Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Luzia Fatima de Andrade Lobato - Psicólogo CRP 06/119285
A vida moderna é cheia de frustrações, prazos e exigências. Para muitas pessoas, o estresse é tão comum que se tornou um modo de vida.
Você pode notar sintomas de estresse ao disciplinar seus filhos, durante os horários de pico no trabalho, na gestão de suas finanças, ou quando lida com um relacionamento difícil.
O estresse pode estar em todos os lugares e situações. No entanto, o estresse nem sempre faz mal – psicólogos acreditam que pode até ser benéfico em alguns casos.
Sumário
- O que é o estresse?
- Nem sempre as pessoas reconhecem que estão estressadas
- Sinais de estresse
- Descobri que estou muito estressado(a)! E agora?
- Sintomas do estresse
- 5 técnicas para o gerenciamento do estresse
- Como o estresse pode afetar a sua saúde
- Como controlar o estresse e garantir a saúde
- É possível uma vida sem estresse?
- Enfrentando o estresse no ambiente de trabalho
- Entendendo os tipos de estresse e como cada um deles pode afetar a saúde mental
- Consequências e efeitos do estresse
- Como podemos prevenir os efeitos negativos do estresse
Ter uma crise de estresse dentro de sua zona de conforto pode ajudá-lo a trabalhar sob pressão, motivá-lo a fazer o seu melhor, e até mesmo mantê-lo seguro quando algum perigo se aproxima.
Mas quando o estresse se torna incontrolável, este pode prejudicar a sua saúde, humor, relacionamentos, qualidade de vida e bem-estar.
O primeiro passo para controlar o estresse é conhecer seus sintomas. Mas, reconhecer os sintomas do estresse pode ser mais difícil do que você pensa e por isso uma dose de autoconhecimento é fundamental neste processo.
A maioria das pessoas estão tão acostumadas que muitas vezes não sabem que estão estressadas até chegarem ao seu ápice – quando passam a notar que estão sendo prejudicadas em algum sentido, até mesmo com sintomas de depressão.
O que é o estresse?
O estresse é a reação do corpo às mudanças que requerem uma resposta imediata ou adaptação a uma nova realidade. Ele pode ser experienciado através de fatores externos (trabalho, acidente de trânsito, impasse no relacionamento) ou ser estimulado por seus próprios pensamentos.
Já percebeu que alguns devaneios causam reações emocionais fortes? Então, somente o ato de pensar em alguma pendência ou cenário futuro pode deixá-lo estressado.
Situações consideradas positivas, como uma promoção ou o nascimento de um filho, também podem causar estresse.
Quando algum destes eventos se apresenta, o sistema nervoso reage liberando uma descarga de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que por sua vez avisam o corpo de que é preciso tomar uma atitude urgente.
O coração acelera, os músculos contraem, a pressão sanguínea aumenta, a respiração fica ofegante e seus sentidos se tornam mais aguçados. Estas mudanças físicas ocorrem para aumentar a sua força e resistência, e melhorar a sua velocidade de reação.
No entanto, em períodos curtos, o estresse ajuda a manter o foco, a energia e o estado de alerta. Além disso, o estresse pode impulsionar o indivíduo a enfrentar desafios.
Porém, ao atravessar a sua zona de conforto, o estresse deixa de ser útil e pode começar a causar grandes danos à sua mente e corpo.
A necessidade de lidar com novas obrigações e modificar o seu comportamento para corresponder ao novo ambiente são bem estressantes!
Em outras palavras, encontramos o estresse em diversas ocasiões comuns da vida. Não é possível escapar dele, mas é possível aprender a controlá-lo e a evitá-lo (até certo ponto) no dia a dia.
Nem sempre as pessoas reconhecem que estão estressadas
Os sinais relacionados ao estresse podem causar confusão por serem muito diversos e, às vezes, não parecerem estar relacionados ao estresse.
Isso acontece porque temos sintomas físicos, emocionais e psicológicos quando estamos estressados. Quando eles não são reconhecidos prontamente, ou são ignorados, podem até mesmo dar origem a doenças.
