Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Tamiris Mariana Silva Lax - Psicólogo CRP 06/169225
A tristeza é uma emoção comum, sentida por todas as pessoas em resposta aos acontecimentos que mexem com elas de um jeito ruim.
Mas afinal, quando a tristeza se transforma em depressão?
Muitas vezes, tentamos esconder quando estamos tristes. Existe uma cultura de supervalorização da felicidade, a qual “proíbe” emoções de cunho negativo.
Mas é realmente possível ser feliz o tempo todo? Expressar descontentamento não é, de fato, o problema. Os seres humanos são emocionais e precisam extravasar o que sentem. Logo, é completamente normal entristecer-se de vez em quando.
Em face de certos acontecimentos, como a morte de alguém amado ou demissão do emprego dos sonhos, o peito pode permanecer apertado por semanas ou meses. Sem querer, as pessoas de luto levam a aflição alojada em seus corações para todos os lugares, causando uma impressão equivocada nos demais.
Psicólogos alertam que a questão se torna preocupante quando acordamos tristes e passamos o dia inteiro assim, sem ânimo, até a hora de nos deitarmos.
Afinal, o que é tristeza?
O psicólogo americano Paul Ekman categorizou a tristeza como uma das sete emoções universais do ser humano, junto com a alegria, o medo, a surpresa, o desprezo, o nojo e a raiva. Cada uma delas desempenha uma função.
Por exemplo, a raiva serve para nos afastar de perigos ou a responder a ameaças, modificar a nossa realidade e expressar indignação. Podemos rapidamente identificar pessoas enraivecidas através de suas expressões faciais e linguagem corporal. Na verdade, foi assim que Paul Ekman definiu as sete emoções básicas.
O psicólogo conclui que as emoções universais são identificadas nas expressões faciais das pessoas. É dessa forma que sabemos quando alguém está triste, feliz ou surpreso. Dentro das sete emoções mencionadas anteriormente, existem ainda pequenos estados emocionais que dão origem a emoções mais complexas.
A função da tristeza é, acima de tudo, expressar um pedido de socorro. Ele pode ser tanto uma forma de pedir consolo ou ajuda para as pessoas próximas quanto uma forma de avisar a nós mesmos que está na hora de parar, relaxar e juntar forças.
Você já deve ter percebido que as pessoas se solidarizam umas com as outras quando acontecem grandes tragédias. O sofrimento e a dor alheia pesam em nosso coração, nos estimulando a ajudar da forma que podemos. Deste modo, esse estado emocional tão repudiado pela sociedade hoje também tem o objetivo de gerar identificação e solidariedade.
Já o pedido de socorro voltado para nós mesmos pode tem as seguintes intenções: expressar a angústia originada de acontecimentos dolorosos (desilusão amorosa, divórcio, acidentes, morte e desemprego) e despertar a nossa consciência para o estado emocional abalado.
Quando a tristeza se transforma em um risco?
Os seguintes estados emocionais também podem se manifestar conforme a intensidade dessa emoção: desesperança, desespero, angústia, decepção, impotência, perturbação, miséria e muito mais.
A combinação desses estados emocionais negativos chega a ser insuportável. Eles se instalam no íntimo do indivíduo entristecido, martelando na sua cabeça dia após dia. Quando isso acontece, é uma questão de tempo para a depressão aparecer.
A tristeza ‘comum’ é passageira.
Um acontecimento emocionante a desencadeia e, após a digestão do mesmo, ela diminui gradualmente até desaparecer por completo. Raramente ameaça interferir no cotidiano ou alterar seu estilo de vida. Além disso, não há nenhuma perturbação no funcionamento cognitivo.
A tristeza profunda tem características opostas.
Ela permanece por dias, semanas e meses. Afeta intensamente o modo de pensar, a visão de mundo, os hábitos, a rotina e o modo de vida das pessoas. Elas ficam mais negativas e reclamonas, satisfazendo-se bem pouco com a realidade a sua volta.
Passam a ver os imprevistos como injustiças, além de interpretarem a realidade de maneira desproporcional. A situação pode não ser tão ruim, mas quem vive triste dá um jeito de culpar a si mesmo ou atribuir um discurso de “estou sendo perseguido por fulano” ao ocorrido.
Os impactos são tantos que se tornam evidentes para outras pessoas, gerando comentários e questionamentos preocupados. Como as pessoas tristes não conseguem perceber que estão vivenciando uma emoção negativa por um período anormal com facilidade, dispensam a preocupação de familiares e amigos.
Com o passar do tempo, a condição emocional se torna patológica.
Sinais de que a tristeza evoluiu para a depressão
Como saber quando a depressão se instalou? Além de sentir-se triste com mais frequência, existem outros sinais que podem ajudar a diferenciar um do outro.
