Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Tamiris Mariana Silva Lax - Psicólogo CRP 06/169225
Em um relacionamento, é comum que ambos os parceiros cometam erros de vez em quando. Como somos todos humanos, estamos suscetíveis a tomar decisões erradas ocasionalmente e às vezes acabamos ferindo quem amamos sem ter essa intenção.
Quando estamos apaixonados, é mais fácil “perdoar e esquecer” o cônjuge. Mas como saber que a segunda chance será bem aproveitada pelo parceiro? E se ela se transformar em uma terceira ou quarta chance? Quando você realmente deve dar uma nova chance ao seu parceiro, e quando deve parar com isso?
É comum encontrarmos casais que reclamam repetidamente dos mesmos comportamentos do parceiro.
Estão infelizes ou frustrados, mas continuam dando “segundas chances” na esperança de algum dia ver uma mudança. Afinal, não é isso que se deve fazer quando se ama alguém? Mas será que essa postura não causa mais mal do que bem?
Fatores a serem considerados
Compreender quando um relacionamento deve chegar ao fim e quando merece uma segunda chance nem sempre é fácil. Não existe um número específico de chances que você deve dar ao seu parceiro para que a mudança desejada aconteça.
Cada situação tem um contexto próprio, o qual é interpretado conforme os valores cultivados por cada um. Para algumas pessoas, por exemplo, trair uma vez não é tão ruim assim enquanto, para outras, a infidelidade é imperdoável.
Da mesma forma, o que é interpretado como decepção por um parceiro pode não ser visto da mesma maneira pelo outro.
É preciso analisar os aspectos da situação em que você se encontra para concluir se deve ou não dar uma segunda chance ao seu cônjuge.
Tenha em mente que a maioria das pessoas está tentando fazer o melhor que pode, assim como você. Avalie as circunstâncias com compaixão e racionalidade para evitar guardar mágoa e tomar decisões precipitadas.
Abaixo, veja algumas perguntas que você pode se fazer para determinar se deve dar uma segunda chance ao parceiro.
É mais que amor?
O amor é um dos componentes fundamentais de todo relacionamento. Esse sentimento é a cola que une as pessoas. Sem ele, nenhuma das partes envolvidas tem vontade de permanecer junto. Porém, para um relacionamento ser duradouro, é preciso haver mais que amor.
Confiança, honestidade, respeito, apoio mútuo, responsabilidade, planejamento financeiro, planejamento familiar e empatia também são fatores presentes em relacionamentos saudáveis. Você consegue perceber esses elementos no seu?
Mesmo que haja amor, um casal precisa estar comprometido um com o outro e se esforçar para alcançar seus objetivos em comum, como ter uma boa convivência ou construir um lar agradável.
Ele/ela está comprometido/a com a relação?
Novamente: o comprometimento em um relacionamento é importante. Percebemos o comprometimento de uma pessoa através de suas ações, não palavras. Não raro as pessoas fazem dezenas de promessas de mudança, mas não seguem com elas. Essa postura demonstra falta de comprometimento verdadeiro.
Ambos os cônjuges precisam trabalhar em conjunto para fazer o relacionamento dar certo. Isso significa estar pronto para tomar de decisões visando melhorar os pontos frágeis da relação, mesmo que isso seja um tanto desagradável ou seja necessário fazer pequenos sacríficos para alcançar os objetivos desejados.
Você pode determinar o quanto se importa com um relacionamento ao se questionar o quanto está disposto a fazer por ele.
Se você reconhece que sua relação precisa mudar para se tornar mais saudável, mas não tem vontade de fazer isso, pode ser que, no fundo, você não esteja mais à vontade com seu cônjuge.
Eu me comuniquei bem com meu parceiro?
Assim como o amor, a comunicação clara e coerente é um dos aspectos fundamentais para um relacionamento dar certo.
Os parceiros devem estar confortáveis para expressar os seus sentimentos acerca da relação e desejos de mudança. Quando o clima não é agradável entre o casal, os parceiros não conseguem ser honestos.
Os cônjuges também devem deixar claro quais são seus valores, limitações e preferências. Por exemplo, para o seu parceiro, a ideia de infidelidade pode ser somente a traição física (beijos, abraços) enquanto, para você, infidelidade também é traição emocional (dar mais atenção a outra pessoa que a você). Se o seu parceiro não tiver ciência disso, ele pode agir de um modo que lhe magoe.
Então, deixe claro quais são as suas expectativas para o relacionamento para evitar desentendimentos e mágoas. Lembre-se de que o diálogo entre cônjuges deve ser sempre tranquilo, respeitoso e sincero.
Estou recebendo o mesmo que estou doando?
Será que o seu cônjuge se dedica tanto quanto você ao relacionamento? Ao ponderar se deve ou não dar uma segunda chance ao seu parceiro, avalie o que ele/ela faz e já fez pelo bem da relação.
