Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Vitória Appoloni Correia - Psicólogo CRP 06/143864
Com a pandemia de COVID-19, as crianças e adolescentes de todo o mundo tiveram que deixar as salas de aula temporariamente e estudar em casa. Os estudantes do Brasil passaram cerca de 13 meses longe da escola, segundo o movimento Todos Pela Educação. Um tempo considerável.
Além de precisarem se adaptar a uma nova rotina de estudos em casa, os estudantes brasileiros tiveram menos contato social com seus colegas e professores, precisaram se virar para estudar com a falta de acesso aos recursos da escola, deixaram de participar de atividades extracurriculares e, para os mais velhos, adiar os seus planos para o vestibular.
Agora, com a retomada gradual das aulas, crianças e adolescentes precisarão se readaptar ao ambiente das salas de aula e retomar compromissos escolares (embora isso provavelmente não aconteça ao mesmo tempo).
São muitas mudanças para se acostumar em um curto período. Se adultos já têm dificuldade de adaptação, imagine os desafios enfrentados pelas crianças e adolescentes!
Nesse momento inédito da história moderna e da vida desses estudantes, os pais precisam estar presentes e prontos para aconselhá-los. O cuidado com a saúde mental deve ser um dos fatores mais importantes, segundo psicólogos.
Como a falta das aulas presenciais afetou os estudantes?
O ambiente escolar não é somente propício para a educação, mas para a socialização e o desenvolvimento de habilidades necessárias para a convivência em sociedade.
Embora as aulas online também tenham espaço para a socialização por meio de videochamadas e grupo de mensagens, a qualidade das interações sociais não é a mesma. Estar rodeado de pessoas todos os dias da semana é diferente de vê-las através de uma tela por alguns momentos do dia, não é mesmo?
A ausência do contato diário com amigos e colegas pode facilmente afetar o estado de humor dos estudantes, deixando-os desanimados, tristes e angustiados.
Além disso, enquanto os estudantes nem sequer tinham a opção de estudar de casa, muitos ficaram inquietos com a possibilidade de adiar os seus planos para o futuro. Adolescentes em ano de vestibular, por exemplo, se viram sem aulas para reforçar o conteúdo e diante de datas diferentes para as provas. Com a impossibilidade de estudar como antes, o estresse e a ansiedade cresceram.
Uma pesquisa da Universidade São Judas Tadeu, localizada em São Paulo (SP), revelou que 76,8% dos estudantes apresentaram sinais de estresse durante a pandemia e 66,5%, de depressão. A pesquisa foi conduzida através do EADS 21, versão reduzida da Escala de Ansiedade, Depressão e Estresse-21.
Outro cenário comum é o de crianças pequenas que precisam da ajuda de adultos para completar as atividades escolares. As famílias precisaram se envolver mais na vida escolar desses estudantes, mesmo com o trabalho e as responsabilidades domésticas. Essa dinâmica pode se tornar cansativa tanto para os pequenos quanto para os pais, dependendo do estilo de vida da família.
Como ajudar os filhos na retomada das aulas presenciais?
O seu filho pode estar um tanto desanimado, cansado, estressado ou ansioso por conta do período de estudos em casa. Ao retornar para o ambiente escolar, ele pode ter dificuldades para se adaptar ao ritmo das aulas presenciais outra vez.
Da mesma forma, o tempo em casa pode ter deixado as suas habilidades sociais enferrujadas, então o ambiente agitado também pode se mostrar um desafio ou uma distração irresistível.
Por essas e pelas razões mencionadas anteriormente, é preciso buscar formas de cuidar da saúde mental das crianças e adolescentes nesse período de retorno às aulas presenciais. Pais devem acompanhar a vida escolar dos filhos para se certificarem de que eles estão fazendo bom proveito das aulas, bem como identificar possíveis dificuldades e orientá-los conforme a necessidade.
É provável que essa necessidade se estenda para um período além da retomada das aulas. Afinal, é impossível que a vida escolar de milhares de estudantes volte ao normal após mais de um ano de aulas online e longos intervalos sem aulas, não é?
Juntamos dicas de como demonstrar esse apoio aos filhos abaixo.
1. Tenha paciência
As primeiras semanas ou meses podem ser difíceis para os filhos, então tenha paciência. As notas deles podem até demonstrar uma queda considerável, especialmente no primeiro bimestre após a retomada das aulas presenciais.
Imagine-se no lugar deles. Você provavelmente teria algumas dificuldades também depois de passar tanto tempo estudando de uma forma e em um local completamente diferentes.