De acordo com psicólogos, o estresse crônico também agrava problemas já existentes, incentiva os maus hábitos e torna as pessoas mais suscetíveis ao desenvolvimento de vícios.
Elas podem ingerir um volume maior de álcool ou fazer uso de substâncias na tentativa de responder ao mal-estar com o prazer imediato. Esse imediatismo é prejudicial à saúde.
Sinais de estresse
Embora o corpo humano saiba administrar o estresse, o excesso dele pode sobrecarregar tanto o físico quanto o emocional. O resultado dessa sobrecarga é encontrado praticamente em todo lugar.
Você provavelmente já precisou lidar com pessoas estressadas no trabalho, em casa, na rua, em eventos sociais ou familiares e até mesmo em festas.
A resposta ao estresse, também conhecida como o instinto de “lutar ou fugir” diante de ameaças, deveria ser somente ativada em ocasiões realmente ruins.
No entanto, ela pode se tornar uma constante quando passamos por um período de estresse prolongado. É assim que as pessoas chegam ao esgotamento mental, físico e ocupacional.
Para evitar esse cenário nada saudável, é preciso aprender a reconhecer os sinais de estresse e levá-los a sério. Não raro as pessoas ignoram os alertas do corpo e da mente. Motivadas pelo orgulho, querem continuar trabalhando sem pausa ou se esforçando ao máximo para superar um desafio.
Descansar não é errado.
Os seres humanos precisam de períodos de relaxamento (de preferência, períodos consistentes) em suas rotinas diárias para evitar a sobrecarga de estresse e o surgimento de doenças. O orgulho exacerbado é um empecilho para a saúde mental e física.
Em seguida, confira os sinais de estresse mais comuns:
a. Enxaqueca
O estresse é um dos principais gatilhos da enxaqueca. Ela é diferente da dor de cabeça comum por conta de sua intensidade e duração. Uma crise de enxaqueca pode durar entre quatro horas a três dias.
Também pode ser acompanhada de náusea, tonturas ou desmaios. Se você tem notado um aumento de episódios de dor de cabeça nas últimas semanas ou dias, é provável que esteja sofrendo de enxaqueca.
b. Dores musculares inexplicáveis
Um dos sinais de estresse mais comuns é a dor nas costas. Isso acontece porque o cortisol, o hormônio do estresse, é liberado em grandes quantidades quando estamos estressados.
Um dos seus efeitos colaterais é o aumento da percepção da dor. Assim, parece que você está sentindo mais dor que o habitual, mas só está mais atento à sua manifestação.
c. Tensão nos ombros, pescoço e rosto
Como resposta aos desconfortos externos, causados pelo ambiente, os músculos ficam tensionados.
Os ombros, pescoço e rosto, especialmente na região das têmporas, são as áreas que costumam ficar com mais tensão devido ao estresse.
Pacientes de fibromialgia, inclusive, têm dores mais intensas em períodos estressantes.
d. Distúrbios do sono
A qualidade do sono é um dos indicativos mais notáveis da saúde mental e física. Se você tem dormido mal, acordando diversas vezes no meio da noite, ou não tem conseguido dormir, o estresse pode estar perturbando as suas noites.
Além da insônia, outros distúrbios do sono causados por estresse são bruxismo, sonambulismo (mais comum em crianças) e síndrome das pernas inquietas.
e. Palpitações constantes
Os seus batimentos cardíacos têm acelerado em momentos de repouso? Você tem tido palpitações durante o dia, especialmente após grandes emoções?
A preocupação com a saúde do coração acaba levando as pessoas para o hospital com muita frequência.
Após a realização de exames, descobrem que o órgão está em perfeitas condições e o causador do desconforto é, na verdade, o estresse. Antes de entrar em pânico por conta das palpitações constantes, consulte um médico para descobrir se este é o seu caso.
f. Problemas digestivos
A gastrite nervosa é o problema digestivo mais predominante em pessoas estressadas. Ela dificulta a ingestão de alimentos e ocasiona desconfortos estomacais diários, podendo impedi-lo de trabalhar, sair e concluir os seus afazeres diários.
g. Alergias de pele
As alergias de pele, ou dermatites, acontecem porque as células de defesa do corpo pensam estar se preparando para responder a uma ameaça.