Os sintomas físicos são exemplos. A dor de cabeça, os incômodos digestivos e intestinais, a mudança súbita do peso, a insônia ou noites mal dormidas e as dores musculares que surgem “do nada” são alguns deles. No entanto, nem todas as pessoas os sentem.
Os sintomas emocionais são sinais mais proeminentes porque alteram comportamentos, formas de expressão, opiniões e até a maneira de falar. São eles:
- Você tem se sentido mais desanimado e desmotivado, deixando projetos pessoais de lado;
- Você falta em aulas ou no trabalho. Quando não o faz, pensa constantemente em ir embora ou no que poderia estar fazendo em casa;
- Você força um sorriso enquanto interage com as pessoas;
- Você não consegue relaxar enquanto não estiver em casa, isolado das pessoas, ou em situações familiares;
- Você vê o mundo como um lugar triste, cheio de desafios e decepções. Não sente mais esperança ou vontade de torná-lo melhor;
- Você tem dificuldade para sentir outras emoções, como alegria ou surpresa;
- Você se queixa e reclama o tempo todo, sendo incapaz de encontrar a satisfação no dia a dia;
- Você se irrita ou se decepciona com problemas que fogem da sua realidade, como situações vistas na TV ou comentadas por terceiros;
- Você deixa de se importar com a sua aparência, desempenho profissional, alimentação, saúde, entre outros elementos associados à qualidade de vida;
- Você chora sem motivo;
- Você sente vontade de desaparecer ou fugir;
- Você não vê objetivo em continuar estudando, trabalhando ou vivendo;
- Você se sente vazio, inquieto, incompreendido, inferior e perseguido por pessoas ou acontecimentos ruins;
- Você não tem vontade de sair de casa durante o seu tempo livre; e
- Você tem pensamentos extremamente contraproducentes.
Como é possível notar, são muitas as alterações comportamentais e de pensamento originárias da depressão. Você pode estar se perguntando “como eu não conseguirei/não consigo perceber tudo isso?” neste momento.
A resposta é mais simples do que se pensa. Todos esses sinais se tornam corriqueiros, ou seja, as pessoas se habituam a se sentirem dessa maneira. Podem acreditar que sempre foram assim ou que não há nada de errado com elas. São poucas as que conseguem enxergar as mudanças ou aceitá-las.
O que fazer quando a tristeza se transformar em depressão?
Viver triste ou interpretar a vida como uma sequência de acontecimentos tristes não é normal. Não pense que você “é assim e pronto”. É possível expulsar a falta de esperança e devolver a alegria ao seu dia a dia!
1. Reconheça os seus sentimentos
Reconhecer a intensidade das suas emoções e a qualidade dos seus pensamentos é a primeira tarefa. Caso você esteja ouvindo mais comentários apontando diferenças em seu humor, não descarte essas observações e reflita se você se sente mesmo diferente.
O reconhecimento do seu estado emocional permite que você procure ajuda profissional com menos resistência. A depressão é uma condição psicológica que deve ser levada a sério, portanto, não ignore sinais ou conselhos de amigos.
2. Procure psicólogo
O psicólogo conseguirá diagnosticar o seu estado emocional através da análise das suas queixas, sentimentos e preocupações durante as consultas psicoterapêuticas. Se a depressão for confirmada, já é possível dar início à terapia.
Vale ressaltar que a depressão pode acontecer em diferentes graus, assim como a tristeza. Ela pode ser leve, moderada ou severa. Quando se encontra nos estágios iniciais, os sintomas são incômodos, mas suaves. O paciente que apresenta esse quadro tende a fazer o tratamento mais rapidamente.
Já nos estágios mais acentuados, o acompanhamento psicológico é mais longo e o tratamento pode envolver o uso de medicamentos para controlar os sintomas depressivos.
3. Faça pequenas mudanças
Para recuperar a felicidade diária você pode, ainda, acrescentar alguns hábitos “animadores” em sua vida.
Atividades como leitura, esportes (ciclismo, futebol, natação), vídeo game, exercícios físicos (dança, musculação, pilates) e a prática de hobbies são indispensáveis para a nossa saúde mental.
Aprender algo novo, como um idioma ou instrumento musical, também é recomendado. Quem está desanimado reencontra alegria e prazer ao estabelecer um propósito, por menor que seja.
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Autor: psicologa Tamiris Mariana Silva Lax - CRP 06/169225Formação: A psicóloga Tamiris Lax atua em seus atendimentos com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada). É especialista em Perícia Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Sofro de depressão e síndrome do pânico.
Acabei lei seu artigo, muito interessante.
Faço tratamento com psicóloga que me ajuda muito.
Existe algum Grupo de Depressivos anônimos?
Seri interessante se houvesse e fosse on line.
Olá, Monica,
Obrigada pelo seu comentário! Infelizmente não tenho conhecimento se existe algum grupo. Mas, continue com o acompanhamento que você já vem fazendo com a sua terapeuta, é fundamental.
Abraços,
Psicóloga Thaiana