Seja paciente para que você consiga identificar em quais pontos os seus filhos estão tendo problemas. Lembre-se que crianças e adolescentes não conseguem expressar os seus sentimentos e preocupações com a mesma clareza de um adulto.
2. Mantenha uma boa comunicação com os filhos
Incentive o diálogo constantemente em sua casa para que os seus filhos o associem a uma forma válida de expressão de necessidades e de resolução de problemas.
Demonstre interesse em suas atividades escolares, perguntando como estão as aulas e a sua compreensão do conteúdo, e os ouça com atenção. Se o seu filho comentar sobre alguma dificuldade, ofereça ajuda para estudar ou proponha soluções que possam ajudá-lo a voltar ao ritmo dos estudos, como aulas de reforço ou um cursinho.
Incentive também diálogos sobre sentimentos e necessidades emocionais para que o seu filho se sinta confortável em compartilhar como ele se sente.
Adolescentes, sobretudo, costumam ver conversas francas como embaraçosas ou desnecessárias. Quando os pais demonstram a importância da autoexpressão, eles aprendem que não precisam temer esse tipo de diálogo.
3. Ajude eles a se prepararem
Ajude os filhos a se preparem para voltar à escola ou estudar de maneira híbrida (conforme a determinação da escola). Reforce as instruções sobre cuidados com a higiene pessoal para prevenir o contágio do coronavírus, como usar álcool em gel, manter distância de coleguinhas e usar máscara.
Pergunte como eles se sentem em relação a voltar a estudar em sala de aula. Alguns estudantes podem ficar ansiosos com essa possibilidade após muito tempo em casa, especialmente os que sofreram perdas de pessoas queridas durante a pandemia. Já outros podem demonstrar desinteresse e tristeza como resultado de meses de isolamento social.
A partir dessa conversa, você conseguirá trabalhar as inseguranças dos seus filhos e prepará-los emocionalmente para encarar esse novo período de suas vidas. Se acreditar ser necessário, procure um psicólogo para conversar com eles sobre a retomada e outras apreensões relacionadas aos estudos.
4. Ofereça apoio livre de julgamentos
Não faça cobranças exageradas nem julgue o desempenho do seu filho como inadequado se ele não atingir as suas expectativas.
Em vez de esperar que os seus filhos tenham as melhores notas da turma e se saiam super bem em uma situação que nunca viveram antes, incentive-os a encontrar soluções criativas para as suas dificuldades. Ensine-os a lidar com a frustração e o excesso de preocupação de maneiras saudáveis.
Demonstre o seu apoio sempre que necessário, respeitando a necessidade deles por espaço e privacidade.
Você pode dizer coisas como ‘se você quiser conversar sobre isso, pode me chamar’, ‘você sabe que sempre vou te apoiar’ e ‘eu estaria fazendo X coisa, se precisar de mim’ de vez em quando para reforçar que eles podem procurá-lo quando se sentirem prontos.
5. Mantenha a calma
Os filhos veem os pais como modelos. Eles percebem quando eles estão apreensivos, estressados ou irritados. Como não conseguem processar toda a extensão do problema devido à falta de experiência de vida e controle emocional ainda em desenvolvimento, podem se sentir estressados e ansiosos somente ao observarem os pais.
Sendo assim, mantenha a calma!
Mesmo que esteja preocupado com a retomada às aulas ou outras questões relacionadas à pandemia de coronavírus, tente não demonstrar tanta apreensão na frente dos filhos. Você deve confiar neles após instrui-los sobre o que podem ou não fazer para cuidar da sua saúde.
Você também pode conversar com um psicólogo para estabilizar as suas emoções e descobrir como lidar bem com a situação se achar necessário.
6. Incentive a descontração
Para liberar a tensão acumulada durante o isolamento social e adquirida com a retomada das aulas, nada é melhor do que os momentos de descontração! Faça programas em família em casa ou em locais onde seja possível visitar, seguindo as normas de segurança contra a COVID-19 de onde você mora.
Essa é uma forma agradável de melhorar o humor tanto dos filhos quanto dos pais. Assistir a um filme divertido com a família, fazer uma atividade criativa ou praticar um esporte coletivo também vai ajudá-lo a relaxar após um dia de trabalho!
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Autor: psicologa Vitória Appoloni Correia - CRP 06/143864Formação: Especialista em Análise do Comportamento Aplicada, atua com TCC - Terapia Comportamental e é pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia, atua em seu consultório particular com demandas de ansiedade, relacionamentos, depressão, terapia de casal e vida profissional...