Diversos órgãos sofrem alterações quando o organismo entra nesse estado, inclusive a pele. As vermelhidões podem aparecer tanto logo após um momento estressante quanto horas depois, quando você já está calmo.
h. Sudorese
A sudorese é a condição responsável pelo suor excessivo nas mãos, pés, axilas, rosto e outras regiões do corpo. Ela pode ser facilmente desencadeada em ocasiões de estresse.
i. Tremores no corpo
Os tremores nas mãos e nos braços podem ter causa emocional e não física. Esses movimentos involuntários e rítmicos costumam preocupar muito as pessoas estressadas, principalmente quando se manifestam durante o repouso ou o sono. É válido consultar um médico para eliminar possíveis patologias físicas.
j. Ganho ou perda de peso
O estresse altera hábitos alimentares. Assim, você pode ganhar ou perder peso em um curto período.
O apetite tende a diminuir quando sintomas como náusea, indigestão e diarreia roubam o prazer de se alimentar. Já o seu aumento ocorre em virtude da liberação exagerada do cortisol no corpo. Além de elevar a fome, o hormônio reduz o metabolismo.]
k. Disfunções sexuais
Quando aparecem, as disfunções sexuais podem causar constrangimento tanto para os homens quanto para as mulheres.
Ainda assim, não é necessário reagir com desespero ou vergonha. Em períodos estressantes, é comum disfunções sexuais se manifestarem ocasionalmente.
A preocupação deve surgir somente quando elas começarem a atrapalhar a vida sexual do casal. Nesse caso, é indispensável consultar um médico para solucionar o problema.
l. Cansaço excessivo
Você tem ficado muito cansado ultimamente? Não tem energia para fazer coisas simples? Levantar da cama requer um esforço monumental? Pode ser estresse!
A letargia diurna pode não ser notada com facilidade pela pessoa que a tem, pois rapidamente torna-se “normal”. Você pode pensar que é preguiçoso quando, na verdade, está indisposto física e emocionalmente por causa do estresse.
m. Sensação de “cabeça anuviada”
O estresse pode deixá-lo com “dormência” emocional. Você passa a ter dificuldades para sentir e expressar emoções e, ainda, fica desanimado com a vida sem motivo. A consequência mais grave desse sintoma é a depressão.
Descobri que estou muito estressado… E agora?
São muitos os remédios para o estresse. Você pode iniciar um acompanhamento psicológico na terapia para descobrir quais fatores estressores estão afetando a sua qualidade de vida, além de se fortalecer para encará-los. Já se estiver sofrendo com sintomas físicos, consulte um médico para saber como aliviá-los.
Você também pode descansar. Simplesmente descansar. Tirar férias atrasadas, viajar nos finais de semana e feriados, agendar uma massagem em um SPA ou modificar o foco da sua atenção das obrigações para o seu bem-estar.
Assim, você se tornará mais eficiente em encontrar maneiras de suavizar a carga de estresse recebida diariamente.
Algumas ações que você pode tomar para diminuir o estresse no dia a dia são:
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Ingerir alimentos saudáveis;
- Seguir uma rotina noturna;
- Despertar com tranquilidade e alegria;
- Se divertir com pessoas queridas;
- Adotar um bichinho de estimação;
- Ter novas experiências;
- Alimentar o seu intelectual com cursos e aprendizados novos;
- Descansar quando o corpo pedir, sem pensar nas próximas obrigações;
- Ler;
- Ter um hobby; e
- Praticar o autocuidado.
Sintomas do estresse
O sistema nervoso autônomo do corpo muitas vezes falha em distinguir entre estressores diários e eventos que apresentam risco de vida.
Se você está estressado sobre uma discussão com um amigo, um engarrafamento no seu trajeto para o trabalho, ou uma pilha de contas, por exemplo, seu corpo ainda pode reagir como se você estivesse enfrentando uma situação de vida ou morte.