Se perceber que ele está cometendo o mesmo erro de novo e de novo mesmo após esclarecimentos sobre a situação, provavelmente você deve avaliar a sua relação com mais cuidado. O seu parceiro pode já não estar tão interessado quanto antes e não saber como expressar isso a você.
Como dificilmente um relacionamento dura quando somente um dos cônjuges se esforça, você pode concluir que dar uma segunda chance não é mais necessário.
Da mesma forma, o seu parceiro pode revelar suas dificuldades e medos pessoais e expressar a vontade de mudar. Neste caso, o casal pode levar as suas queixas em uníssono para um psicólogo.
A terapia de casal pode auxiliá-lo a equilibrar o relacionamento para que os parceiros recebam tanto quanto estão oferecendo à relação.
Posso conviver com a personalidade do meu parceiro?
Será que você está sabendo lidar com a personalidade do seu parceiro? Cada pessoa age conforme a educação recebida pelos pais, os valores adquiridos com vivências e suas vontades pessoais.
É impossível modificar a estrutura da personalidade de uma pessoa completamente, somente mudar traços que causam mal ou aprimorar traços positivos.
Quando duas pessoas decidem iniciar um relacionamento amoroso, devem estar cientes disso. Pequenas manias e hábitos que incomodam o parceiro podem ser mudados com o tempo, mas a essência da pessoa continuará o mesmo.
Assim, cabe a cada cônjuge se perguntar se consegue conviver com os defeitos do outro e se o relacionamento está alinhado com seus valores pessoais. A terapia de casal também pode ser útil nesse caso, ajudando o casal a compreender a personalidade um do outro.
O que está me impedindo de sair desse relacionamento?
Se você está sempre dando “segundas chances” ao seu parceiro, precisa se perguntar o porquê disso. Ser honesto consigo mesmo é essencial para não entrar em um ciclo pouco saudável de términos e de retomadas.
O que lhe atrai nesse relacionamento? É o amor? Companheirismo? Desejo de ficar com a pessoa amada apesar dos problemas? Medo de ficar sozinho? Dependendo de qual for a sua resposta, você já tem uma ideia se deve ou não continuar dando “segundas chances” para o seu cônjuge.
Qual é a seriedade do que ele/ela fez?
Decidir se você deve ou não dar uma segunda chance ao seu parceiro depende, de fato, do que ele fez para colocar vocês em uma posição desagradável.
Se você sentir que o ocorrido não foi sério o suficiente para abalar a estrutura do seu relacionamento, vale tirar um tempo para pensar e conversar com o seu parceiro.
Ele pode ter cometido um erro, ter agido por impulsivo, ter acreditado que determinada atitude era a sua única escolha, entre outras dezenas de razões que nada tem a ver com o desejo de lhe causar mal.
O perdão nos relacionamentos
O perdão é uma peça fundamental para a saúde e longevidade dos relacionamentos. As pessoas não são perfeitas, logo estão propensas a se equivocarem.
Algumas possuem mais dificuldade para aprender com seus erros, portanto, precisam passar pela mesma situação mais de uma vez para tirar uma lição valiosa dela.
É importante que os casais reconheçam que cada parceiro possui pontos de vista, anseios e opiniões únicas. Ter intimidade com alguém não significa que ela possui a obrigação de agir conforme você deseja e abandonar a sua personalidade, e vice-versa.
Deste modo, os casais devem estar abertos ao perdão. Perdoar aprimora a resolução de conflitos na relação, bem como aprofunda o laço entre os parceiros. Ele modifica o foco da raiva e do ressentimento para a ação.
Assim, o casal passa a pensar no pode ser feito para melhorar o relacionamento. Ainda assim, você não precisa permanecer ao lado do seu parceiro se não quiser mais após perdoá-lo. Se o término for a solução mais lógica no momento, faça isso.
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Autor: psicologa Tamiris Mariana Silva Lax - CRP 06/169225Formação: A psicóloga Tamiris Lax atua em seus atendimentos com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada). É especialista em Perícia Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Bom, o meu caso é o seguinte, a mossa aceitou ter um compromisso comigo de namorados. Mas desde que começamos ela não tem mostrado qualquer interesse pelo meu bem estar, tipo: não quer saber da minha aparencia, não se importa com a minha condiçaõ aliementar, com a minha saude e tudo que ela quer é que no final do mês tenho que lhe dar parte do meu ordenado. ela não se importa se preciso comer, vestir ou trabalhar, normalmente alguem que nos ajuda na questão de cuidar da nossa roupa, da nossa alimentação, da nossa aparencia esta pessoa está interessada no nosso bem estar, mas ela so quer dinheiro e passar o tempo em bebedeira será que posso continuar com esta relação?
Tenha um diálogo transparente com essa pessoa e fale abertamente sobre a maneira como você se sente. Priorize o seu bem-estar.