenvolveu um vício, bem como observá-lo a lutar contra os efeitos físicos e psicológicos da dependência, não é fácil.
Além da família e do dependente precisarem tomar uma série de decisões e ações difíceis antes e durante o tratamento, ainda precisam gerenciar as emoções, dúvidas e decepções para preservar as relações familiares.
Essa é uma situação desgastante para todo mundo, logo é esperado que a família não saiba o que fazer o tempo inteiro.
Altos e baixos são muito comuns ao longo do tratamento do vício.
Para não criar um distanciamento entre os familiares e o dependente, psicólogos afirmam que é preciso saber como lidar com essa situação adequadamente.
As consequências dos vícios no âmbito familiar
Tanto o dependente quanto os familiares sofrem com os efeitos da dependência, o estresse provocado pela situação e as frequentes emoções e pensamentos negativos.
A tristeza, raiva, culpa, vergonha e frustração são sentimentos constantes do começo ao fim.
A família se pergunta onde errou, como contribuiu para aquela situação sem perceber e o que poderia ter feito para evitá-la.
O dependente também alimenta os seus próprios questionamentos: o porquê de ele ter seguido aquele caminho, como deixou as coisas chegarem a esse ponto e por que envolveu a família desse jeito.
Como as pessoas dependentes passam por vários estágios emocionais até aceitarem a sua condição, podem ficar irritadas com a preocupação da família e se perguntarem por que ninguém as deixam viver em paz.
Esses questionamentos, aliados a bagunça de sentimentos e ao estresse acumulado, são causas comuns de desentendimentos.
O clima em casa começa a pesar e os familiares olham para o dependente como se ele fosse um estranho.
Além disso, quando se lida com uma situação complica como essa, as pessoas normalmente não conseguem se desligar.
Elas dedicam muito tempo de seus dias para pensar sobre o assunto e nem sempre chegam às respostas desejadas.
Como o tratamento de um vício é um processo demorado, paciência e consciência de que às vezes não há nada que possa ser feito além de esperar pelos resultados são essenciais.
Em famílias com crianças, o cuidado com os pequenos pode ficar em segundo plano, principalmente quando o dependente é um dos pais.
As necessidades dos filhos deixam de ser atendidas, como a alimentação, higiene pessoal e apoio emocional.
A ausência de cuidado pode causar prejuízos de caráter psicológico no futuro.
O papel da família
A família é indispensável no tratamento do vício, independente da sua natureza.
Os familiares costumeiramente oferecem o suporte financeiro e apoio emocional necessários, bem como criam um ambiente acolhedor, em um momento extremamente difícil para o dependente.
Punições duras são por vezes adotadas para impedir que ele continue alimentando a dependência.
Essa é uma tentativa da família de adquirir algum controle sobre o vício do ente querido, mas atitudes como essa raramente ajudam.
Passar a mão na cabeça tampouco é uma atitude apropriada, pois pode incentivar o dependente a perpetuar condutas nocivas.
Embora a família precise ter compreensão e paciência, não pode sem querer se tornar uma facilitadora para o vício.
A presença da família deve ser uma fonte de conforto e força ao dependente para que ele consiga seguir adiante com o tratamento apesar das dificuldades.
Encontrar o equilíbrio entre as posturas adequadas leva tempo, então não é preciso se desesperar.
Através da tentativa e erro nas vivências com o dependente, os familiares conseguem mudar as suas reações e comportamentos para o que realmente funciona.
Como ajudar alguém a combater o vício?
Sabemos que ajudar alguém a vencer um vício é um grande desafio. O passo mais importante é, sem dúvidas, buscar o tratamento adequado para a dependência específica.
Mas, enquanto o dependente passa por esse processo, há algo mais que os familiares podem fazer?
Assim como a responsabilidade pesa sobre os ombros do dependente, também pesa sobre o dos familiares e pode facilmente esgotá-los.
Como saber o que dizer? Como saber o que fazer? São tantos detalhes a considerar que as famílias podem ter dificuldade para se encontrar no meio dessa situação.
Abaixo, separamos cinco dicas para ajudar famílias a administrar vícios e relações familiares.
1. Aprenda sobre o vício
Buscar informação sobre o vício é fundamental. Os familiares precisam saber o papel da dependência nas mudanças comportamentais, alterações de humor, pensamentos equivocados e desânimo do ente querido.