Quando você experimenta repetidamente a reação física (descrita no tópico anterior) do estresse em sua vida diária, este pode elevar a sua pressão arterial, suprimir o seu sistema imunológico, aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, acelerar o processo de envelhecimento e deixá-lo vulnerável a uma série de distúrbios mentais e emocionais.
Muitos problemas de saúde são causados ou exacerbados pelo estresse, incluindo:
- Dores crônicas;
- Doenças cardíacas;
- Problemas digestivos;
- Perturbações do sono;
- Depressão;
- Perda ou ganho de peso;
- Doenças autoimunes;
- Reações cutâneas como o eczema.
a. Sintomas cognitivos causados pelo estresse:
- Perda de memória;
- Falta de concentração;
- Pessimismo;
- Ansiedade;
- Preocupação excessiva.
b. Sintomas emocionais causados pelo estresse:
- Alterações de humor;
- Irritabilidade;
- Agitação;
- Sensação de sobrecarga;
- Depressão ou tristeza.
c. Sintomas físicos causados pelo estresse:
- Dores;
- Constipação ou diarreia;
- Náuseas e/ou tonturas;
- Dores no peito;
- Perda de libido;
- Gripes e resfriados constantes.
d. Sintomas comportamentais causados pelo estresse:
- Perda de apetite ou compulsão;
- Insônia ou sono excessivo;
- Procrastinação e fuga de responsabilidades;
- Abusar de álcool, cigarros e drogas para relaxar;
- Manias de nervosismo (roer unhas, arrancar cabelos, etc.);
É preciso ressaltar que estes sintomas também podem ser causados por outras condições psicológicas ou médicas e por isso o auxílio de um profissional é altamente recomendado.
5 técnicas para o gerenciamento do estresse
Muitas vezes é bem simples saber o motivo e a causa do que nos leva a ficarmos estressados. O difícil é fazer o gerenciamento desse estresse para que não se torne um ciclo vicioso, impactando até mesmo as pessoas ao redor.
Agora, vamos falar sobre algumas técnicas que podem ser utilizadas para o gerenciamento do estresse de uma maneira que contribua positivamente para o bem-estar e a resolução dos conflitos.
Não é impossível diminuir o estresse. Ele existe e é um mecanismo usado pela nossa mente para nos avisar de que algo está errado.
O problema é que na atual sociedade da informação, dos negócios fluidos e da hiperatividade social, estamos praticamente desamparados com os recursos para o gerenciamento do estresse.
Médicos recentemente orientavam que o estresse desencadeia uma série de reações hormonais em nosso corpo e que, quando se mantém por muito tempo, pode acarretar sérios danos à nossa psique e ao sistema nervoso.
Reconhecendo o estresse
O estresse em si não é danoso, ele é uma reação natural do próprio corpo que está ligada à nossa sobrevivência, ao longo dos tempos.
Por isso, em primeiro lugar, é muito importante reconhecer o problema. Sem isso, será impossível fazer qualquer gerenciamento do estresse.
Os comportamentos que a nossa rotina demanda por si só mostram fatores estressantes em potenciais, como a agilidade de respostas, cobranças, múltiplas responsabilidades etc.
Em muitas situações da vida somos levados pela ideia de que nada é mais importante do que as prioridades do dia a dia. No entanto, escolher melhor essas prioridades é o que irá afetar o nosso bem-estar.
Os problemas externos, de uma forma ou de outra sempre existirão, basta sabermos como lidar com eles.
As responsabilidades profissionais, a família, as relações sociais, os sonhos e objetivos, tudo isso exige muito da nossa mente, que precisa estar saudável. Mas, nem sempre nos vemos livres das amarras do estresse.
O ponto do controle do gerenciamento do estresse é a base para uma vida melhor e de qualidade.
Para evitar o acúmulo de ansiedade e até mesmo o desenvolvimento de uma depressão, indicaremos 5 formas de gerenciamento do estresse.
a. Reconheça as causas do estresse e reduza-as
Como vimos, os problemas externos existem e eles sempre estarão lá. O que é de fato pertinente é a maneira como lidamos com eles. Livrar-se totalmente das causas do estresse é algo impossível, mas reduzi-las é praticável.
A princípio, faça uma análise pormenor de tudo que o rodeia, desde situações estressantes, desde as simples até mesmo as complicadas e de difícil resolução. Ao fazer essa autoanálise, ignore os pensamentos que conduzem ao estresse.
Enumere os pontos, um a um, e estabeleça o que é prioritário e o que não é, porque em grande parte, a ausência de prioridades aumenta a ansiedade.
b. Transforme problemas em soluções
Nem sempre aquele problema que parece não solucionável é, de fato, tão monstruoso assim. Muitas vezes, a forma como o enxergamos e lidamos podem ser vistos sob outra perspectiva.
Mudar o foco e a visão sobre ele permite alterar e criar uma situação muito melhor, e assim o gerenciamento do estresse pode ser feito mais fácil.
c. Reserve energia e use a razão
O gasto de energia no estresse não permite guardá-la para a solução de problemas, portanto, economize. Quanto mais se irrita menos tempo e energia terá para sair dessa.
O lado emocional não permite ver o problema na sua forma mais real, assim, tente esvaziar a mente e colocar as lentes da razão.
d. Relaxe e concentre-se
Manter a mente tranquila é o melhor remédio para o gerenciamento do estresse. Aprenda a meditar, prevenindo situações de angústia e nervosismo. Aprenda a manter o controle da sua mente, sempre focada no problema.
e. Opte pelo corpo e mente saudável
Ter uma boa condição física e práticas meditativas ajudam muito na prevenção do estresse nocivo, no próprio gerenciamento do estresse.
A boa alimentação e a prática de exercícios físicos trazem muitos benefícios físicos e psicológicos que diminuem consideravelmente o nível de estresse.
Para a mente, escolha afazeres que sejam desvinculados com as causas do estresse, com hábitos prazerosos como a leitura, um hobbie etc.
Sabemos que o estresse prolongado pode gerar complicações como:
- Patologias diversas;
- Outros transtornos mentais;
- Mal-estar psicoemocional;
- Insônia;
- Problemas digestivos;
- Respostas inadequadas às situações.
Assim, o gerenciamento de estresse é um repertório de ações que são utilizadas em favor da redução da ansiedade, de forma a inibir respostas emocionais agressivas.
Infelizmente, muitas pessoas atribuem essas condicionantes do estresse à sua própria personalidade, o que é algo prejudicial, em certo sentido.
Para o gerenciamento de estresse a ajuda de um psicólogo será melhor e adequado nessa tarefa. Durante a psicoterapia, o psicólogo poderá identificar as causas reais do seu estresse e ainda orientá-lo de forma assertiva.
Se você ou alguém muito próximo está sobrecarregado por conta do estresse, é importante procurar um médico, para descartar outras condições físicas que possam estar causando os sintomas do estresse.
Caso tudo esteja em ordem, entre em contato com um psicólogo para conversar e programar um tratamento que aliviará de vez os sintomas do estresse.
Além disso, o psicólogo irá identificar os comportamentos e situações que contribuem para o aumento no seu nível de estresse, e ajudá-lo a fazer mudanças para que você volte a ter controle sobre os mesmos.
Procurar o aconselhamento psicológico e dar início à terapia é a melhor maneira de gerenciar o estresse de forma eficaz.
Como o estresse pode afetar a sua saúde
Como vimos até aqui, o estresse é uma forma de defesa do nosso organismo. Diante de uma situação de perigo, o corpo reage liberando hormônios que levam ao aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, nos preparando para enfrentar ao problema.
Todos os dias somos atingidos por situações que fazem com que nosso corpo reaja liberando estresse, seja com os desafios do trabalho, com as contas que devem ser pagas ou com o cuidado com os filhos, por exemplo.
Todas elas são situações que nosso cérebro entende como sendo um risco. Viver dessa maneira, constantemente sob pressão, pode gerar danos à saúde.
Mesmo por um curto período, todo estresse traz algum impacto: as consequências podem ser desde dores de estômago diante de uma apresentação até ao ataque cardíaco num momento de muita raiva.