Dessa maneira, saberão como responder a essas condutas da melhor maneira, evitando conflitos.
Familiares podem pensar, por exemplo, que todos os casos de dependência são iguais, mas, na verdade, cada pessoa tem uma experiência distinta.
Fazer comparações ou esperar os mesmos resultados na mesma quantidade de tempo de outros indivíduos não ajuda a situação do ente querido.
Alie o conhecimento técnico às suas observações pessoais e ao conhecimento da personalidade do dependente para encontrar a melhor maneira de oferecer a sua ajuda.
2. Fale com um psicólogo
O apoio psicológico é um dos fatores mais importantes quando se lida com vícios e relações familiares.
O estresse, o acúmulo de sentimentos e as influências da dependência na conduta do dependente desgastam o bem-estar emocional e físico.
Em algum momento, os efeitos negativos desses elementos começarão a ser sentidos, conduzindo indivíduos ao esgotamento.
Não costuma ser fácil conversar com o ente querido sobre a dependência e as mudanças provocadas por ela na dinâmica familiar.
Um psicólogo pode ajudar os membros da família a escutarem uns aos outros e expressarem os seus sentimentos verdadeiros, deixando de guardá-los dentro de si.
Outro benefício da terapia nessa situação é o gerenciamento da dinâmica da família.
Como cada indivíduo pontua os aspectos negativos e positivos do âmbito familiar, o psicólogo pode ajudar os familiares a chegar em um acordo sobre como devem se portar para reduzir o sofrimento coletivo.
A terapia pode ser feita tanto em grupo com os familiares reunidos em uma sessão quanto individual para tratar assuntos da intimidade de cada um.
É possível, ainda, mesclar ambos os tipos de terapia para que todos os familiares tenham a oportunidade de se expressar e tratar de questões pessoais.
3. Procure grupos de apoio
Procure grupos de apoio formado por pessoas na mesma situação, como, por exemplo, o Alcoólicos Anônimos (AA) e o Amor-Exigente (AE).
É possível encontrar grupos assim em organizações não-governamentais (ONGs), entidades do governo e online.
O ente querido pode se sentir mais confortável ao conversar com quem sabe exatamente o que ele está passando.
Apesar dos familiares se esforçarem para compreendê-lo, ele pode sentir que ainda falta alguém que o entenda sem precisar de palavras ou esperar resultados.
Além disso, os grupos de apoio são estímulos extras para completar o tratamento da dependência e passar pelos momentos mais difíceis, como recaídas e abstinência.
Familiares também podem se beneficiar de grupos compostos somente por membros da família, cônjuges e outros indivíduos que desejam apoiar o dependente.
4. Passe tempo com o dependente
Pessoas dependentes tendem a se isolar por conta dos sintomas físicos e psicológicos.
A fadiga, por exemplo, afeta tanto a mente quanto o corpo. O dependente se sente exausto e não consegue ter energia para se socializar com as pessoas, mesmo que sejam conhecidas.
Então, convide o ente querido para fazer coisas divertidas e passeios, como ir ao cinema, sair para almoçar, fazer uma viagem para um lugar bonito, ir à praia, jogar boliche, entre outros programas.
Mostre para ele que você estará lá para ele independente do que acontecer.
Os familiares também podem sentir vontade de se distanciar do ente querido por estarem cansados de lidar com a situação complicada.
Momentos de lazer são bons para estreitar os laços sem a sombra da obrigação. Assim, tanto a família quanto o dependente conseguem desfrutar da companhia um do outro.
5. Demonstre o seu apoio
Como demonstrar o apoio ao ente querido dependente além de com palavras?
Familiares podem perguntar a ele que tipo de tratamento gostaria de receber.
Por exemplo, quando estiver no meio de uma recaída, como a família pode agir para confortá-lo?
Acompanhá-lo em seus compromissos quando for viável, como em reuniões do grupo de apoio, também é uma forma de apoiá-lo.
Também podem questioná-lo acerca do que ele gostaria de ouvir.
Palavras motivacionais são bonitas, mas às vezes são vazias e podem incomodar por conta disso.
Sendo assim, pergunte ao dependente quais incentivos o ajudam a recuperar o ânimo e se distrair.
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