Períodos de estresse agudo e prolongado podem se transformar em estresse crônico e trazer danos para corpo e mente. Os sintomas vão muito além do cansaço, irritação e dificuldade de concentração, podendo atingir a saúde de seu organismo.
O estresse crônico agrava problemas já existentes, como dores de cabeça, e incentiva vícios e maus hábitos que a pessoa já possui, mas que ainda alimenta, na tentativa de aliviar a pressão, e que podem levar a doenças cardíacas, depressão, ansiedade e doenças digestivas.
Como controlar o estresse e garantir a saúde
Segundo diferentes pesquisas, as pessoas positivas, afetivamente resolvidas, contentes e entusiasmadas têm menos chances de desenvolver doenças cardíacas.
Por isso, vale investir um tempo do dia para desenvolver atividades agradáveis, controlar e reduzir o nível de estresse. Sua saúde agradece.
Algumas atitudes podem contribuir para o cuidado com a sua saúde:
- Identificar o que está causando o estresse: avaliar o dia percebendo em que situações o estresse se manifestou, prestando atenção aos sentimentos e ao humor durante estas ocorrências. Depois disto, organizar as atividades de forma a eliminar tudo aquilo que não é essencial e que provoca o estresse.
- Construir relacionamentos: o contato com familiares e amigos pode ser valioso. Conversar com eles a respeito de como vem se sentindo os levará a encontrar uma maneira de ajudar a enfrentar a situação.
- Dominar a raiva: contar até 10, respirar e reagir de forma mais calma. Praticar atividades físicas ou, no mínimo, uma caminhada pode ter um ótimo resultado, pois o exercício libera endorfina que, por sua vez, melhora o humor.
- Relaxar: o sono é um ótimo aliado. Corpo e mente necessitam de descanso para repor as energias. Evitar distrações, cafeína e procurar estabelecer uma rotina para o sono. Exercícios de relaxamento também podem ajudar tanto a reduzir o estresse, quanto a aumentar a imunidade do organismo.
Se mesmo com essas atitudes o sentimento de sobrecarga e o estresse continuarem, o mais indicado a fazer é consultar um psicólogo, para que ele possa ajudar a administrar eficazmente o problema.
Somente um psicólogo pode, através da análise das situações e comportamentos, reconhecer as causas do estresse e orientar a ação para transformar a realidade e devolver a saúde.
É possível uma vida sem estresse?
Os imprevistos sempre vão acontecer, o trânsito só tende a piorar, a pressão do trabalho deve aumentar e as cobranças também. Impossível levar uma vida sem estresse nos dias de hoje, certo?
Errado! Existem meios poderosos para se lidar com todos os aspectos que acarretam o estresse.
O jeito é minimizar ou, melhor ainda, eliminar da sua vida os comportamentos que geram esse mal do século. E a ajuda de um psicólogo faz com que esse objetivo seja alcançado mais fácil e rapidamente.
A primeira recomendação do psicólogo será você buscar as causas do seu estresse. Porque não são os mesmos fatores causadores para todas as pessoas. Cada um reage de um jeito diferente às várias situações do cotidiano.
Então, será preciso fazer uma revisão cuidadosa da sua rotina e, depois, modificar alguns hábitos.
Vale lembrar que as iniciativas não vão surtir efeitos imediatos, mas acredite: vale a pena tentar porque os resultados positivos aparecem, sim.
a) Livre-se das obrigações desnecessárias!
Reflita sobre quais pessoas da sua convivência e quais atividades podem ser consideradas mais estressantes. Tente relacioná-las e, aos poucos, se livrar (ou se afastar) delas. Se for impossível, tente ao menos amenizar a quantidade de vezes que você se depara com elas.
Na verdade, há muitas coisas que fazemos que são desnecessárias. Mas a gente só percebe isso quando paramos para pensar: será que eu tenho mesmo que participar das reuniões daquela associação que eu faço parte há 10 anos? Eu preciso mesmo ter tantas redes sociais e ficar horas online, por conta delas? Se a resposta for não, elimine essas atividades da sua vida!
Outra forma de combater o estresse é nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Pesquisas provam que a procrastinação é um agente do estresse. Tratar das coisas assim que elas aparecem na frente garante uma sensação de controle, segurança e alívio.
Manter um sistema de organização adequado para o tipo de atividade que se realiza evita ambientes relaxados e confusos. Isso vale para a mesa de trabalho, para as pastas no computador e para todos os cantos da casa.
b) Sim, simplificar a vida é possível!
A mente das pessoas estressadas tem um funcionamento característico. Elas se enganam com falsas premissas. Uma delas é achar que executar várias tarefas ao mesmo tempo é produtivo.
Essa ideia é falsa, porque quando fazemos isso nos tornamos mais lentos, pois não conseguimos nos concentrar suficientemente numa só tarefa e demoramos para concluí-la.
O fato de simplificar a sua vida, tornando menos complicadas as tarefas diárias e obrigações, é muito benéfico para a saúde.
É necessário criar lacunas na agenda para tempo livre. Reserve alguns espaços de 15 minutos ou meia hora quando programar suas atividades diárias.
Este tempo livre que você vai ganhar pode cobrir os imprevistos, dos quais nunca estamos livres, ou então pode servir para você não fazer nada, não seria ótimo?
Como deu para perceber, as atitudes para evitar o estresse não são complexas. Mas, o problema é que há fases da vida nas quais a pessoa está tão estressada que não consegue fazer tudo isso sozinha. É aí que entra o papel do psicólogo.
Em algumas sessões de terapia, ele ajuda o paciente a pensar e organizar suas ideias e atividades de forma a se sentir bem melhor.
Enfrentando o estresse no ambiente de trabalho
O trabalho ocupa um papel central na vida das pessoas e é um fator relevante na formação da identidade e na inserção social.
Considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas em relação à atividade profissional e à concretização dos objetivos individuais é um dos fatores que constituem a qualidade de vida.
Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana. E esta relação depende, em grande escala, dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional.
A tensão e a sobrecarga no trabalho, especialmente se este inclui um alto nível de responsabilidade, são fatores que muitos profissionais enfrentam e que inevitavelmente podem levá-los a desencadear um quadro de estresse no trabalho.
A psicoterapia pode ajudá-lo (a) a aprender meios de lidar com o seu estresse, medo e ansiedade de modo que mesmo nos piores momentos o organismo não entre em colapso.
Uma maneira importante para compreender melhor esse momento que vivencia atualmente é ficar atento se este estresse está sendo causado por problemas externos como situações do seu dia-a-dia ou internos como a ansiedade, pessimismo, padrões de comportamento, pensamentos disfuncionais etc.
Pois o “gatilho” que faz você ter essas sensações acompanhadas de muito desconforto precisa ser consciente.
Ao analisar o comportamento, a emoção e o pensamento do indivíduo, o psicólogo auxilia o seu paciente no desenvolvimento de habilidades e manejos adequados para o enfrentamento dessa problemática.
Entendendo os tipos de estresse e como cada um deles pode afetar a saúde mental
O estresse é considerado como a grande marca da fadiga mental que a maioria das pessoas passa ou pelo menos conhece. Como vimos anteriormente, o estresse geralmente é causado pelos altos níveis de pressão a que somos submetidos diariamente.
O estresse pode provocar diversas patologias, tanto físicas quanto psíquicas. Ele é uma reação do nosso corpo e que, se ficarmos expostos a ele por muito tempo, pode causar problemas de saúde sérios. Entre os principais problemas que o estresse causa, podemos citar:
- Transtornos psicossomáticos;
- Transtornos psicológicos;
- Problemas físicos (gastrite, doenças cardíacas, baixa imunidade, doenças crônicas, pressão alta etc.).
- Ansiedade; e
- Depressão.
Além disso, você sabia que existem vários tipos de estresse? Confira alguns dos principais.
a) Estresse positivo
Ao contrário do que se afirma, o estresse nem sempre causa danos à pessoa. O estresse é uma reação natural do organismo a momentos de tenção.
Quando uma pessoa está sob pressão, ela pode ser motivada com mais energia. Um bom exemplo de estresse positivo é o que ocorre em uma competição esportiva.
b) Estresse negativo
Surge quando a pessoa padece antecipadamente de uma situação negativa a qual acredita que alguma coisa pode sair errada, gerando ansiedade e paralisando-a por completo.
O estresse negativo desequilibra e neutraliza todos os recursos que a ela dispõe, ocasionando tristeza, raiva, e problemas ainda mais graves.
c) Estresse agudo
Esse é o tipo estresse mais conhecido. Ele é o grande causador de problemas físicos e psicológicos graves, principalmente quando ele se mantém por um longo período. Alguns dos principais sinais de alerta do estresse agudo são:
- Dores musculares;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Medo e síndrome do pânico;
- Frustração;
- Problemas gástricos;
- Excitação do sistema nervoso;
- Náuseas;
- Sudorese.
d) Estresse crônico
Esse tipo de estresse é causado por traumas, situações sócio econômicas insalubres, convivência ou ainda ter experimentado um episódio de violência marcante, etc. Ele também pode ser conhecido como Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Pessoas que vivenciaram situações traumáticas devem estar continuadamente em alerta.
Ele é o tipo de estresse mais grave, que podem deixar sequelas durante toda a vida, chegando até mesmo a mudar profundamente os valores da pessoa e gerar consequências drásticas.
Consequências e efeitos do estresse
Assim, vimos os tipos de estresse e como ele se relaciona com o mundo interno e externo da pessoa. Agora veremos os efeitos do estresse e como podemos preveni-lo.
Um dos efeitos do estresse é que ele surge com a ideia de insegurança e sentimento de ansiedade. Sabemos que o estresse nem sempre tem consequências negativas, mas isso irá depender de vários fatores.
Principalmente do estado subjetivo de mal-estar da pessoa naquele momento. Confira as principais consequências do estresse.
a) Respostas psicofisiológicas
Em geral, as respostas são involuntárias, como o aumento da pressão cardíaca e atividade respiratória, com queixas habituais de fadiga mental, insônia, tremores, alterações hormonais, debilidade imunitária, e dores de diversos tipos.
b) Respostas emocionais
O estresse costuma prejudicar muito as emoções e sentimentos concretos que acompanham o indivíduo. Desde pensamentos negativos constantes até mesmo nervosismo, irritabilidade, raiva, impaciência, frustração e muito mais.
c) Respostas comportamentais
Um dos efeitos do estresse é que ele muda nosso comportamento e até mesmo pode gerar transtornos psicológicos.
As respostas comportamentais convertem em formas de enfrentar a realidade, como indecisão, atividade mental acelerada, perda do sentido do humor, memória, transtornos alimentares, obesidade, vícios, compulsões, depressão e ansiedade.
Como podemos prevenir os efeitos negativos do estresse
Todos os nossos sentimentos, sejam eles positivos ou negativos, são necessários para nós. O estresse é, na verdade, a força que ajuda a impulsionar na vida.
A questão é como podemos aproveitar essa energia que proporciona ativação psicofisiológicas perante situações que precisem de esforço.
Existem algumas estratégias como na resolução de problemas ou no momento de tomada de decisões importantes que necessitam da clareza mental ideal.
Para isso, a realização de atividades prazerosas, como esportes, passeios, meditação, manter relações sociais saudáveis ou aprender algum estudo novo, são algumas soluções simples e que dão bons resultados.
Os efeitos do estresse sobre o corpo são mais amplos e complexos do que se acredita. A tensão mental mantida por um longo período acaba por minar a saúde, gerando efeitos acumulativos. Como palavra de moda, o estresse tornou-se comportamento padrão em nossa sociedade e isso têm gerado muitos problemas graves.
Se você percebe as mudanças ocorrendo em sua saúde mental e emocional, não hesite em procurar ajuda de um profissional que lhe indicará o melhor tratamento e prevenção a ser feito. A psicoterapia auxiliará você em compreender a sua causa, observar os sintomas e trata-los, para melhorar a sua qualidade de vida!
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…
O manual mais completo sobre estresse que eu já vi. Parabéns!
Muito obrigada pelo texto!
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